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quinta-feira, 22 de abril de 2010

JOÃO PAULO II BAIXA NORMAS PARA TENTAR CONTER A PEDOFILIA NO CLERO

João Paulo II baixa normas para tentar conter a pedofilia no clero
Publicado em 1/15/2002
Alessio Vinci, da CNN
www.cnn.com.br
CIDADE DO VATICANO (CNN)
O papa João Paulo II está adotando atitudes contra um problema pelo qual a Igreja vem sendo amplamente criticada devido à maneira como o aborda: o envolvimento de padres no abuso sexual de crianças.

Nenhum outro problema na vida da Igreja Católica nos últimos 30 anos revelou-se mais traumático e doloroso do que as acusações de conduta sexual errônea - especialmente as de pedofilia - dirigidas contra padres.

A questão é imensamente difícil tanto do ponto de vista pastoral como de relações públicas, para não mencionar seus encargos financeiros.

O Vaticano agora decidiu tomar uma atitude direta contra o problema, determinando que os bispos investiguem os casos de abuso sexual no clero.

A Santa Sé não gosta de falar abertamente sobre o assunto. E, freqüentemente, tenta minimizar os estragos. Tarcisio Bertone, secretário de Congregação Doutrinal, admite: "Podemos dizer que há uma emergência em questão de pedofilia, mas não vamos exagerar".

"Isso porque, de um total de 500 mil padres no mundo todo, apenas uma pequena minoria traiu sua missão", acrescenta.

Em resposta aos problemas criados por essa "pequena minoria", João Paulo II divulgou uma série de regras novas. Os bispos agora são obrigados a relatar casos prováveis de má conduta sexual diretamente ao Vaticano, que então realizará uma investigação discreta.

As diretrizes também prevêem que os casos sejam tratados por tribunais do Vaticano, formados apenas por padres.

US$ 1 bilhão em indenizações

Dentro do Vaticano, há quem tema que o sigilo imposto pelas novas regras possa ser interpretado como uma tentativa da Igreja de "encobrir" o crime. Mas o arcebispo Bertone sustenta que todos se beneficiam da discrição: as vítimas, os parentes e os acusados.

John Allen, da publicação National Catholic Reporter, analisa: "O que o Vaticano quer fazer é manter isso como um processo jurídico, garantir que o padre, a pessoa acusada, tenha o direito de se defender".

"Mas, ao mesmo tempo, as pessoas atingidas têm o direito de garantir que alguém responderá por sua situação", conclui.

O Vaticano reconhece a pedofilia como um problema que precisa ser atacado rapidamente. As novas regras, garante, destinam-se às chamadas "ofensas graves".

Segundo Bertone, "a Igreja está preocupada e quer esclarecer quem é competente para tratar de casos tão sensíveis".

"O Vaticano quer permanecer informado, acompanhar o fenômeno, conseguir evitar isso e, quando possível, curar isso", encerrou.

Para alguns observadores, a Igreja também pode estar motivada por razões financeiras.

"Há quem calcule que a Igreja Católica já tenha desembolsado um bilhão de dólares para fazer acordos em processos desencadeados por casos de abuso sexual. E isso, obviamente, é um preço muito alto", opina Allen, da National Catholic Reporter.Fonte:www.jesussite.com

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