sex, 29 de agosto, 2008
Rodovias e canais conectavam cidades e vilas. As comunidades eram distribuídas ao redor de praças. Nas proximidades, pequenos assentamentos se concentravam na agricultura e pesca. O local: as selvas do Brasil. O tempo: séculos antes de os europeus chegarem às Américas.
Cientistas disseram ter encontrado evidências da existência de comunidades urbanas tão complexas quanto as da Europa Medieval ou as da Grécia Antiga na região do Alto Xingu, na Amazônia. Em um artigo publicado na revista científica Nature, pesquisadores da Universidade da Flórida afirmaram ter encontrado sinais da existência de vilarejos e cidades cercadas por muralhas, conectadas por redes de estradas e organizadas ao redor de grandes praças centrais.
Há também sinais de atividades agropecuárias extensivas, inclusive possíveis resquícios de criações de peixes. Essas aglomerações urbanas datam de antes da chegada dos europeus, em 1492, e estão quase completamente cobertas pela floresta tropical, mas foram identificados por membros da tribo Kuikuro, que habita a região. Esses índios, segundo os cientistas, são descendentes diretos dos povos que habitaram essas cidades.
Os pesquisadores afirmaram que um aspecto importante dessa descoberta é a constatação de que uma região da Amazônia antes considerada intacta na verdade já foi cenário de extensiva atividade humana no passado.
O que conhecemos como a história de nossa evolução está sendo contestada, não por rumores e revisionismos, mas fatos que se impõem e deixam os cientistas sem saber como explicar. Civilizações que desapareceram e cujos vestígios são a única pista de que elas desafiavam nosso conceito de evolução, como as
pirâmides de Visoko, na Bósnia, as
pirâmides do Japão (com 10.000 anos!), a
ponte de Sri-Lanka, além de tecnologias que - teoricamente - não deveriam ter sido desenvolvidas em determinada época, como as
baterias de Bagdá, o
Artefato de Antikythera, e ainda pegadas que podem remeter os hominídeos a
2 milhões de anos atrás ou até mesmo
15 milhões de anos! Diante disso, como imaginar que a Atlântida foi só uma lenda?
A própria teoria da evolução do homem para Homo Sapiens já está em xeque. Estudos genéticos indicam que o Neandertal, que até agora víamos como sendo estúpido e símio, era na verdade de
pele clara e com cabelo ruivo (!), e que
podia falar e até mesmo
cantar! E que a idéia de que o Homo Sapiens era mais inteligente a ponto de fazer ferramentas melhores e sobreviver por eliminação do menos apto também não se sustenta, pois as
ferramentas dos Nendertais eram na verdade melhores do que as do Homo Sapiens!
Quando pensamos no Neanderthal, precisamos parar de pensar em termos de estúpido e menos avançado e (começar a pensar) mais em termos de diferente
(Metin Eren) Sem dúvida uma lição para todos nós.
Ler em espanhol (por Teresa)
Referência: Estudo vê "urbanismo" antigo no Xingu