A Ilusão Mórmon 4 - Doutrinas dúbias - A farsa da única igreja verdadeira - A autoridade final
Publicado em 12/23/2001
Cap.11
Algumas Doutrinas - Distintivas mas Dúbias
Algumas das doutrinas mais características da igreja mórmon não são encontradas no Livro do Mórmon mas em alguns outros escritos deles. Neste capítulo discutiremos a visão que os mórmons têm do casamento múltiplo, do inferno, do batismo pelos mortos, dos três céus, da preexistência e dos negros.
Poligamia
No princípio, Deus deu a Adão uma esposa. (Veja Gênesis 2:18-25.) Aqui, de novo, não estamos lidando com especulações ou teorias, mas com fato bíblico.
Deus instituiu o casamento: uma esposa para cada homem. Depois de o pecado ter começado a escurecer o coração do homem, muitas vezes ele tomou mais de uma esposa. A maioria das vezes, isto contribuiu para o seu pesar e também para o pesar de Deus.
Sob a graça do Novo Testamento Deus definitivamente limitou o homem a uma única esposa. Qualquer outra coisa seria adultério. "É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar" (1 Timóteo 3:2).
Deus não teve e também não tem um padrão para os bispos (pastores) e outro para os crentes. Isto meramente significa que o bispo devia ser um cristão provado e praticante, esposo de uma só mulher.
O Livro de Mórmon concorda com a Bíblia quanto a este assunto: "Eis que Davi e Salomão, realmente, tiveram muitas mulheres e concubinas, o que foi abominável diante de mim, diz o Senhor" (Jacó 2:24). Jacó 3:5 também afirma que o mandamento do Senhor era que o homem possuísse uma só mulher. Entretanto, o profeta José Smith mais tarde teve uma revelação, registrada em Doutrina e Convênios 132:4. "Pois eis que eu te revelo um novo e eterno [observe esta palavra!] convênio; e se não o obedeceres, então serás condenado."
Smith então prosseguiu elaborando sobre a doutrina de o homem ter permissão para possuir mais de uma mulher. De fato, se o homem não guardasse essa aliança seria amaldiçoado. Smith prosseguiu dizendo em Doutrina e Convênios 132:38,39 que Deus havia, de fato, dado a Davi e a Salomão suas mulheres. Finalmente, José Smith conclui que o Senhor justificara seus servos Davi e Salomão por terem muitas esposas!
Ora, José Smith recebeu esta revelação mui conveniente no dia 12 de julho de 1843. Ele foi morto em 1844. Vários escritores mórmons afirmam que Smith tinha cerca de 48 esposas. Até mesmo uma posição mais caridosa dificilmente poderia evitar a implicação forte de que José Smtih vivia em adultério muito antes de ter tido sua "revelação".
É interessante notar que incluso na revelação de José Smith existia uma admoestação para Emma Smith, sua esposa, no sentido de receber as outras esposas. Observe também o tempo verbal. "Receba todas as que foram dadas ao meu servo José..." (Doutrina e Convênios 132:52).
Esta doutrina era contrária à lei do país, e foi responsável por grande parte da perseguição sofrida pelos mórmons.
Talvez em uma tentativa de apoiar a revelação de José Smith, outros líderes mórmons foram até ao ponto de tentar tornar válida esta doutrina. Ao falar do casamento em Caná, Orson Hyde afirma que Jesus Cristo foi casado em Caná de Galiléia; Maria, Marta e outras eram suas mulheres.[1] Isto é ridículo, para não dizer blasfemo. Obviamente o Criador eterno, que Jesus é, não se casaria com a criatura. Em João 2:2 o relato nos diz que Jesus "também foi convidado, com os seus discípulos, para o casamento". Não é costume a pessoa receber convite para seu próprio casamento. Em João 2:8-10 o noivo e não Jesus, recebe os cumprimentos do mestre-sala pela qualidade do vinho. O mestre-sala não tinha consciência do milagre que Jesus acabara de fazer. Orson Pratt, outro líder mórmon, em Seer (Vidente), página 159 afirmou que Jesus tinha esposas.
Este ensinamento polígamo dos mórmons é mais uma indicação de que os mórmons crêem em um Cristo totalmente diferente do que é ensinado na Bíblia. É outro Cristo. Outro Jesus ou um Cristo falso, admoesta a Bíblia, não pode jamais salvar, não importa quão sinceramente a pessoa o aceite. O Cristo não-eterno dos mórmons que teve de "atingir" a estatura de Deus, que era polígamo, e como também ensinam os mórmons, um ser criado e irmão do diabo, não pode salvar a ninguém. O nome pode ser o mesmo, os termos que os mórmons usam podem ser similares, mas a pessoa é inteiramente outra.
Os mórmons apegaram-se tenazmente à doutrina da poligamia como desposada por seu profeta José Smith até que a pressão da lei tornou-se tão grande que tiveram de desistir da prática. O presidente Wilford Woodruff obteve uma "revelação" conveniente de Deus a tempo de evitar a pressão sempre crescente do governo e a perseguição contra a poligamia. No dia 25 de setembro de 1890, proclamou um manifesto declarando as intenções dos mórmons de obedecer às leis do país quanto ao ter uma única esposa. Os mórmons deram sua palavra de honra que iam guardar essa lei, mas muitos dos líderes mórmons mais tarde admitiram em público que haviam quebrado o voto e tomado outras esposas.
Os mórmons estão num dilema. Brigham Young, o profeta mórmon inspirado disse: "Os únicos homens que se tornam deuses, até mesmo filhos de Deus, são os que aceitam a poligamia." (2) José Smith havia dito que os que não aceitassem totalmente esta doutrina seriam amaldiçoados. O Livro de Mórmon diz uma única esposa, qualquer outra coisa seria abominação para Deus. O presidente Woodruff disse que Deus lhe havia dito (decida você mesmo se, por revelação como ele afirmava, ou pela pressão do governo) que a aliança eterna estava anulada! De volta à uma esposa!
Parece-nos que no que respeita ao casamento múltiplo os mórmons estão perdidos se o praticam e se não o praticam. Lembre-se, pro favor, Deus disse não ser autor de confusão.
É um tanto difícil compreender como, se a revelação de José Smith era eterna, poderia ela ser anulada, ainda que temporariamente. Isto não torna a palavra "eterna" quase vazia de sentido?
Inferno
Jesus Cristo ensinou muito acerca do inferno. Das 24 vezes que o inferno "e mencionado no Novo Testamento, em 22 destas, Jesus, o amante de nossas almas, é o porta-voz. Sua descrição do hades em Lucas 16 é bastante gráfica.
Jesus falou de um homem chamado Lázaro que morreu e foi "levado para o seio de Abraão". Certo homem rico, neste relato real, também morreu e foi para o inferno. Não faz nenhuma diferença, quer concordemos ou não, que haja inferno, no que concerne à verdade deste relato. Jesus não mente e ele disse haver um inferno eterno para os perdidos. A Bíblia, clara e definitivamente ensina que há inferno, e descreve sua forma final em Apocalipse 20:15: "E, se alguém não foi achado inscrito no livro da vida, esse foi lançado para dentro do lago do fogo."
O Livro de Mórmon concorda, bem de perto, com a Bíblia, acerca do inferno. "E a outros ele [o diabo] lisonjeia, dizendo que não há inferno; e diz-lhes: Eu não sou diabo; ele não existe; e isso ele lhes sussurra aos ouvidos, até os agarrar com suas terríveis correntes, das quais não há libertação. Sim, são agarrados pela morte e inferno; e a morte, o inferno, o diabo e todos os que foram seduzidos por ele, deverão apresentar-se diante do trono de Deus e ser julgados pelas suas obras; daí deverão ir para o lugar preparado para eles, um lago de fogo e enxofre, que é tormento sem fim" (2 Nefi 28:22, 23).
A despeito destas declarações claras de Bíblia e do Livro de Mórmon, John A. Widtsoe, escritor e autoridade mórmon notável e também apóstolo, afirma: "Na igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, não há inferno..." (3)
Outras autoridades mórmons ensinam que o inferno não é eterno; terá um fim -- uma espécie de purgatório limitado para o perdido de uns mil anos ou mais. Em nossa tentativa de pesquisar o que os mórmons ensinam sobre o inferno fomos desde os apóstolos, mestres e livros inspirados que ensinam o inferno sem fim até outros que ensinam um inferno limitado, e ainda outros que ensinam não existir inferno de jeito nenhum. Assim como acontece com muitas outras crenças mórmons, os líderes mórmons, seus livros e os membros de suas igrejas estão deseperançadamente divididos e parecem não saber no que realmente crêem.
Se você pensa ser este um exagero injusto, verifique os escritos de 10 ou mais apóstolos mórmons sobre o inferno, leia acerca do inferno em três livros mórmons inspirados, depois pergunte a dez mórmons dedicados o que crêem acerca do inferno.
Alguns líderes mórmons, numa tentativa de evadir ao terrível horror do inferno, tentam eliminá-lo explicando que qualquer castigo de Deus é eterno porque Deus é eterno. Portanto, um único momento de castigo de Deus pareceria um eternidade. Da mesma forma, entretanto, não gostam de considerar que a bênção de um minuto seria o mesmo dele uma benção eterna? . Duraria o céu somente um minuto? Jesus disse: "E irão estes para o castigo eterno, porém os justos para a vida eterna" (Mateus 25:46). Deu ele indicação de que a vida eterna e o céu são temporários e passageiros? Se as bênçãos eternas de Deus são para sempre, também o são seus castigos eternos.
A mesma palavra grega aionios, usada para descrever a continuação eterna do inferno é também usada para descrever a eterna continuação de Deus e da continuação eterna do céu! De modo que se Deus é eterno ou para sempre, e se o céu é eterno, então o inferno também o é.
E quando a Bíblia se refere à "segunda morte" (Apocalipse 2:11; 20:14), ao falar dos que vão para o inferno, não significa que cessem de existir. Apocalipse 14:11 e numerosos outros versículos dizem-nos acerca da angústia e tormento eternos dos que estão no inferno. Quando Deus diz que todos os homens estão "mortos nos seus delitos e pecados" (Efésios 2:1) antes de, pessoalmente, virem a Cristo ele não quer dizer que cessem de existir. Embora sintam, pensem, comam e respirem, etc., Deus diz estarem mortos. "Mortos", nestes exemplos, como "perecer" e "destruir", refere-se não à perda do ser, mas à perda do bem-estar; não significa extinção, mas ruína.
Lemos no Livro de Mórmon: "Porque, se protelardes o dia do vosso arrependimento para o dia da vossa morte, eis que vos tereis submetido ao espírito do diabo, que vos selará como coisa sua; portanto, o Espírito do Senhor se apartou de vós e não tem lugar em vós, ao passo que a diabo terá sobre vós toda a força; é este o estado final dos ímpios" (Alma 34:35).
Tanto a Bíblia como o Livro de Mórmon ensinam um inferno eterno. Quando os escritores e apóstolos mórmons negam a existência do inferno eterno, entram em completa contradição com a Bíblia e com o Livro de Mórmon.
Batismo
Se o estado final dos ímpios é selado com o diabo no inferno, como ensina o Livro de Mórmon, parece fútil que os mórmons sejam batizados como substitutos daqueles que já morreram.
Os mórmons crêem que o batismo é essencial para a salvação. Os que nunca ouviram o evangelho ou nunca foram batizados, ou viveram e morreram antes de o evangelho ser restaurado, não podem salvar-se a menos que alguém seja batizado por eles. Essa doutrina não foi ensinada no Livro de Mórmon mas é resultado de revelações posteriores de José Smith. Relatos dela são encontrados em Doutrina e Convênios, seções 124 e 128.
Em toda Bíblia, que cobre muitos séculos, não há um único mandamento pelo qual devamos ser batizados pelos mortos por procuração. Em Doutrina e Convênios 128:16, José Smith refere-se a 1 Coríntios 15:29 como apoio à sua doutrina do batismo pelos mortos: "Doutra maneira, que farão os que se batizam por causa dos mortos? Se absolutamente os mortos não ressuscitam, por que se batizam por causa deles?" Eis aqui um exemplo de como os mórmons usam um versículo fora de seu contexto.
O assunto da passagem de 1 Coríntios é a ressureição, não o batismo. O capítulo 15 de 1 Coríntios dá-nos uma linda figura da ressurreição de Cristo e de nossa própria ressurreição se formos cristãos. (A ressurreição dos ímpios é tratada em outros lugares, como Apocalipse 20.) Paulo está respondendo a muitas questões acerca da ressurreição. Diz ele que até os pagãos que se batizam por seus mortos fazem isto por crerem haver uma ressurreição dos mortos. "Doutra maneira, que farão os que se batizam por causa dos mortos? Se absolutamente os mortos não ressuscitam, por que se batizam por causa deles?" (Os itálicos são do autor.) Esses comentários não o identificam ou a qualquer outro cristão com os que se batizam por causa dos mortos. Ele simplesmente reconhece o fato de que até os pagãos crêem na ressurreição dos mortos; quanto mais deveriam os cristãos.
Conhecemos dois grupos pagãos da época de Paulo que batizavam por causa dos mortos, os ceríntios (não coríntios!) e os marcionitas. Nem os cristãos daquele tempo nem os de agora batizam por causa dos mortos. Esta única referência ao batismo por causa dos mortos são beneficiados ou salvos por esse batismo. Paulo usou isto como ilustração.
A Bíblia ensina, sem sombra de erro, que não há oportunidade alguma de os homens serem salvos depois da morte. Na morte o destino dos perdidos é selado imediatamente e para sempre, de uma vez por todas. É por isso que os missionários da cruz saem com tanta urgência em obediência ao mandamento de Cristo. É por isso que se sacrificam e morrem, para que os outros possam ouvir o evangelho. De que adiantaria isso, se depois que os perdidos morressem, o próprio Cristo lhes fosse pregar o evangelho?
Como missionário no Alasca, enfrentei ameaças de morte; vi minha linda filhinha doente com febre reumática enquanto vivíamos numa cabana terriágua corrente. Sofri a agonia de meus filhos e vi minha adorável esposa lutando por sua saúde à medida que tentávamos levar o evangelho aos perdidos. Entretanto o que sofremos, quando comparado com o que outros santos missionários suportam a vida inteira, não por algumas semanas ou alguns rápidos anos, por Jesus Cristo e por seu evangelho precioso, foi algo de pouca importância. Esses missionários estão dispostos a enterrar suas vidas, ambições e deixar suas famílias para arriscar a dureza e morte; tudo isso porque sabem que os homens estão perdidos sem Cristo! Essas pessoas perdidas não têm esperança se não puderem ser alcançadas enquanto estiverem vivas!
Não há oportunidade depois da morte. "Eis agora o tempo sobremodo oportuno, eis agora o dia da salvação" (veja 2 Coríntios 6:2). "E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez e, depois disto, o juízo" (Hebreus 9:27). Não há salvação para os que estão sem Cristo: "Por isso quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavía, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus" (João 3:36).
Todos os homens serão ressuscitados: os salvos para a vida, a vida eterna (veja João 6:40) e os não-salvos para a condenação (veja João 5:29; Apocalipse 20:3-6). Apocalipse 20:15 acrescenta a palavra final acerca dos não-salvos: "E, se alguém não foi achado inscrito no livro da vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo."
Céu
Em Doutrina e Convênios 76, José Smith ensina que há três céus ou três graus de glória. O primeiro céu é a glória teleste para onde até mesmo os incrédulos vão. O segundo céu, ou o céu terreste é para as pessoas boas e religiosas que não são mórmons, e também para os mórmons que não preencheram os requisitos de sua igreja para a glória celeste. O terceiro céu é a glória celeste que é somente para os mórmons!
Biblicamente, os mórmons tenteam basear esta doutrina em 1 Coríntios 15:35-54. Parte desta passagem diz: "Nem toda a carne é a mesma; porém uma é a carne dos homens, outra a dos animais, outra a das aves e outra a dos peixes. Também há corpos celestiais e corpos terrestes; e, sem dúvida, uma é a glória dos celestiais, outra a glória dos terrestres. Uma é a glória sol, outra a glória da lua, e outra a das estrelas; porque até entre estrela e estrela há diferenças de esplendor" (1 Coríntios 15:39-41).
Nesta passagem gloriosa sobre a ressurreição, o assunto definitivamente é corpos, não céu ou céus de per se. Nos versículos 35-38, Paulo usa o grão como ilustração da diferença de nossos corpos depois da ressureição. Então ilustra seu ponto fazendo referência à carne diferente dos homens, dos animais, dos peixes e das aves (v.39). Depois ele se refere à diferença dos corpos humanos e possivelmente dos corpos angelicais ou celestiais (v.40). Finalmente, refer-se ele à diferente glória do sol, da lua e das estrelas em seus tipos de glória individuais que se podem identificar pessoalmente (v.41).
Então no versículo 43 Paulo diz que nossos corpos terrestres, que morrem e se decompõem, são diferentes de nossos corpos ressurretos. Nossos corpos de ressurreição são glorificados; ainda assim retêm sua identidade humana e pessoal. Aqui Paulo simplesmente dá ênfase ao fato que há uma grande diferença entre a glória dos corpos celestes e dos corpos terrestres. "Uma é a glória do sol, outra a glória da lua, e outra das estrelas; porque até entre estrela e estrela há diferenças de esplendor" (v.41). O assunto ainda é corpos ressurretos, e não três diferentes céus.
Agora Paulo volta ao ponto de sua ilustração no versículo 42: "Pois assim também é a ressurreição, dos mortos. Semeia-se o corpo na corrupção, ressuscita na incorrupção. Semeia-se em desonra, ressuscita em glória." A diferença principal de glória da qual fala Paulo é a diferença entre o corpo que agora possuímos, nosso corpo natural, e, se somos cristãos, o corpo glorioso, ressurreto e espiritual que teremos.
Repito, o assunto desta passagem é corpos, não céus. Esta passagem não ensina três céus como José Smith e os mórmons afirmam. O contexto não dá apoio algum a tal alegação. Deveras, o mesmo contexto fala acerca de diferenças de glória entre estrela e estrela. Para serem consistentes, então, os mórmons deviam ensinar a existência de milhões de céus e graus de glória diferentes, porque há milhões de estrelas que diferem umas das outras em glória.
Marvin Cowan, missionário aos mórmons diz: "Paulo menciona quatro tipos de carne. Este versículo ensina que há quatro céus? Esse raciocínio é tão válido quanto o que os Santos dos Últimos Días fazem com os próximos dois versículos."[4]
O ladrão na cruz clamou a Jesus e foi salvo instantaneamente e teve a segurança de que nesse mesmo dia estaria com Cristo no paraíso. Paulo, o missionário mais poderoso que este mundo já conheceu, um tremendo apóstolo, e um dos santos mediante os quais Deus deu sua Palavra,foi levado ao terceiro céu. (Segundo os mórmons, esse é o céu mais alto que existe.) Adivinhe quem já estava lá? É isso mesmo, o ladrão que não fora batizado, não tivera boas obras, trabalho no templo ou qualquer tipo de religião que o recomendasse! Ele fora salvo pelo sangue do Senhor Jesus Cristo. Ele foi salvo instantâneamente e para sempre porque, crendo, clamou a Jesus Cristo e seus pecados foram lavados e sua natureza mudada por Jesus. A prova? O terceiro céu é também chamado paraíso! Leia-o você mesmo! "Conheço um homem em Cristo que, há catorze anos foi arrebatado até ao terceiro céu, se no corpo ou fora do corpo. não sei, Deus o sabe. E sei que o tal homem, se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe, foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis, as quais não é lícito ao homem referir" (2 Coríntios 12:2-4; itálicos do autor).
Isto contradiz clara e totalmente o que os mórmons ensinam acerca do céu e de como lá chegar. Paulo continua a revelar nesta passagem que foi ele mesmo quem for arrebatado ao paraíso, ao terceiro céu, para onde Jesus levou o ladrão salvo.
Na verdade, há somente um céu de Deus. Tanto a Escritura como o uso hebraico, referem-se a três céus: o primeiro céu é o das nuvens, o segundo é o do sol, da lua e das estrelas e o terceiro é o único céu de Deus.
O céu das nuvens e da atmosfera. "O Senhor te abrirá o seu bom tesouro, o céu, para dar chuva à tua terra no seu tempo" (Deuteronômio 28:12). "Que cobre de nuvens os céus, prepara a chuva para a terra" (Salmo 147:8).
O céu do sol, da lua e das estrelas. Gênesis 1:17 fala do sol e da lua: "E os colocou no firmamento dos céus para alumiarem a terra."
O céu de Deus. "Assim diz o Senhor: O céu é o meu trono"(Isaías 66:1).
Não existe nenhuma indicação em toda a Bíblia de haver mais de um céu de Deus. Pelo contrário, considere isto: "E quando eu for, e vos preparar lugar [somente um, não três], voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que onde eu estou estejáis vós também" (João 14:3). Jesus fala aqui a todos os cristãos e assegura-lhes que voltará para todos e que todos estarão com ele (e certamente que Jesus estará no "céu mais alto", o único céu de Deus) em um lugar para sempre!
"E ele enviará os anjos e reunirá os seus escolhidos dos quatro ventos, da extremidade da terra até à extremidade do céu" (Marcos 13:27).
"Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens para o encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor" (1 Tessalonicenses 4:16,17).
Há um único céu, e um único inferno, e vamos para um ou para o outro, dependendo de nossa atitude para com Jesus Cristo.
Preexistência
Embora esta, do ponto de vista dos mórmons, seja um doutrina complicada, desejamos mencionar somente alguns fatos simples.
Basicamente, os mórmons ensinam que os homens eram inteligências que existiam eternamente, então entraram os homens no mundo dos espíritos pré- -mortais, pelo nascimento, quando Deus teve relações sexuais com uma de suas esposas.[5] Estranho como pareça, este Deus que os mórmons acreditam ter corpo de carne e ossos, teve filhos que são somente espíritos.
Versículos tais como Jeremias 1:5 são tomados, pelos mórmons, para apoiar a doutrina de que existíamos como espírito antes de nascermos como seres humanos: "Antes que eu te formasse no ventre materno, eu te conheci, e antes que saísses da madre, te consagrei e te constituí profeta às nações."
Como é de esperar, uma superestrutura tremenda foi construída sobre este fundamento excessivamente fraco e ambíguo.
Uma senhora mórmon esposa de um líder mórmon local, um tanto perturbada por causa de alguns fatos que eu lhe estivera apresentando, telefonou algumas noites atrás e se referiu a esse texto. "Não prova isto que existíamos antes de termos nascido, se Deus nos conhecia antes de termos sido formados no ventre?" --perguntou ela.
Absolutamente não! Da mesma forma que Mateus 7:23 "Então lhes direi explicitamente: Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade" não prova que existam pessoas das quais Deus não tenha conhecimento.
Há duas possibilidades. Não sabemos o momento exato em que a vida entra no feto. Esta passagem de Jeremias pode referir-se tempo antes de o feto ser completamente desenvolvido no ventre materno, mas ainda assim tem vida. A segunda possibilidade, e do meu ponto de vista, a mais plausível: esta passagem simplesmente fala do conhecimento eterno de Deus. Certamente, os mórmons não crêem que Jeremias, na realidade, tivesse sido ordenado como profeta no mundo dos espíritos antes de ter um corpo! Mas se afirmamos que Deus literalmente conhecia Jeremias antes de ele ter nascido, para sermos consistentes devemos também literalmente aceitar o que Deus disse acerca de o ter ordenado como profeta antes de ele ter recebido um corpo, enquanto ainda estava no mundo para os mórmons é que este versículo não somente diz que Deus conhecia Jeremias e o havia ordenado como profeta antes de ter sido formado no ventre materno, mas também o santificara. Para os mórmons, toda esta vida é um período de provação, mas esta interpretação indicaria que Jeremias teria sido perfeito antes de nascer!
Agora examine atentamente Atos 15:18: " O Senhor que faz estas cousas conhecidas desde séculos" Isto se refere ao conhecimento que Deus tem de todas as coisas. Certamente não significa que suas obras existissem antes de ele as ter formado! Se Deus conhecia suas obras desde o princípio do mundo, isso certamente inclui a Terra. Não significa que a Terra existisse antes de ele a ter formado! Jeremias é uma das obras de Deus. Certamente não significa que Jeremias existisse antes de ter nascido. As obras de Deus incluíram a criação de Adão. Enfaticamente, não significa que Adão existisse antes de ter sido criado assim como também não significa que a Terra existisse antes de ter sido formada. Romanos 8:28-30 esclarece o maravilhoso pré-conhecimento de Deus, sem o qual ele não seria Deus, e toda nossa segurança para a eternidade seria desfeita.
Deus disse em Gênesis 2:7: "Então formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra, e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente." Foi aí qua a vida do homem começou. Ele não tinha vida antes, em lugar algum e em tempo algum, Verifique que Deus não colocou em Adão um dos seus filhos espíritos preexistentes que só existem na literatura mórmon. O homem obteve a vida pela primeira vez diretamente de Deus.
Os Negros
A posição mutável dos mórmons acerca dos negros na igreja é ainda outra contradição que grandemente enfraquece a validade da "única igreja verdadeira".
Em junho de 1978, o presidente Spencer Kimball anunciou que por divina revelação a igreja mórmon está livre para aceitar os pretos em seu sacerdócio. Entretanto por muitos anos não fora esta a posição da igreja. Segundo a doutrina mórmon, por causa de algum pecado preexistente, os negros foram amaldiçoados com a pele preta. Esta maldição foi perpetuada mediante Ham. Por causa disso o negro para sempre (segundo alguns livros e algumas autoridades mórmons) não poderia receber o sacerdócio, nem o céu mais alto, etc.
O escritor mórmon Arthur M. Richardson, declara: "A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias não foi chamada a levar o evangelho aos pretos, e não o faz."[6] O ponto de vista de Richardson claramente contradiz Marcos 16:15: "Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura"; (pretos, vermelhos, brancos ou qualquer outra cor). Também contradiz o Livro de Mórmon 2 Nefi 26:28: "Eis que ordenou o Senhor a alguém que não participasse de sua bondade? Eis que vos digo, que não, mas todos os homens têm o mesmo privilégio e a nenhum foi verdade" (itálicos do autor).
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Notas
[1] Orson Hyde, Journal of Discourses, vol.2, p.210.
[2] Brigham Young, Journal of Discourses, vol.11, p.269. (Veja também vol.3, p.266.)
[3] John A. Widtsoe, Evidences and Reconciliation (Salt Lake city: Bookcraft, 1960), p.216.
[4] Marvin E. Cowan, Mormon Claims Answered, p.101.
[5] Milton R. Hunter, Gospel Through the Ages (Salt Lake Ctiy: Deseret Books, 1945), pp.98, 126-129.
[6] Arthur M. Richardson, That Ye May Not Be Deceived, p.13. Citado por Tanner, Mormonism, Shadow or Reality, p.274.
Cap.12
A Única Igreja Verdadeira
Há algo muito curioso acerca das reivindicações do mormonismo. Ás vezes dão idéia de serem um corpo legítimo de cristãos, cujas doutrinas, com exceção de alguns particulares, não diferem muito da afirmação de fé cristã em geral. Mas ao mesmo tempo são a favor de uma igreja cujos livros inspirados proclamam que todas as igrejas são erradas, todos os seus credos uma abominação, e todos os seus adeptos são corruptos!
No que concerne ao credo mórmon, as "Regras de Fé" que podem ser encontradas em Pérola de Grande Valor, é um tanto confuso de examinar por que todos os outros credos são abominação para Deus, mas quando os dogmas desses credos são transferidos verbatim ao "credo" mórmon, de repente passam a tornar-se santos e aceitáveis a Deus!
Se todos os nossos credos são abominação, como José Smith proclamou mediante revelação: "Todos os seus credos eram uma abominação à sua vista" (José Smith 2:19, Pérola de Grande Valor), dificilmente esperaríamos que as "Regras de Fé" dos mórmons adaptassem as crenças fundamentais nele contidas como suas próprias.
Mais confuso ainda é o ensino inspirado de José Smith no Livro de Mórmon e por apóstolos mórmons, divinamente guiados que declaram: "Todos os que não são Santos dos Últimos Dias, serão amaldiçoados."[1] De novo, lemos: "Tanto os católicos como os protestantes não são nada mais que a 'prostituta da Babilônia' a quem o Senhor denuncia pela boca de João, o Revelador, como tendo corrompido toda a terra mediante suas fornicações e maldades. Qualquer pessoa que for ímpia o suficiente para receber a ordenança sagrada do evangelho dos ministros de quaisquer destas igrejas apóstatas será enviada diretamente para o inferno com eles, a menos que se arrependa desse ato ímpio e mau."[2] (E outros livros mórmons dizem-nos que estaremos em um dos dois céus mais baixos ou graus de glória.)
Em muitos livros, os mórmons afirman serem eles a única igreja verdadeira mas citaremos Doutrina e Convênios 1:30. Aqui chama-se a igreja mórmon: "A única igreja verdadeira e viva sobre a face de toda a terra."
O que a igreja mórmon realmente ensina é: "Não há salvação fora da...igreja [de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias].[3]
No Livro de Mórmon, 1 Nefi 13:26, José Smith escreveu: "Uma grande e abominável igreja.. despojaram o evangelho do Cordeiro de muitas partes que são claras e sumamente preciosas, como também de muitos dos convênios do Senhor." Esta é uma referência às igrejas que supostamente se apostataram. Ora, o Livro de Mórmon data este escrito de cerca do 600 a.C., 600 anos antes de Cristo vir, antes de haver qualquer evangelho do Cordeiro, e certamente antes de haver quaisquer igrejas cristãs a que Smith se refere.
Entretanto esta é uma das razões que José Smith dá para mostrar a necessidade do Livro do Mórmon e da única igreja verdadeira. Todas as outras igrejas tornaram-se falsas, e todos os cristãos eram corruptos e o verdadeiro evangelho desapareceu da terra. O evangelho devia ser "restaurado" e devia aparecer uma nova revelação.
Jesus disse explicitamente em Mateus 24:35: "Passará o céu e a terra, porém as minhas palavra não passarão."
E outra vez Jesus declarou em Mateus 28:20 que estaria com sua igreja e seu povo "todos os dias até a consumação do século". Todos os dias. Continuamente. Com quem estaria Jesus se não houvesse igrejas nem cristãos na terra logo depois da morte dele? E Jesus além disso afirmou em Mateus 16:18: "Edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela."
Se o mormonismo for verdadeiro, o que Jesus disse não é verdadeiro. Pois dizem os mórmons que as portas do inferno prevaleceram contra a igreja dele, e a apostasia total eliminou sua verdadeira igreja, seu povo verdadeiro, e sua palavra verdadeira da terra por mais de mil anos, para serem "restaurados" pelo profeta Smith!
Essa doutrina mórmon não é somente infiel à Bíblia mas também totalmente infiel à historia da igreja. Milhares, deveras, até mesmo milhões espalhados ao redor do mundo viviam por Jesus Cristo até mesmo durante a Idade das Trevas (a Idade Média). A igreja católica formal realmente se afastou de Deus, mas Lutero e muitos outros foram salvos embora estivessem em seu seio corrupto. O Livro de Mártires de Foxe conta da morte de centenas de milhares por amor a Jesus Cristo, de como foram queimados na fogueira, de como sofreram torturas indizíveis, de como foram devorados pelas feras selvagens, e por todas essas provações proclamaram seu amor imorredouro por Jesus Cristo.
Muitos outros livros da história da igreja registram que durante estas centenas de anos que José Smith nos quer fazer acreditar não ter havido crentes verdadeiros nem igreja verdadeira sobre a terra, os cristãos morreram em sua salvação e louvando a seu maravilhoso Salvador.
Um exemplo marcante, dentre milhares que podem ser dados, foi o dos mártires da Legião de Tebas. Um grupo de soldados romanos de cerca de 6.666 homens que haviam aceitado a Cristo, a Legião de Tebas, no ano 286 A.D. recusaram-se a negar a Cristo e oferecer sacrifícios pagãos. Foram cortados em pedaços à espada.
Existiram vários grupos cristãos através dos séculos, muito antes da Reforma Protestante, que jamais fizeram parte da igreja "mãe". Trial of Blood (Trilha de sangue) e muitos outros livros de história têm preservado o nome dessas igrejas: Paulicanos, Irmãos da Sorte Comum, Montanistas, Paterins, Novacionistas, Arnoldistas, Cataristas, Albigenses, Waldenses, Henricanos, Anabatistas, Batistas, e os nomes bem conhecidos das igrejas oriundas da Reforma Protestante tais como a Luterana, a Presbiteriana, Congregacional, a Metodista, etc.
Em 1536, depois de muitos anos de serviço fiel ao Senhor Jesus Cristo e depois de traduzir a Bíblia para a língua do povo, William Tyndale foi queimado na fogueira, perto de Antuérpia, na Inglaterra, orando até ao último alento por aqueles que o torturavam. Por volta de 1441, João Huss, cristão precioso e fiel foi queimado na fogueira por seu amor e fidelidade a Jesus Cristo, e cantou louvores até que o crepitar das chamas lhe abafou a voz. Por favor, lembre-se que este acontecimemto e milhares como ele se passaram durante séculos em que José Smith diz ter a igreja verdadeira de Deus e o evangelho verdadeiro, e seu povo verdadeiro desaparecido da terra (mais tarde devia ser restaurada, em 1830, pelo profeta Smith!). Milhões morreram por sua fé e fidelidade a Jesus Cristo durante este período de mais de mil anos em que José Smith afirma que todos os cristãos verdadeiros, a igreja verdadeira e o evangelho verdadeiro desapareceram da terra.
Segundo o ensino de José Smith e o ensinamento dos mórmons, ninguém, durante este período, e ninguém, hoje, pertence a única igreja verdadeira, a não ser um grupo relativamente pequeno de pessoas chamadas mórmons. Os mórmons devem ou acreditar nesse ensino, que é contrário à Bíblia e à história da igreja, ou negar o profeta José Smith.
Alguns pais mórmons muito sacrificam para enviar seus filhos para os campos missionários. Também o fazem esses jovens finos mas desencaminhados que dão dois anos de suas vidas à causa mórmon. Segundo o Manual Missionários Mórmon de agosto de 1961, os missionários mórmons devem levar os convertidos em potencial a dizer acerca de suas próprias igrejas e de todas as outras igrejas o seguinte: "Elas são falsas." No novo Manual Missionário Mórmon modificado e um pouco mais sutil e sofisticado, esta terminologia foi mudada. Mudança alguma, entretanto, foi feita no Pérola de Grande Valor ou na doutrina mórmon, de que todas as outras igrejas são falsas.
Apóstolos na Igreja Mórmon
Uma das razões que os mórmons apresentam para mostrar que sua igreja é a única igreja verdadeira é que eles têm "apostolos" em sua igreja. Esses apóstolos são chamados de os Doze, e crê-se que ocupam o ofício restaurado dos apóstolos originais. Um apóstolo ordenado é "aquele que foi ordenado ao ofício do apóstolo no sacerdócio de Melquisedeque... esse direito de ser apóstolo leva em si a responsabilidade de proclamar o evangelho em todo o mundo e também de ministrar os assuntos da igreja... Os Doze originais dos últimos dias foram selecionados mediante revelação às três testemunhas do Livro de Mórmon."[4]
Esta reivindicação encontra vários problemas. Em primeiro lugar, se usarmos "apóstolos" no sentido escrito de um ofício ou como um dom dado a certos homens escolhidos de Deus, a igreja dos Santos dos Últimos Dias tem apóstolos demais. Apocalipse 21:14 diz que a muralha da cidade celestial de Deus "tinha doze fundamentos, estavam sobre estes os doze nomes dos doze apóstolos do Cordeiro". Os Doze foram escolhidos pessoalmente por Cristo. Estavam entre os que testemunharam do Jesus Cristo vivo e seu ministério, morte e ressurreição. Como sinal de serem apóstolos, realizaram milagres. (Veja Mateus 10:7, 8; Atos 3:6-8; 5:12-16; 9:37-40; 2 Coríntios 12:12.)
A igreja dos Santos dos Últimos Dias, até agora, nomeou oitenta apóstolos. Hoje eles têm doze apóstolos mais três homens na primeira presidência que também são apóstolos. É verdade que outros foram chamados de apóstolos na Bíblia, mas somente doze formam o fundamento histórico da igreja (Apocalipse 21:14); Cristo é hoje e para sempre o fundamento teológico da igreja (1 Coríntios 3:11).
Em segundo lugar, se usarmos "apóstolo" no sentido mais amplo, a palavra significa "enviado". Isto se aplica a todo o cristão que é verdadeiramente filho de Deus. Todos nós somos enviados, enviados a falar de Cristo. Este uso mais amplo de apóstolo foi conferido a Barnabé, Andrônico, Epafrodito, Júnia, etc.
Paulo diz ter sido "chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de Deus" (Romanos 1:1). Ele não acompanhou Jesus mas foi especialmente escolhido por Deus. (Ver Atos 22:12-15 para um relato do chamado de Paulo; veja também 1 Coríntios 9:1.) Outros apóstolos fundaram muitas das igrejas primitivas.
Se o título de "apóstolo" devesse ser um ofício perpétuo na igreja, Deus certamente teria nos deixado uma lista definida de qualificações, orientações quanto aos seus deveres, autoridade, propósito e responsabilidades. Ele nos deu tais orientações e qualificações para os ofícios de bispo (1 Timóteo 3:1-7), diácono (1 Timóteo 3:8-13), e presbítero (1 Timóteo 5:1-21), mas nada é dado para o apóstolo.
Ainda há outro problema com reivindicação dos mórmons de que sua igreja seja a única verdadeira por ser fundada sobre os apóstolos. A igreja mórmon começou em 1830, e o "fundamento", os Doze Apóstolos, não foi escolhido até 14 de fevereiro de 1835. Qual era o status da organização mórmon durante os anos antes dos Doze Apóstolos?
O Novo Testamento fala de "apóstolos falsos", "Conheço as tuas obra, assom o teu labor como a tua perseverança, e que não podes suportar homens maus, e que a si mesmos se declaram apóstolos e não são e os achaste mentirosos" (Apocalipse 2:2).
Profetas na Igreja Mórmon
Em capítulo anterior discutimos o papel dos profetas como previsores do futuro, sob a direção de Deus. Examinamos a prova do profeta como a Bíblia a apresenta. Citamos muitos casos nos quais José Smith não preenchia ou não passava na prova do profeta, o que também acontece com todos os seus sucessores. o que prova, além de qualquer dúvida que eram falsos profetas.
Os profetas de Deus, embora indubitavelmente estudiosos das Escrituras, não recebiam a mensagem pelo estudo, mas por revelação direta de Deus. Os profetas verdadeiros, os que predisseram acontecimentos futuros sob a liderença de Deus com 100% de exatidão o tempo todo, e os que receberam revelações diretas referentes ao futuro, já passaram.
Agora que temos a Palavra de Deus completa, a predição de acontecimento futuros é desnecessária. A Palavra escrita de Deus é suficiente. Desde que os profetas do Novo Testamento saíram de cena, profeta algum, neste sentido, passou no teste do profeta. Todos são profetas falsos.
Infelizmente, isto muitas vezes não impediu que tivessem seguidores os quais falharam em dar atenção ao teste de Deus para o verdadeiro profeta ou não o quiseram aplicar. De modo que inúmeros cultos têm sido fundados por assim chamdos profetas de Deus que iludem homens e mulheres e os levam para uma eternidade de perdição.
Hebreus 1:1, 2 resume este assunto com exatidão: "Havendo Deus, outrora, falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias nos falou pelo Filho a quem constituiu herdeiro de todas as cousas, pelo qual também fez o universo."
Outro significado bíblico do título de "profeta" tem que ver com "levar avante" a Palavra de Deus. Muitos homens e mulhers de muitas igrejas diferentes ainda fazem isto quando pregam e ensinam a Palavra de Deus.
A Única Igreja Verdadeira
A Bíblia menciona somente "uma igreja verdadeira" e todo crente verdadeiro - quer seja batista, metodista, luterano, presbiteriano, ou qualquer que seja sua denominação - pertence a essa igreja no momento em que recebe a Cristo. Há os que são membros da única igreja verdadeira e que jamais pertenceram a nenhuma denominação; o ladrão na cruz, por exemplo! Ele, agora também pertence à igreja verdadeira!
Primeira Coríntios 12:13 diz que todos os cristãos são batizados pelo Espírito Santo no corpo de Cristo. (Isto não se refere ao batismo com água. O Espírito não nos batiza com água.) Efésios 5:29-32 e outras passagens nos dizem que o corpo de Cristo, neste sentido, é sua Igreja, e que sua igreja é seu corpo! 1Coríntios 12:13: "Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito."
De modo que todo cristão pertença à única igreja verdadeira, colocado lá pelo Espírito Santo no momento em que é salvo! Devemos acrescentar que essa unidade dos cristãos verdadeiros não se estende a grupos que duvidam de certas porções da Palavra de Deus, que substituem o ritual pela realidade, e mudança social pelo novo nascimento. Estes têm certa forma de santidade, mas negam o poder dela (veja 2 Timóteo 3:5), são cristãos nominais ou cristãos somente de nome.
Pertencer a uma boa igreja local é de importância vital. Hebreus 10:25 nos previne para que "não deixemos de congregar-nos". Há centenas de igrejas e denominações, e algumas que não têm denominação, que ensinam basicamente a mesma coisa acerca de Jesus Cristo e sua salvação maravilhosa, e também doutrinas mais importantes e fundamentais de Bíblia. É por isso que centenas de igrejas e denominações diferentes podem se unir alegremente para uma campanha evangelística de âmbito urbano, ou alcançar certa área para Cristo. Na realidade, temos menos diferenças, em geral, entre os cristãos verdadeiros de diferentes denominações do que os mórmons têm entre si. Temos a unidade espiritual em Cristo bem maior do que qualquer unidade artificial de natureza física.
É verdade que temos algumas diferenças que nos são importantes individualmente. Temos maneiras diferentes de administrar nossas igrejas onde a Bíblia não é muito clara e específica quanto ao modo de se fazê-lo; diferenças de método, ação e doutrinas de natureza um pouco menos fundamentais. Os cristãos sérios procuram uma igreja que apresenta a Cristo da maneira mais clara para eles e que torna sua salvação mais fácil de entender, que busca os perdidos, que dá ênfase à purificação do pecado somente pelo sangue de Jesus Cristo; uma igreja que se firma basicamente na na Palavra de Deus.
Resumindo
Como é que os mórmons se desviaram tanto da verdade da Palavra de Deus, que o profeta "inspirado" Brigham Young pudesse dizer: "Homem ou mulher alguma entrará, nesta dispensação, no celeste Reino de Deus sem o consentimento de José Smith!" (5) Isto é um desafio direto à Palavra de Deus e ao Senhor Jesus Cristo, "Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem" (1 Timóteo 2:5). "E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos" (Atos 4:12). Este nome é Jesus.
José Smith foi quem desviou os mórmons, e ainda o faz porque se recusam a examinar ou aceitar a evidência clara de Deus em Deuteronômio 18:20-22, e outras passagens, de que ele foi um profeta falso.
Seria bom que os mórmons, toda vez que aparecesse um comentário desfavorável a José Smith, não o escondessem debaiso do tapete, nem proclamassem ser ele obra de antimórmons, mas o examinassem sistemática e cuidadosamente, procurando a verdade. A verdade real pode suportar investigação e exame. Não é necessário ir às fontes antimórmons para conhecer o verdadeiro José Smith. As fontes históricas mórmons revelam um José Smith inteiramente diferente do que a maioria dos mórmons tem conhecido. Os mórmons deviam insistir na publicação de tais coisas, que muitas vezes ficam guardads em arquivos sagrados, ocultas até mesmo ao público mórmon, e que deviam ser accessíveis pelo menos aos mórmons.
Às vezes esses materiais já foram deixados à disposição do público e depois retirados. Fizemos o melhor que podíamos para ser honesto e justo com as verdades que descobrimos. Ignoramos ou deixamos passar por alto informações em extremo prejudiciais, na maior parte de fontes mórmons, a respeito da moral de José Smith, de sua ética de negócio, de sua fidelidade, e seu "background" de caçador de tesouros, etc. Pedimos que os mórmons investiguem isto cuidadosa e honestamente para si mesmos.
Verdadeiramente, nossos amigos mórmons precisam dar ouvidos a Gálatas 1:8, e de fato, todos nós precisamos! "Mas, ainda que nós, ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema."
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Notas
1) Ora Pate Stewart, We Believe. Extraído de Keith L. Brooks, comp., The Spirit of Truth and the Spirit of Error (Chicago, Moody Press, 1963), p. 7.
2) Orson Pratt, The Seer, publicação fundada por Orson Pratt em mémoria do Profeta Joseph Smith, Jr. 1852, p. 225.
3) Bruce R. McConkie, Mormon Doctrine (Salt Lake City: Bookcraft, Inc., 1966), p. 138, veja também pp. 81, 136.
4) McConkie, Mormon Doctrine, p. 47.
5) Brigham Young, Journal of Discourses, vol. 7, p. 289.
Cap.13
A Autoridade Final
Quando o povo de Deus foi levado a consultar os médiuns e feiticeiros que faziam maravilhas em nome de Deus, foram avisados: "À lei e ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva" (Isaías 8:20, itálicos do autor).
A lei e o testemunho obviamente referiam-se à Palavra de Deus. A Bíblia é o prumo imutável de Deus. Nada mais é!
Considere isto: "Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça" (2 Timóteo 3:16). "Porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana, entretanto homens (santos) falaram de parte de Deus movidos pelo Espírito Santo" (2 Pedro 1:21).
Estas e muitas outras Escrituras nos dizem que a Bíblia é a própria Palavra de Deus. Profecia cumprida, exatidão histórica e arqueológica, unidade e harmonia que vai além da imaginação em um livro com cerca de 40 autores e escrito num período de mais ou menos 1,500 anos, ausência de erros científicos comuns em outros livros antigos, a vida e a ressurreição de Jesus, e o seu poder transformador de vida -- tudo isto se combina para reforçar esta afirmação.
O mesmo Deus que deu a Palavra é bem capaz de preservá-la. Ele prometeu fazer justamente isto; ele o tem feito e continuará à fazê-lo. Deus não mente. "Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão" (Mateus 24:35). Lançar dúvidas sobre a Palavra de Deus é ficar do lado dos ateus, incrédulos, cépticos e cultistas de todas as épocas. É opor-se a Cristo e aos cristãos verdadeiros.
Jesus disse-nos que examinássemos as Escrituras, em João 5:39, até mesmo para provar as reivindicações dele: "Examinais as Escrituras, ...e são elas mesmas que testificam de mim." Quando Paulo e Silas foram a Beréia com as afirmações de Cristo e do evangelho, o povo foi elogiado porque "receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as cousas eram de fato assim" (Atos 17:11). Os bereanos estavam usando o Antigo Testamento que havia sido dado centenas de anos antes e traduzido do hebraico para o grego numa tradução chamada Septuaginta. Não perderam tempo discutindo acerca da Bíblia ser "a Palavra de Deus, o quanto seja correta sua tradução". (1)
Quão diferente da maneira dos mórmons procurarem a verdade!
O Teste Mórmon Para a Autoridade
Enquanto a Bíblia ensina que devemos testar a autoridade da pregação e das Escrituras com outras Escrituras, ensina-se aos mórmons que testem a verdade do Livro de Mórmon por suas mentes, sentimentos e pela oração.
McConkie diz: "O Espírito da revelação consiste em ter pensamentos colocados na mente da pessoa pelo poder do Espírito Santo" (Mormon Doctrine, p. 502). A Bíblia tem algo mais a dizer acerca da mente humana. A Palavra de Deus diz que não podemos confiar em nossos próprios pensamentos porque temos mente "réproba" (Romanos 1:28), "carnal" (Romanos 8:7), "vã" (Efésios 4:17), "impura" (Tito 1:15) e que nossos pensamentos continuamente tendem para o mal (veja Gênesis 6:5; Mateus 9:4; 15:19).
Ao tentar verificar a autoridade dos ensinamentos mórmons, às vezes eles declaram que tiveram um "ardor dentro do peito" tal como é mencionado em Doutrina e Convênios: "Mas, eis que eu te digo, deves ponderar em tua mente; depois me deves perguntar se é correto e, se for, eu farei arder dentro de ti o teu peito; hás de sentir assim, que é certo" (Doutrina e Convênios 9:8). Este sentimento, este ardor dentro do peito "provava" que o Espírito Santo testificava a ele da verdade do Livro de Mórmon e do mormonismo.
Além de suas mentes e sentimentos, os mórmons são exortados a provar o Livro de Mórmon pela oração:
"E, quando receberdes estas coisas, eu vos exorto a perguntardes a Deus, o Pai Eterno, em nome de Cristo, se estas coisas não são verdadeiras; e, se perguntardes com um coração sincero e com real intenção, tendo fé em Cristo, ele vos manifestará sua verdade disso pelo poder do Espírito Santo" (Moroni 10:4, Livro de Mórmon).
Parte com base nesta passagem de Moroni, os mórmons declaram que se a pessoa pedir a Deus com um "coração sincero" ele manifestará a verdade do Livro de Mórmon a ela! A psicologia disto, assim como a armadilha satânica, é óbvia: a pessoa deve ser convencida de que o Livro de Mórmon é verdadeiro, doutra forma ela é insincera!
Ninguém, especialmente se a pessoa aderiu a esta maneira falsa e não bíblia de descobrir a verdade, vai querer admitir a si mesmo ou aos outros -- ou especialmente a Deus -- que foi insincero quando orou a ele acerca da verdade do Livro de Mórmon. Se a pessoa for honesta e sincera, deve testar o Livro de Mórmon pelo único teste que Moroni 10:4 oferece; e se "sentimento" algum, "ardor" ou "convicção interior" ocorre para dar-lhe certeza da verdade do Livro de Mórmon, então essa pessoa deve ser insincera. De modo que muitas pessoa continuam tentando e afinal se convencem, uma vez que sabem ser insinceras, de que o Livro de Mórmon é verdadeiro. Alguns fabricam sentimentos, outros não,mas são convencidos por sua própria sinceridade, por outros, pela ilusão e trauma do "teste", e pelo fato de que se sinceridade prova a verdade do Livro de Mórmon, e são desesperadamente sinceras, então o Livro de Mórmon, tem de ser verdadeiro!
O alívio que os mórmons sentem depois de desistir de lutar e resolver a crer no Livro de Mórmon, convence-os ainda mais de que têm tido o testemunho do Espírito Santo de que o Livro de Mórmon é verdadeiro.
Ora, se alguém viesse a mim e dissesse: "Ore a respeito disso, a oração é o teste da verdade. Ao orar, Deus mostrar-lhe-á que é correto", responderia eu que para algumas almas sinceras a oração parece a solução ideal. O problema? Eu orei acerca disso e recebi uma respostas. Se a oração fosse a solução, os muçulmanos, que oram cinco vezes ao dia, deviam receber a mesma resposta que eu; entretanto, as respostas deles são todas diferentes das minhas.
Sei que minha oração é sincera, e não duvido de que muitas orações sejam também sinceras. Entretanto, cada um pensa estar certo. Oração sincera não resolve o problema. Os muçulmanos têm certeza de estarem certos. Tenho certeza que estou certo. Você tem certeza que está certo. Então como é que podemos ter respostas diferentes? Obviamente, devemos ter um teste melhor da verdade, uma prova melhor do que a oração, do que "testemunho", do que sentimentos.
Os bereanos não dependeram dessas coisas -- eles buscaram as Escrituras (veja Atos 17:11). Pedro disse: "Temos assim tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendé-la" (2 Pedro 1:19).
Ler o Livro de Mórmon e deixar que o Espírito Santo testifique de sua fidelidade à pessoa não é a maneira aprovada por Deus.
Primeiro, isso substitui outro teste, outra forma, da maneira de Deus de determinar a verdade ou o erro.
Segundo, em sua grande maioria, a doutrina mórmon nem mesmo se encontra no Livro de Mórmon. Embora os mórmons afirmem que o Livro de Mórmon seja a inteireza do evangelho eterno, ele não contém nenhuma das seguintes doutrinas que formam o coração do mormonismo: (1) preexistência, (2) genealogias, (3) batismo pelos mortos, (4) casamento celestial, (5) três graus de glória, (6) divindade prometida ao homem, (7) inferno temporário, (8) progressão eterna. Como é que podem a oração, o sentimento, e a experiência determinar a verdade de algo que nem mesmo está incluído no livro que a pessoa lê? O Espírito Santo não se presta a tais "provas" sem sentido!
Terceiro, e mais perigoso ainda, o Espírito Santo não é único espírito que tem poder neste mundo. A pessoa pode ser enganada ao confiar somente na oração, no sentimento ou na experiência. O poderoso espírito maligno que a Bíblia chama de Satanás apresenta-se como "anjo de luz", e engana a todos os que pode a fim de os levar ao inferno eterno. Ao colocarmos de lado a maneira prescrita de Deus para encontrar a verdade, ficamos totalmente sem proteção e totalmente vulneráveis às ilusões de Satanás.
Bem perguntou alguém: "Pode uma igreja falsa parecer justa?" A pessoa que fez essa pergunta, uma senhora mórmon convertida, acrescentou: "Qual seria o propósito de uma igreja errada senão enganar? Se alguém fosse imprimir dinheiro falso, usaria tinta vermelha?" (2)
Tome nota do programa de Satanás: "Porque os tais são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, transformando-se em apóstolos de Cristo. E não é de admirar; porque no próprio Satanás se transforma em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus próprios ministros se transformem em ministros de justiça; e o fim deles será conforme as suas obras" (2 Coríntios 11:13-15).
Allen Beechick e Bruce Walters, dois excelentes cristãos de nossa igreja, recentemente confrontaram vários missionários mórmons. A conversação que se seguiu foi mais ou menos esta:
Allen: Como é que você sabe ser o Livro de Mórmon a Palavra de Deus?
Mórmon: Já orei a esse respeito e tenho um testemunho que eu sei que ele é verdadeiro e que José Smith, a quem o Livro foi dado é profeta de Deus.
Allen: Qual é sua prova de que o Livro de Mórmon é verdadeiro e que José Smith é profeta de Deus? Como é que "sabe" que o livro é verdadeiro em ambos os casos?
Mórmon: Sei que é verdadeiro porque orei a esse respeito e sinto que é verdadeiro. Sei também que é verdadeiro porque a igreja mórmon tem um profeta vivo para nos guiar-à toda a verdade.
Allen: Como é que sabe que esse profeta vivo é profeta de Deus?
Mórmon: Tenho um testemunho de que nosso profeta vivo é profeta de Deus.
Allen: Pode Satanás conceder bons sentimentos para enganar? O que acontece quando seus sentimentos dizem uma coisa e a Palavra de Deus diz outra? Em qual se pode confiar mais e em que você acredita? Eu tenho bons sentimentos por ter recebido Jesus Cristo pela fé somente e de ter sido salvo instantaneamente e ter certeza do céu, e este sentimento bom já tem durado vinte anos. Por que deviam seus bons "sentimentos" ser mais conclusivos que os meus? Não acredita você que a Bíblia é um padrão de muito mais confiança do que meus "sentimentos", ou "testemunho", ou seus "sentimentos" ou "testemunhos"?
Perguntamos de novo, pode o testemunho tornar um profeta falso em verdadeiro ou fazer sentido de estultíca óbvia? Que pode fazer o testemunho para conseguir que a seguinte profecia se cumpra: o presidente mórmon Heber C. Kimball profetizou que Brigham Young seria presidente dos Estados Unidos? (3) O que pode um testemunho fazer para anular esta afirmativa: a poligamia jamais será banida? (4) Que pode o testemunho fazer para verificar essas revelações dadas em sermões por Brigham Young as quais ele declarou serem Escritura: "O ouro e a prata crescem, e também todos os outros tipos de metal, da mesma forma que o cabelo de nossa cabeça, ou o trigo no campo"? (5) Young também ensinou que tanto o sol como a lua eram habitados. Leia-o você mesmo no Journal of Discourses, volume 13, página 271.
Soma alguma de "testemunho" pode encobrir o fato de que estas são profecias falsas por profetas mórmons. Não podemos deixar de acreditar que centenas de milhares de mórmons honestos desejam e merecem muito mais do que isto. Cremos que podem compreender que o "testemunho" foi desenvolvido e usado como uma arma para conservá-los em ignorância e trevas inquestionáveis. Médicos brilhantes, advogados e professores entre o mórmons, que jamais acreditariam em teorias mal elaboradas e não provadas e que exigem prova impecável em suas profissões, são trancados neste sistema que os força a aceitar "fatos" como estes por meio de seu "testemunho". Desta maneira confundiram eles fé com o crer no que sabem não ser verdadeiro.
A fé bíblica permite e exige realidade evidencial objetiva, e também experiência subjetiva. Tudo que for menos que isto alimenta ilusão e desonestidade.
Milhões de cristãos podem testificar de um "testemunho" tremendo da certeza de que a Bíblia é a única Palavra de Deus, e que foram salvos instantaneamente quando confiaram em Jesus, e que agora têm certeza do céu para sempre com Jesus Cristo. Ele têm paz, alegria e vidas transformadas desde sua conversão. Entretanto, qualquer testemunho desse tipo deve estar em completo acordo coma a Bíblia e a verdade que ela apresenta; se assim não for, será falso. Os sentimentos podem ser e têm sido manipulados. Deus não deixaria nosso destino eterno ser decidido, em última análise, por "sentimentos" ou "testemunhos" de seres humanos falíveis. É por isso que ele forneceu tanta prova na Bíblia de que ela é de verdade a Palavra de Deus. É por isso que todas as reivindicações de verdade devem ser medidas pela Bíblia. Deus não há de passar por alto sua autoridade final.
Autoridade dos Profetas
Profetas, no sentido de predizer o futuro e receber a mensagem diretamente de Deus, já cumpriram seu papel e foram substituídos pelo Filho e sua Palavra completa, a Bíblia: "Havendo Deus, outrora, falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias nos falou pelo Filho a quem constituiu herdeiro de todas as cousas, pelo qual também fez o universo" (Hebreus 1:1, 2).
Isto é óbvio pelo menos por duas razões. Primeira, qualquer "evangelho" dado diretamente por Deus deveria ser o mesmo evangelho que a Palavra de Deus apresenta e que já está completo; portanto, seria desnecessário.
Paulo declarou: "tenho divulgado o evangelho de Cristo" (Romanos 15:19). Não é necessário acrescentar nada ao evangelho. (Veja também Gálatas 1:8, 9.)
Segunda, o livro do Apocalipse revela a era da igreja, o arrebatamento, a tribulação, o milênio e a consumação de todas as coisas no estado eterno. Trata de todas as épocas. Deus não esqueceu nada para que tivesse de acrescentar um Pós-escrito divino dando revelação posterior a algum profeta.
Lembre-se que o Antigo Testamento predisse a vinda o Messias, o Cristo. O Novo Testamento fala do cumprimento do Antigo -- Cristo já veio. Hebreus capítulos 7 e 8 falam da substituição do antigo pacto pelo novo. Hebreus 13:20 refere-se a esta nova aliança como uma "aliança eterna". A Escritura não faz menção de uma terceira ou "mais nova", aliança que podia estar envolvida com revelação posterior.
Judas 1:3 fala da "fé que uma vez por todas foi entregue aos santos" (tradução literal). Não existe mais evangelho para ser entregue. Não há mais revelação para ser dada. Já foi entregue totalmente!
Uma vez que não necessitamos de outra revelação, os profetas, no sentido de receber revelação diretamente de Deus e predizer os acontecimentos futuros e registrá-los como a Escritura dada por Deus, já não têm lugar na igreja hoje. Todos os assim chamados profetas de hoje são falsos.
Os mórmons afirmam que José Smith foi profeta. Leia o que as Escrituras dizem acerca dos que pregam qualquer outro evangelho que não o dado por Deus: "Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então lhes direi explicitamente: Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que practicais a iniqüidade" (Mateus 7:22, 23). "Mas,ainda que nós, ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema. Assim como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema" (Gálatas 1:8, 9).
Qual é, então, a autoridade final? A Bíblia, a Palavra de Deus! Foi dada por Deus. Deus a preservou. Qualquer outra obra que não esteja de acordo com o evangelho que já foi dado, não é de Deus.
A Autoridade da "Bíblia Inspirada"
Se José Smith tivesse sido realmente profeta de Deus, uma das primeiras coisas que Deus teria pedido que ele fizesse seria corrigir quaisquer erros em sua Palavra, a Bíblia! Certamente que isso faz sentido.
De fato, quando José Smith começou a ter algumas dificuldades em fazer coincidir o que o Livro de Mórmon ensinava e o que a Bíblia dizia, ele recebeu uma "revelação" para traduzir a Bíblia e expurgá-la de todo "erro". Deus, disse ele, comissionou-o a fazer isso e deu-lhe divina revelação para o fazer. Esta Bíblia é chamada de Versão Inspirada da Bíblia. (6)
Nos vem à mente a seguinte pergunta: "Se José Smith traduziu a Bíblia e sua tradução é exata, por que a Regra de Fé mórmon diz: 'Cremos ser a Bíblia a palavra de Deus, o quanto seja correta sua tradução'?" A Versão Inspirada da Bíblia pode ser comprada na livraria Deseret em Salt Lake City, de propriedade de um mórmon. Entretanto, poucos mórmons (e pouquíssimos não-mórmons!) sabem que tal livro existe.
Por que os mórmons não apresentam alegremente esta Bíblia inspirada, perfeita e sem erro? Será por não poderem confiar na Versão Inspirada da Bíblia de José Smith? Se for assim, condena-se o próprio profeta como falso, embora ele tenha dito que recebeu a Bíblia diretamente de Deus, assim como recebeu o Livro de Mórmon.
Talvez a resposta seja que eles sabem qual seria a reação se fosse provado que a Versão Inspirada da Bíblia de José Smith contém praticamente, palavra por palavra, cerca de 85 a 90 por cento da Bíblia do Rei Tiago. Isto podia ser embaraçoso para os mórmons. Ainda mais embaraçoso, talvez, seriam os 17 versículos que José Smith acrescentou ao capítulo 50 de Gênesis, nos quais ele profetizou ao dizer ele trará salvação a seu povo: "E a esse vidente abençoarei. ...e seu nome sería chamado José, e será seu nome de acordo como o nome de seu pai...pois o que o Senhor fará por intermédio de sua mão trará salvação ao meu povo" (Gênesis 50:33, Versão Inspirada da Bíblia).
Jesus freqüentemente referiu-se às Escrituras. Parece estranho que Ele desprezasse algo tão tremendamente importante como esta passagem. É estranho também que o Apocalipse, que explicitamente trata dos últimos dias, jamais mencione José Smith e a profecia de Gênesis!
Resumindo
No amor de Cristo, aconselho-o, mórmon ou não, a reconhecer que a Bíblia é de confiança e que é a única autoridade final; e que ao separar-se dela como padrão de verdade causa confusão.
Suponhamos que Satanás inspirasse um livro para suplantar ou negar a Bíblia. Se o livro fosse julgado pela Bíblia, Satanás seria facilmente descoberto e impedido. Mas se ele declarasse que o livro que ele havia escrito era a Palavra de Deus, usasse um pouco da verdadeira Palavra de Deus nele, e usasse um palavreado parecido, a trama seria bastante melhorada. Então suponhamos que ele sugerisse que, como prova, orássemos e pedíssemos que o Espírito Santo nos mostrasse se era a Palavra de Deus ou não, e que se fôssemos realmente sinceros conheceríamos a verdade. E, em alguns casos pelo menos, podia até mesmo ser confirmado por um "ardor dentro do peito".
Obviamente, Satanás podia nos fazer dar uma reviravolta. Já nào mais julgamos o livro pela Palavra conhecida de Deus, a Bíblia, como se nos ordena. Estamos julgando o livro pelo sentimento, pela experiência, e pedindo que Deus nos dê prova de que algo que já declarou claramente ser falso seja verdadeiro! Se nosso desejo ardente de conhecer a verdade; a psicologia e a emoção de clamar a Deus e desesperadamente procurar uma resposta que não produzissem algum tipo de sentimento, seria realmente estranho!
Será que Satanás não podia produzir um "sentimento" ou um "ardor dentro do peito" para "provar" que o livro inspirado por ele era a Palavra de Deus? É claro que podia. E o faz!
Uma vez que Satanás tira a Bíblia como prova ou autoridade final, o fundamento que Deus deu para julgarmos profetas, movimentos religiosos, etc., está perdido! Então a pessoa ou culto que reivindica ter uma visão, uma revelação, um "ardor dentro de peito" dado por Deus, tem campo aberto! Desta maneira tiveram início muitos movimentos religiosos e muitos cultos.
No momento em que começamos a colocar sentimento, experiência, nosso próprio intelecto, especulações científicas, novos profetas ou novas escrituras ao par com a Bíblia e até mesmo acima dela, perdemos nosso fundamento e invertemos completamente a situação. Então começamos a julgar a Bíblia por critérios falsos em vez de testarmos nossos critérios pela Bíblia. Imediatamente, nos tornamos desobedientes a Deus e duvidamos de sua verdade. Ele já não pode responder às nossas orações por luz e verdade porque ele não pode abençoar a desobediência e o pecado! Ainda que Deus respondesse à nossa oração por discernimento sobre estas condições, "o homem natural não aceita as cousas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura" (1 Coríntios 2:14).
Creio que o único motivo pelo qual me livrei de me tornar mórmon é que finalmente busquei a Bíblia. O Espírito Santo abriu-me os olhos para Jesus. Minhas orações foram respondidas e tive sentimentos doces e preciosos, mas a Bíblia foi o catalizador. A Bíblia foi que ocasinou a mundança! A Bíblia, não meus sentimentos, foi minha autoridade!
Ao confiarmos em algo mais que a Bíblia como autoridade, abrimos a porta à ilusão de Satanás dele ser um anjo de luz e ministro de justiça. Satanás não somente engana as pessoas e as leva ao inferno tornando-as pessoas "más" que cobiçam as coisas do mundo; ele também seduz muitos ao inferno tornando-os "pessoas boas". Dê uma olhada em Romanos 10:2, 3: "Porque lhes dou testemunho de que eles têm zelo por Deus, porêm não com entendimento. Porquanto, desconhecendo a justiça de Deus, e procurando establecer a sua própria, não se sujeitaram à que vem de Deus."
Esta parece ser uma descrição perfeita dos mórmons como o foi dos judeus religiosos mas perdidos do tempo de Paulo.
Em Lucas 16:31, quando o rico no inferno suplicou que alguém saísse dentre os mortos e fosse convencer seus irmãos e salvá-los do fogo do inferno, a Palavra de Deus declara: "Se não ouvem a Moisés e aos profetas [a Palavra de Deus escrita], tão pouco se deizarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos."
É tão difícil ser amável e ao mesmo tempo dizer a verdade. Não desejamos sacrificar a verdade no altar da gentileza, nem sacrificar a gentileza no altar da verdade. Temos procurado ardentemente, pela graça de Deus, conservar o equilíbrio adequado e "falar a verdade em amor". Sabemos que a remoção de tecidos malignos envolve dor, por melhor que sejam as intenções do cirurgião, e mesmo com o uso do melhor anestésico. Mas os resultados podem ser vida, alegria e saúde.
A cirurgia espiritual muitas vezes também é dolorosa. As intenções podem ser boas, mas o fio afiado da faca da verdade pode ainda causar alguma dor. Os resultados, entretanto, podem ser vida eterna, saúde espiritual e grande alegria! Permita Deus que seja assim para muitos de nossos leitores!
Várias semanas atrás, apresentava eu Cristo e sua salvação livre e instantânea a duas senhoras mórmons. Eram líderes da biblioteca e do departamento de auxílios visuais de sua igreja. Ambas as senhoras pediram que Jesus as salvasse.
Uma delas, que tem quatro filhos mórmons e que serviram como missionários, levantou a cabeça e exclamou: "Vivian, Vivian, sabe aquele sentimento ardente de que falam nossos líderes e que a gente nunca consegue, e que sempre nos indagamos o que seja? Consegui-o, consegui-o!" Não é preciso dizer, ela baseou sua salvação instantâea em Jesus e sua palavra, mas sentiu que isto foi um prêmio extra. Os cristãos geralmente não recebem isto e nem dependem de sentimento. Deus deu a esta querida senhora um bônus especial. Os cristãos verdadeiros recebem realmente uma paz profunda e permanente que vai além de qualquer coisa que jamais conheceram.
______________Notas
1) Articles of Faith No. 8.
2) Janet Webster, numa circular a amigos mórmons. Usado com permissão.
3) Young, Journal of Discourses, vol. 5, p. 219.
4) Young, Journal of Discourses, vol. 3, p. 125.
5) Young, Journal of Discourses, vol. 1, p. 219.
6) Tanto Joseph Smith quanto Andrew Jensen no seu livro Church Chronology afirmam que a Versão Inspirada da Bíblia foi completada a 2 de julho de 1833. Assim também afirma o Documentary History of the Church, vol. 1, pp. 324, 369; Times and Seasons, vol. 6, p. 802.Fonte: www.jesussite.com.brFonte:www.jesussite.com.br
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