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sábado, 20 de março de 2010

TESTEMUNHAS DE JEOVÁ - A QUESTÃO DO SANGUE E A BÍBLIA

  Sábado, 20 de Março de 2010


Estudos Bíblicos      Apologética       Testemunhas de Jeová
A QUESTÃO DO SANGUE E A BÍBLIA
Publicado em 11/26/2004
Marcos Paiva
Revista Defesa da Fé, janeiro de 2003, nº 52
O que devo fazer? Meu filho está respirando com muita dificuldade. Sua contagem sangüínea está perigosamente baixa. Seu ritmo cardíaco já é de 200p/min, e está aumentando. Os médico nos disseram que se não houver uma transfusão, ele morrerá de insuficiência respiratória e parada cardíaca. Expansores de plasma não ajudarão a esta altura, ele precisa de mais glóbulos vermelhos. Horrivelmente pálido e com os olhos muito abertos, ele olha para mim e sussurra: "Ajude-me papai". Devo deixar meu filho morrer, baseado na palavra de uma organização que tem frequentemente mudado sua opinião sobre transplante de órgãos, vacinas, deveres civis?

Devo deixar meu filho, minha criança morrer? É isto realmente que Jeová espera que eu faça? Como me sentirei se a proibição do sangue se tornar apenas mais uma velha doutrina da STV (Sociedade Torre de Vigia)? Serei capaz de me perdoar?

Esse deve ter sido o dilema na mente de algumas testemunhas-de-jeová quando teve de se deparar com a necessidade clínica da transfusão ou reposição sangüínea.

Quando a transfusão de sangue foi proibida pelo Corpo Governante, grupo de lideranças internacionais das testemunhas-de-jeová, a vacinação e a inoculação de soros já eram proibidas. Com base em Atos 15.20,29, "Na verdade pareceu bem ao Espírito Santo e a nós, não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias: Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue...", afirmaram que a transfusão de sangue também era antibíblica, pois era ó mesmo que comer o sangue.

Como tudo que é definido arbitrariamente por esse grupo de "teólogos", esse ensinamento absurdo também foi amplamente aceito e divulgado inquestionavelmente pelos membros dessa seita em todo o mundo, gerando forte reação por parte da classe médica e das autoridades governamentais. Mas nada disso fez que mudassem de opinião.

Basicamente, a STV (Sociedade Torre de Vigia), sede mundial das testemunhas-de-jeová no Brooklin (EUA), argumentou este ensinamento da seguinte maneira:

"Um paciente no hospital pode ser alimentado pela boca, pelo nariz ou pelas veias. Quando soluções de açúcar são dadas por via intravenosa, isso é chamado alimentação intravenosa. Portanto, a própria terminologia do hospital reconhece como alimentação o processo de colocar nutrição em nosso sistema pelas veias. Conseqüentemente, o enfermeiro que administra a transfusão está alimentando o paciente com sangue por via intravenosa, e o paciente que recebe o sangue está comendo pelas veias"1 (grifo nosso).

Atualmente, a STV traz o mesmo ensinamento, estabelecendo entre seus membros (sócios) que toda a recepção interna de substância orgânica de outro ser vivo, inclusive o sangue, não difere em nada de qualquer refeição feita naturalmente por via oral. Outra analogia que usam para estabelecer a idéia de que a transfusão intravenosa é o mesmo que a ingestão de sangue diz:

"Algumas pessoas podem raciocinar que receber uma transfusão de sangue realmente não é comer. Mas não é verdade que quando um. paciente está impossibilitado de comer pela boca, os médicos freqüentemente alimentam-no pelo mesmo método que uma transfusão de sangue é administrada? Examine as- Escrituras cuidadosamente e note que elas nos dizem para nos mantermos livres de sangue e nos abstermos de sangue (At 15.20, 29). O que significa isso? Se um médico lhe dissesse para se abster de álcool, será que isso significaria simplesmente que você não deveria tomar álcool pelo meio natural, ou seja, pela boca, mas que poderia transfundi-lo diretamente nas suas veias? É claro que não! Assim também se abster de sangue significa não introduzi-lo nos nossos corpos de modo nenhum"2 (grifo nosso).

Uma pessoa desavisada que for abordada com essas argumentações e exemplos, certamente ficará muito confusa e será facilmente seduzida, pois parecem muito racionais. Mas se submetermos esses argumentos a uma contra-refutação, logo perceberemos o quanto são frágeis e desprovidos de lógica e honestidade intelectual. Vejamos:

Vamos considerar dois pacientes em um hospital. Um deles com grave desnutrição e o outro, vítima de um terrível acidente no qual perdeu muito sangue. Se transfusão de sangue é o mesmo que alimentação via oral, ou vice-versa, conforme afirmam as testemunhas-de-jeová, poderia um médico salvar esses pacientes ministrando uma rica e equilibrada refeição ao acidentado e uma vigorosa transfusão de sangue ao pobre desnutrido? É obvio que não!

Qualquer médico de bom e são juízo, submeteria a vítima de acidente a uma imediata reposição sangüínea e ao paciente desnutrido seria ministrada uma alimentação rica em nutrientes necessários à sua reabilitação física.

Isso prova definitivamente que transfusão intravenosa não é o mesmo que ingestão via oral, como fazem parecer as testemunhas-de-jeová. O sangue, pelo sistema circulatório, leva a todos os órgãos do corpo humano oxigênio e nutrientes vitais, indispensáveis à vida, mas não pode substituir os alimentos digeridos pelo processo digestivo natural. (veja em nosso site-www.icp.com.br simulação da circulação sangüínea.)

O Corpo Governante adotou ainda o argumento do médico Jean Baptiste Denys, do século XVII, um dos pioneiros na técnica de transfusões, que se pronunciou da seguinte forma:

"Ao realizar uma transfusão, isso nada mais é do que nutrir por meio de um caminho mais curto do que o normal, ou seja, colocar nas veias sangue já feito em vez de tomar alimento, que só depois de várias mudanças se transforma em sangue".3

A citação de Denys, todavia, não encontra hoje sequer apoio entre os médicos ligados à STV, visto que o juramento que se faz quando se conclui um curso de medicina isenta o formando de quaisquer vínculos religiosos, restando-lhe apenas responder da forma mais responsável possível pelas vidas que lhe forem confiadas no transcurso de sua carreira que será fatalmente quebrada se obedecerem tal determinação da STV. Ou seja, em vez de salvarem uma vida, poriam a mesma a perder. Qualquer pessoa sabe que para o sangue se tornar alimento deve ser ingerido como tal, ingressando no organismo pela boca, descendo até o aparelho digestivo, onde será processado e transformado, em sua parte proveitosa, em nutrientes: Efeito que não se alcança na transfusão intravenosa.

Todos esses absurdos engendrados pelo Corpo Governante formaram um obstáculo quase que intransponível na história das Testemunhas de Jeová, uma vez considerada a hipótese de se extinguir tal doutrina, como ocorreu no passado com a proibição da vacina e do transplante de órgãos, agora liberados. Obviamente, quando isso acontecer, a STV se defrontará com um colapso sem precedentes entre seus membros em todo o mundo. Dada tamanha problemática, não é de se estranhar a ânsia encontrada nas publicações das Testemunhas de Jeová sobre a possibilidade, hoje real, da confecção de sangue artificial.

O QUE FOI PERMITIDO E O QUE FOI PROIBIDO

Para que possamos entender melhor esse assunto, analisaremos, a seguir, detalhadamente, todo o processo no tocante a esta questão da transfusão e o quanto há de contradições no mandamento da STV Abaixo, a tabela composta pelas Testemunhas de Jeová sobre a composição do sangue:

Os principais componentes do sangue4

• Plasma: Cerca de 55% do sangue. É constituído por 92% de água, o resto é constituído por proteínas complexas, tais como globulina, fibrinogênio e albumina.
• Plaquetas: cerca de 0.17% do sangue.
• Glóbulos Brancos: cerca de 1 %.
• Glóbulos Vermelhos: cerca de 45%.




Assim, o Corpo Governante passa a classificar as substâncias contidas no sangue como maiores ou menores, o que, notadamente, revela a forma arbitrária e irresponsável com a qual a STV trata seus seguidores.

Fica claro, ainda, que este "escape" teve de ser providenciado para que se reduzisse o número de baixas entre seus seguidores. Tal providência, obviamente, foi tomada de forma sutil para não despertar a indignação dos inúmeros adeptos da seita que, por obediência aos dirigentes internacionais, sepultaram muitos entes queridos, os quais não teriam morrido se não houvesse tão equivocada interpretação.

1. A questão do plasma

A inconsistência da política doutrinária, da STV quanto a componentes aceitáveis e não aceitáveis é bem ilustrada pela sua política quanto ao plasma. Como se pode ver nas informações extraídas da edição de 22 de outubro de 1990 da revista Despertai! (ver p. 49), o plasma constitui cerca de 55% do volume do sangue. Evidentemente, segundo o critério do volume, é colocado na lista de "componentes maiores", assim proibidos pela Torre de Vigia.

No entanto, o plasma é formado por 92% de água simples, o que nos leva a perguntar: quais são os componentes dos aproximadamente 8% restantes? Os principais são albumina, globulina (da qual as imunoglobulinas são as partes mais importantes), fibrinogênio e fatores de coagulação (usados nas soluções hemofílicas). Estes são precisamente os componentes que a organização põe na lista dos que são permitidos aos seus membros!

Veja o leitor o absurdo! O plasma, como um todo, é proibido, apesar de seus componentes principais serem permitidos, desde que sejam introduzidos no corpo separadamente.

É como se alguém fosse proibido pelo médico de comer sanduíches de queijo e presunto, mas se separar os componentes do sanduíche, ou seja, o pão, o queijo e o presunto, então poderá comê-los. Uma lógica que apenas as vítimas da STV conseguem aceitar.

2. A questão dos leucócitos

Os leucócitos, muitas vezes chamados de "células brancas do sangue" (glóbulos brancos), também são proibidos. Na realidade, o termo "células brancas do sangue" é muito relativo, pois a maioria dos leucócitos existe de fato fora do sistema sangüíneo. O nosso corpo contém aproximadamente 2 a 3 quilos de leucócitos, e apenas cerca de 2 a 3% dos leucócitos estão no sistema sangüíneo. A porcentagem restante (cerca de 97% a 98%) está espalhada por todo o tecido do corpo, formando o sistema de defesa (ou imunológico).

Dado tal aspecto e considerando que a STV passou a autorizar o transplante de órgãos, há nessa mudança de opinião outra contradição, uma vez que, em um transplante, o paciente pode receber muito mais leucócitos do que em uma transfusão de sangue.

A ausência de quaisquer bases morais ou lógicas para essa proibição é também vista no fato de o leite humano conter leucócitos, e, de fato, há mais leucócitos em um litro de leite do que se pode encontrar em um litro de sangue. O sangue contém de 4 a 11 mil leucócitos por milímetro cúbico, enquanto o leite materno pode conter, durante os primeiros meses de aleitação, até 50 mil leucócitos por milímetro cúbico. Isto representa entre cinco a doze vezes mais do que a quantidade presente no sangue. E agora? Os bebês das testemunhas-de-jeová também mamam.

3. A proibição ao armazenamento de sangue

Outra contradição gritante é o fato de a STV utilizar a lei de Moisés como fundamento para proibir a reposição de sangue. Com base em Deuteronômio 12.16, afirma que todo o sangue deve ser derramado no chão, e que é contrário à Bíblia o seu armazenamento, como acontece nos respectivos bancos de coletas.

Diante dessa questão, considere agora os fatos seguintes com respeito aos componentes do sangue aceitos pela STV, ela cai em sua própria armadilha:

• Componente Albumina - A albumina permitida pelas testemunhas-de-jeová é usada principalmente em tratamentos relacionados com queimaduras e hemorragias graves. Uma pessoa com queimadura de terceiro grau em 30% a 50% do corpo, necessita de 600 gramas de albumina. São necessários entre 10 e 15 litros de sangue para produzir essa quantidade.

• Componente Imunoglobina - A situação é semelhante no caso da imunoglobina (anticorpos). Para produzir anticorpos em quantidade suficiente para uma vacina que as pessoas (incluindo as testemunhas-de-jeová) que viajam para certos lugares devem tomar como proteção contra a cólera, são necessários perto de 3 litros de sangue como fonte do fornecimento. Isto é ainda mais sangue do que geralmente se emprega em uma transfusão. E, de novo, os anticorpos são extraídos de sangue armazenado.

• Componentes preparados hemofílicos - Por último, os preparados hemofílicos. Antes de essas substâncias começarem a ser usadas, o tempo médio de vida de um hemofílico, na década de 40, era 16 anos e meio. Hoje, graças a essas substâncias derivada do sangue, um hemofílico pode alcançar o tempo normal de vida. Para produzir essas substâncias, estima-se que são necessários 100 mil litros de sangue armazenado.

Perguntamos, então: porque a STV aceita que seus membros se beneficiem desses tratamentos, uma vez que, para isso, são utilizadas grandes quantidades de sangue armazenado, doado voluntariamente por milhares de pessoas movidas simplesmente por um ato de solidariedade, gesto este não repetido por nenhuma testemunha-de-jeová? Isso é justo?

DANDO AS COSTAS PARA DEUS?

A publicação das testemunhas-de-jeová intitulada Raciocínios à base das Escrituras, quando apresenta seus argumentos quanto à transfusão de sangue, descrevendo o tratamento que deve ser dado àqueles que os indagam dizendo: "O que fará se um médico disser: Morrerá se não tomar transfusão", sugere como resposta: "Se a situação for realmente tão grave, poderá o médico garantir que ele não morrerá se tomar sangue? [...] Mas há alguém que pode restituir a vida à pessoa, e esse é Deus. Não acha que, quando a pessoa enfrenta a morte, seria uma péssima decisão dar as costas a Deus, violando a sua lei? Eu tenho realmente fé em Deus, e você?"5 (grifo nosso).

O próprio Jesus Cristo deu exemplo de uma pessoa que, para não desfalecer faminto, transgrediu a Lei e ficou sem culpa. Trata-se de Davi. Ao chegar ao sacerdote Aimeleque, ele e seus companheiros tomaram dos pães da proposição (os quais, segundo Marcos 2.25-26, não era lícito que Davi e seus homens comessem -1 Sm 21.6) e rememoraram a Lei descrita em Levítico 24.5-9.

Ainda na referida obra, Raciocínios à base das Escrituras, sugerem o seguinte como resposta: "Isso talvez signifique que ele não saiba tratar do caso sem uso de sangue. Quando possível, procuramos pô-lo em contato com um médico que tenha a experiência necessária, ou então procuramos outro médico".6

Como é sabido, a inobservância das diretrizes ditadas pela STV implica em sérias punições para seus sócios, o que acaba levando muitos deles a tomarem atitudes que beiram à loucura, quando seguem rigorosamente essas normas.

Baseada na hipótese de o receptor correr o risco de contaminação pelo vírus HIV na transfusão e/ou reposição sanguínea, amedronta ainda mais seus membros. A exploração apelativa dessa remota possibilidade tem afetado, não somente entre seus seguidores, mas na sociedade como um todo, a boa vontade e caridade de muitos que sinceramente desejam ajudar seu semelhante, doando daquilo que possui como bem físico maior.

Alguns artigos destacados pela organização das testemunhas-de-jeová:

"O sangue tornou-se um negócio de dois bilhões de dólares por ano. A busca de lucros relacionados com ele resultou numa gigantesca tragédia na França. Sangue contaminado com o vírus HIV causou a morte de 250 hemofílicos por doenças ligadas à AIDS, e centenas mais foram infectados".7

"Uma aliança maligna de negligência médica e ganância comercial levou à morte cerca de 400 hemofílicos alemães, e pelo menos mais 2000 foram infectados com sangue contaminado com o HIV".8

"O Canadá teve também o seu escândalo do sangue. Estima-se que mais de 700 hemofílicos canadenses tenham sido tratados com sangue infectado com o HIV O governo foi alertado em julho de 1984 de que a Cruz Vermelha estava distribuindo sangue contaminado com AIDS a hemofílicos canadenses, mas os produtos de sangue contaminado só foram retirados do mercado um ano depois, em agosto de 1985"9

Poderíamos, então, perguntar a uma testemunha-de-jeová: por que você teme tanto esse risco de contaminação? Não foi você mesma que afirmou, minutos atrás: "...Eu tenho realmente fé em Deus..."?10

Para demonstrar o quanto é falso esse temor induzido pela STV em seus membros, apresentamos na página seguinte o quadro comparativo do grau de risco fatal que se encontra na transfusão e em outros procedimentos médicos:

Como se nota, uma dose de antibiótico à base de penicilina para tratar uma mera infecção de garganta pode, caso não haja a prudência do teste prévio, levar o organismo a uma reação fatal ou a seqüelas, um risco 22 vezes maior do que o ato de transfusão de sangue, o que demonstra mais uma incoerência das Testemunhas de Jeová.

O VEREDICTO BÍBLICO

Com a finalidade de proibir a transfusão e a reposição de sangue, a STV faz uso indevido de Gênesis 9.4: "Somente a carne com sua alma - seu sangue - não deveis comer", e Atos 15.20: "Mas escrever-lhes que se abstenham das coisas poluídas por ídolos, e da fornicação, e do estrangulado, e do sangue". Versículos que tratam da proibição do uso de sangue animal na alimentação, afirmando que aceitar sangue de qualquer modo é o mesmo que comê-lo. Todavia, o contexto desses versículos esclarece que jamais poderia ele ser usado isoladamente para a discutida finalidade. Aos cristãos ficou apenas estabelecido que se abstenham do uso de sangue como comida.

Esses versículos também sofreram uma interpretação errônea quando utilizados para proibir a vacinação, que permaneceu "fora do alcance" das testemunhas-de-jeová por muito tempo". Mantiveram esse posicionamento por mais de 20 anos, quando então o aboliram em A Sentinela de janeiro de 1954, p.15.

Quanto ao transplante de órgãos, A Sentinela de 1 de junho de 1968, p. 349, considera esse procedimento médico tão repugnante quanto o canibalismo, uma prática comum entre os povos bárbaros.

Está suficientemente claro para qualquer leitor da Bíblia, por mais simples que seja, que as citações bíblicas de Atos 15.20, Gênesis 9.4 e Levítico 17.10-14 referem-se, em um primeiro momento, à proibição de comer sangue de animal. Jamais esteve em foco a idéia de comer sangue humano.

A Bíblia não permite o canibalismo, isto é, o ato de comer carne humana, muito menos o ato de comer sangue humano. E mesmo o conceito médico de alimentação endovenosa, utilizado pelas Testemunhas de Jeová, pode até ser "alimentar", mas não é comer, o que escapa da proibição objetiva da Palavra de Deus.

Considere-se, ainda, que a técnica de transfusão ou reposição não se enquadra no ato de consumo intencional por parte daqueles que o fazem por meio dos gêneros alimentícios que levam sangue em sua receita, como no caso do chouriço (mistura de sangue suíno acrescido de açúcar). Um doador e um receptor jamais cogitam que o sangue doado será objeto de solução para famintos. Antes, terá o nobre propósito de salvar a vida daquele que se vê necessitado dele para fins estritamente medicinais.





Em uma consideração mais teológica, o motivo pelo qual Deus vetou aos homens o consumo de sangue está diretamente relacionado à santidade que este fluído possuía, em especial nos rituais sacrificais do tabernáculo, observando que a regra remonta aos tempos de Noé (Gn 9.4), quando se acha frisado que a vida do animal reside em seu sangue. Esta mesma santidade deriva do fato de que era o sangue que Deus exigia para si como forma de expiação de pecados. O sangue era apresentado no altar do Senhor.

VOCÊ SABIA?

• O sangue é um tecido vivo produzido pela medula óssea de alguns ossos.
• O corpo humano carrega cerca de 4 litros de sangue. Eles irrigam uma rede de 200 mil quilômetros de artérias, veias e capilares, o suficiente para dar 5 voltas ao redor da Terra.
• A aorta é a maior artéria do corpo. Ela mede 5 centímetros de diâmetro e distribui o sangue em todas as partes do coração.
• O sangue circula a uma velocidade de 2 quilômetros por hora. Demora, portanto, 15 segundos para chegar de uma mão à outra e 2 segundos dos quadris aos pés.
• A primeira transfusão de sangue realizada com sucesso se deu em 1665, quando Richard Lower, membro de uma associação médica de londrina, transfundiu sangue de um cão a outro.
• Doar sangue não vicia, não engorda, não emagrece, não engrossa o sangue, nem afina a pele. Doar uma vez não obriga você a doar sempre, você apenas doará novamente se quiser.
• O coração humano funciona no ritmo de 72 batidas por minuto, 104 mil por dia, 38 milhões por ano e algo em torno de 2,5 bilhões de pulsações ao longo da vida.
• Ele bombeia 85 gramas de sangue a cada batida, o que equivale a mais de 9 mil litros de sangue por dia.
• Ao longo da vida o coração bombeia uma quantidade de sangue equivalente para encher 23 mil caminhões-tanque com capacidade de 10 mil litros cada.
• Em cada minuto, o coração lança 5 litros de sangue no corpo e bombeia 400 litros de sangue por hora.
• O coração de um homem adulto e do tamanho de um punho fechado e pesa apenas 340 gramas. O coração da mulher é um pouco mais acelerado; em 1 minuto, bate 8 vezes mais que o do homem. Nos recém-nascidos bate 120 vezes por minuto.
FONTE: FUNDAÇÃO PRÓ-SANGUE

Ainda neste âmbito, todo homem era obrigado a derramar o sangue de um animal que não prestasse para o sacrifício. Uma vez que todo o sangue fosse derramado no chão, deveria ser coberto com pó, conforme rege Levítico 17.13.

Em contestação aos conceitos da STV, encontramos nas palavras do Senhor Jesus, em João 15.13, uma contundente declaração de que, se assim for necessário, a própria vida de alguém deve, como prova de extremo amor, ser entregue por seus amigos, declaração que se acha anotada com semelhante teor na TNM, onde se lê: "Ninguém tem maior amor do que este, que alguém entregue a sua alma (vida) a favor de seus amigos".

Essa expressão está em perfeita conformidade com toda a doutrina sacrifical descrita no Velho Testamento, quando, segundo a Lei, o transgressor, a cada pecado cometido, deveria apresentar ao sacerdote, de acordo com o seu erro, um animal que se encaixasse nas especificações da Lei Mosaica para que, por meio de sua morte, o derramamento do sangue pudesse atender ao propósito da expiação, pagando o animal pelo erro de seu ofertante, conforme ensina também o Novo Testamento: "Sim, quase todas as coisas são purificadas com sangue, segundo a Lei, e a menos que se derrame sangue, não há perdão" (Hb 9.22). Ainda nos vv. 1618, atesta-se que há necessidade de o testador morrer para que seu testamento tenha validade, constatando-se no v. 18 que mesmo a primeira aliança foi sancionada com sangue.

Nesse aspecto, contrariamente à visão das testemunhas-de-jeová, a doação de sangue recebe, em toda sociedade, o mais alto conceito de sentimento de humanidade e amor ao próximo, características que devem ser obrigatoriamente encontradas entre os que se dizem cristãos.

No que diz respeito ainda às ações humanitárias, vemos Tiago, em sua epístola universal, reprovando duramente aqueles que, tendo consciência de suas responsabilidades, deixam de beneficiar seu semelhante com seus favores. Segundo o autor, pecam os que têm consciência do beneficio que devem executar em favor de seu semelhante e não o fazem (4.7). Posição esta que se equipara à citação de Cristo na parábola do servo vigilante (Lc 12.35-48). A vontade de Jesus é que "amemos o próximo como a nós mesmos" (Mt 22.39).

Entendemos, portanto: não há nenhuma passagem bíblica que regulamente a questão de transfusão e reposição de sangue. Além disso, a própria Bíblia diz que "onde não há lei não há transgressão" (Rm 4.15).

Compilado por Marcos Paiva

* (veja em nosso site www.icp.com.br relatos de casos sobre tranfusão de sangue envolvendo testemunhas-de-jeová)

Referências Bibliográficas:

Todas as transcrições bíblicas desta matéria foram extraídas da Tradução do Novo Mundo da Escrituras Sagradas -TNM.
1 The Watchtower (A Sentinela) -1° de julho de 1951, p.415 - em inglês.
2 The Watchtower (A Sentinela) -1 ° de junho de 1969, pp. 326-327-em inglês.
3 The Watchtower (A Sentinela) -15 de setembro de 1961, p. 558-em inglês.
4 Despertai, 22 de Outubro de 1990. (falta página)
5 Raciocínios à base das Escrituras. STV 1985, p. 348.
6 Raciocínios à base das Escrituras. STV. 1985, p. 348.
7 The Boston Globe, 28 de outubro de 1992, p. 4.
8 Guardian Weekly, 22 de agosto de 1993, p. 7.

9 The Globe and Mail, 22 de julho de 1993, p. A21, e The Medical Post, 30/ 03/1993, p. 26 em Despertai!, 22 de maio de 1994, p. 31.
10 Raciocínios à base das Escrituras. STV 1985, p. 348.
11 The Golden Age 4, fevereiro de 1931 p. 293-Hoje, atual revista Despertai
! Fonte: acervo JesusSite

CRISTIANISMO X BUDISMO

Enquanto construía um teatro para o Dalai Lama, um dos trabalhadores de Heinrich Harrer matou acidentalmente uma minhoca no filme "Sete Anos no Tibet". A construção praticamente parou. "Não fira mais minhocas", disse um dos trabalhadores a Harrer, representado por Brad Pitt. "Numa vida passada, esta pobre minhoca poderia ter sido a sua mãe."

Essa crença na reencarnação é uma das características do budismo, embora não seja de modo nenhum a mais importante. Notável no budismo é também sua crescente popularidade nos Estados Unidos. Três filmes com temáticas budistas foram "Sete Anos no Tibet"; "Red Corner", estrelado por Richard Gere; e "Kundun".

Várias celebridades são bem conhecidas por suas crenças e práticas budistas, entre elas Gere, o ator Steve Seagal, a cantora Tina Turner e o técnico do Chicago Bulls, Phil Jackson.

Preocupações com a libertação do Tibet da China, como também matérias de capa de revistas como Time, têm colocado o budismo em destaque. "Há algumas coisas no budismo que são muito atraentes", disse Shanta Premawardhana, pastor da igreja batista de Cornell em Chicago. O objetivo final do budismo é alcançar o nirvana. "Nós ouvimos freqüentemente que se alguém seguir a ‘senda óctupla’ alcançará o nirvana; mas a verdade é que ao viver nela, sua vida é o nirvana", escreve Gyomay Kubose em seu livrete "American Buddhism". "Nirvana é a condição de vida onde há paz, harmonia e alegria produtiva. A vida real é a vida no nirvana".

De acordo com Premawardhana, a meditação é algo de que os cristãos também podem se beneficiar. "Eu penso que a meditação pode complementar muito as nossas orações", disse ele. "De fato, acho que os exercícios de meditação cristã são muito importantes nesta época e nestes dias tão corridos. Eles nos ajudam a aquietar nossas mentes agitadas, a focalizar em Cristo e a prestar atenção na ‘mansa e humilde voz’. Nossa oração pode ser tremendamente enriquecida se aprendermos a ouvir a voz de Deus".

Mas, enquanto a meditação cristã é focalizada em Deus e na Sua Palavra, a meditação budista é baseada em si mesmo e em encontrar a paz interior. Os budistas não acreditam em Deus, a não ser que "Deus signifique a verdade, a realidade final de todas as coisas, sendo o próprio universo", de acordo com Kubose.

Se bem que muitas pessoas imaginam que os budistas adoram Buda, Kubose observa que isso é uma concepção errada, provavelmente baseada "nas estátuas e imagens de Buda, que são símbolos, não ídolos. Uma estátua é um símbolo do mesmo modo que uma bandeira é o símbolo de um país". (Word & Way, 20/11/97)

A diferença básica entre o cristianismo e o budismo, e todas as outras religiões, está no fato delas tentarem alcançar a Deus, enquanto no cristianismo Deus alcança o homem.

Já nas primeiras páginas da Bíblia, vemos o homem tentando alcançar a Deus por meio de uma torre "...cujo tope chegue até aos céus..." Isso acabou numa grande confusão, porque o único caminho para chegar até Deus é através de Seu Filho, o Senhor Jesus Cristo: "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" (Jo 14.6).

O budismo tornou-se popular nos últimos anos devido à revelação de que um grande número de artistas famosos é budista. Contudo, o seu ensino é contrário às Escrituras. A Bíblia ensina que o homem caiu em pecado, e desde então: "...aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo" (Hb 9.27).

Existe somente um caminho de volta a Deus, que é através da fé: "Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus" (Jo 3.36). Esta salvação, contudo, não se aplica a animais, mas somente aos homens, que foram criados segundo a imagem de Deus. Devemos acrescentar, também, que a salvação não inclui o nosso corpo, porque a nossa carne e sangue permanecem sujeitos à lei do pecado e estão determinados a se deteriorar até que o texto acima seja cumprido; isto é, até o encontro com a morte.

A única outra forma de escapar é pelo arrebatamento, que ocorrerá no momento da vinda do Senhor. Então será cumprido o que está escrito em 1 Coríntios 15.54: "E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória."

Entretanto, com base em Romanos 8.21-22, toda a criação de Deus será libertada: "A própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora." (Arno Froese
)Fonte: JesusSite

O BUDA BRASILEIRO


Estudos de Seitas      Apologética       Budismo
O Buda brasileiro
Publicado em 12/9/2001 6:00:52 AM

Rede Globo – Fantástico
Morro do Japão, Chapada dos Guimarães, estado do Mato Grosso. É naquele cenário de tirar o fôlego que uma organização não-governamental quer colocar um monumento de inspiração para a paz e a espiritualidade de proporções impressionantes. Um centro de convenções ecumênico com um anfitrião "único"

Para consagrar esta convivência pacífica, o monge Gustavo Pinto sonha em ver um Buda gigantesco esculpido lá: “A grande imagem do Buda já está aí dentro desse paredão de pedra. Nós só precisamos desenterrá-lo e haveremos de fazê-lo”, promete. “Serão 108 metros de altura, a maior imagem de Buda existente no mundo”.

A idéia é compensar a destruição das estátuas gigantes de Buda em Bamyan, no Afeganistão, bombardeadas em março deste ano pelos guerrilheiros do Taliban: “A imagem do Buda que foi destruída no Afeganistão, em Bamyam, será reconstruída aqui no Brasil com o dobro do tamanho original”, garante o monge.

Terminada a escultura, o Brasil teria na Chapada dos Guimarães mais um grandioso cartão postal. Todo o projeto está nas mãos de uma entidade com o nome de "Terra da paz". Além de criar o centro de convenções e a imagem do Buda gigante, a intenção é recuperar toda a fauna que um dia ocupou aquela região do cerrado brasileiro: “Sendo uma associação sem fins lucrativos, a associação depende de doações. Nós acreditamos que mais pessoas se unirão a essa causa e tornarão possível esse grande centro de diálogo entre as religiões”, faz um apelo Gustavo Pinto.

Nesta segunda-feira, o monge pretende encaminhar o pedido de autorização à Secretaria Estadual do Meio-Ambiente, no Mato Grosso, para obter o sinal verde e tocar adiante o projeto: “Estamos iniciando um longo caminho, mas como dizia uma máxima chinesa, o longo caminho começa com o primeiro passo e o primeiro passo, nós já demos”, diz Gustavo Pinto.

FONTE: Rede Globo – Fantástico

COMENTÁRIOS:
Agora eu pergunto, onde estão os políticos evangélicos para barrar esta aberração? Os afegãos foram usados por Deus para destruir as estátuas de Buda e nós brasileiros e evangélicos, vamos deixar que seja construída outra, em nosso solo?!
Eu declaro: O BRASIL É DO SENHOR JESUS!

Miriam R.T. Argachof
Fonte: JesusSite

BUDISMO - CONSTATAÇÃO BÍBLICA

publicado em 12/9/2001 11:48:27 AM
Pr. Airton Evangelista Costa
Centro Apologético Cristão de Pesquisa - www.cacp.org.br/
FUNDADOR - Buda (Sidharta Gautama - 563-483 a.C.). Fundado em 525 a.C, na Índia. Com 29 anos de idade, Buda tornou-se mendigo e perambulou em busca da verdade. Depois de haver recebido a "iluminação", passou a ensinar sua filosofia, e conseguiu milhões de seguidores. É um ramo do Hinduísmo. Total de budistas no mundo: 12% da população (Fonte: P.Johnstone, Intercessão Mundial, 1993).

DEUS - Tudo é Deus (Panteísmo). Cada homem possui uma energia vital. De um modo geral são ateístas (não crêem num Ser Supremo). Muitos budistas acreditam em Buda como um iluminado universal, com estado de consciência igual a Deus. Não acreditam num Deus imanente (sempre presente), pessoal e transcendente (superior, excelso).

Refutação: O Cristianismo ensina que Deus é o Criador de todas as coisas; logo, Ele é um Ser distinto de sua criação.

JESUS - Foi um grande Mestre e passou muitos anos de sua vida em mosteiros budistas no Tibet e na Índia. Para os budistas ocidentais, Jesus é um homem iluminado.

Refutação: A Bíblia ensina que Jesus é o Verbo que se fez carne e habitou entre nós (Jo 1.1,2,12, 14).

ESPÍRITO SANTO - Nada falam.

BÍBLIA - Desprezam-na. Suas doutrinas assentam-se em três grupos de livros: o TRIPITAKA, que constituem os três cestos das escrituras budistas: o primeiro trata da autodisciplina; o segundo, do sermão de Buda; o terceiro, do conteúdo doutrinário.

SALVAÇÃO - O homem atingirá a perfeição plena através de reencarnações e nas boas obras (Lei do Carma). O objetivo o Nirvana (o paraíso dos budistas) para eliminar todos os desejos e evitar o sofrimento. A salvação será alcançada pelo próprio budista sem nenhuma ajuda externa.

OUTROS ENSINOS - Os "Oito Nobres caminhos" da doutrina budista são: Crença correta; sentimentos corretos; fala correta; conduta correta; maneira de viver correta; esforço correto; memória correta; meditação e concentração correta. As dez proibições abrangem: (1) assassinato; (2) roubo;(3) fornicação;(4) mentira; (5) bebidas alcoólicas; (6) comer durante a abstinência; (7) dançar, cantar e participar de diversões mundanas; (8) usar perfumes e outros ornamentos;(9) dormir em camas que não estejam armadas no chão; e (10) aceitar ouro e prata como esmola.

Introdução ao Budismo

Sistema ético, religioso e filosófico fundado pelo príncipe hindu Sidarta Gautama (563-483 a.C.), ou Buda, por volta do século VI. O relato da vida de Buda está cheia de fatos reais e lendas, as quais são difíceis de serem distinguidas historicamente entre si.

O príncipe Sidarta nasceu na cidade de Lumbini, em um clã de nobres e viveu nas montanhas do Himalaia, entre Índia e Nepal. Seu pai, era um regente e sua mãe, Maya, morreu quando este tinha uma semana de vida. Apesar de viver confinado dentro de um palácio, Sidarta se casou aos 16 anos com a princesa Yasodharma e teve um filho, o qual chamou-o de Rahula.

História do Budismo

Aos 29 anos, resolveu sair de casa, e chocado com a doença, com a velhice e a com morte, partiu em busca de uma resposta para o sofrimento humano. Juntou-se a um grupo de ascetas e passou seis anos jejuando e meditando. Durante muitos dias, sua única refeição era um grão de arroz por dia. Após esse período, cansado dos ensinos do Hinduísmo e sem encontrar as respostas que procurava, separou-se do grupo. Depois de sete dias sentado debaixo de uma figueira, diz ele ter conseguido a iluminação, a revelação das Quatro Verdades. Ao relatar sua experiência, seus cinco amigos o denominaram de Buda (iluminado, em sânscrito) e assim passou a pregar sua doutrina pela Índia. Todos aqueles que estavam desilusionados pela crença hindu, principalmente os da casta baixa, deram ouvido a esta nova faceta de Satanás. Como todos os outros fundadores religiosos, Buda foi deificado pelos seus discípulos, após sua morte com 80 anos.

Prática de Fé do Budismo

O Budismo consiste no ensinamento de como superar o sofrimento e atingir o nirvana (estado total de paz e plenitude) por meio da disciplina mental e de uma forma correta de vida. Também creêm na lei do carma, segundo a qual, as ações de uma pessoa determinam sua condição na vida futura. A doutrina é baseada nas Quatro Grandes Verdades de Buda:

A existência implica a dor -- O nascimento, a idade, a morte e os desejos são sofrimentos.

A origem da dor é o desejo e o afeto -- As pessoas buscam prazeres que não duram muito tempo e buscam alegria que leva a mais sofrimento.

O fim da dor -- só é possível com o fim do desejo.


A Quarta Verdade -- se prega que a superação da dor só pode ser alcançada através de oito passos:

1. Compreensão correta: a pessoa deve aceitar as Quatro Verdades e os oito passos de Buda.

2. Pensamento correto: A pessoa deve renunciar todo prazer através dos sentidos e o pensamento mal.

3. Linguagem correta: A pessoa não deve mentir, enganar ou abusar de ninguém.

4. Comportamento correto: A pessoa não deve destruir nenhuma criatura, ou cometer atos ilegais.

5. Modo de vida correto: O modo de vida não deve trazer prejuízo a nada ou a ninguém.

6. Esforço correto: A pessoa deve evitar qualquer mal hábito e desfazer de qualquer um que o possua.

7. Desígnio correto: A pessoa deve observar, estar alerta, livre de desejo e da dor.

8. Meditação correta: Ao abandonar todos os prazeres sensuais, as más qualidades, alegrias e dores, a pessoa deve entrar nos quatro gráus da meditação, que são produzidos pela concentração.


Missões do Budismo

Um dos grandes generais hindus, Asoka, depois do ano 273 a.C., ficou tão impressionado com os ensinos de Buda, que enviou missionários para todo o subcontinente indiano, espalhando essa religião também na China, Afeganistão, Tibete, Nepal, Coréia, Japão e até a Síria. Essa facção do Budismo tornou-se popular e conhecida como Mahayana. A tradicional, ensinado na India, é chamado de Teravada.

O Budismo Teravada possui três grupos de escrituras consideradas sagradas, conhecidas como "Os Três Cestos" ou Tripitaka:

1. O primeiro, Vinaya Pitaka (Cesto da Disciplina), contêm regras para a alta classe.
2. O segundo, Sutta Pitaka (Cesto do Ensino), contêm os ensinos de Buda.
3. O terceiro, Abidhamma Pitaka (Cesto da Metafísica), contêm a Teologia Budista.

O Budismo cpmeçou a ter menos predominância na Índia desde a invasão muçulmana no século XIII. Hoje, existem mais de 300 milhões de adeptos em todo o mundo, principalmente no Sri Lanka, Mianmá, Laos, Tailândia, Camboja, Tibete, Nepal, Japão e China. Ramifica-se em várias escolas, sendo as mais antigas o Budismo Tibetano e o Zen-Budismo. O maior templo budista se encontra na cidade de Rangoon, em Burma, o qual possui 3,500 imagens de Buda.

Teologia do Budismo

A divindade: não existe nenhum Deus absoluto ou pessoal. A existência do mal e do sofrimento é uma refutação da crença em Deus. Os que querem ser iluminados, necessitam seguir seus próprios caminhos espirituais e transcendentais.

Antropologia: o homem não tem nenhum valor e sua existência é temporária.

Salvação: as forças do universo procurarão meios para que todos os homens sejam iluminados (salvos).

A alma do homem: a reencarnação é um ciclo doloroso, porque a vida se caracteriza em transições. Todas as criaturas são ficções.

O caminho: o impedimento para a iluminação é a ignorância. Deve-se combater a ignorância lendo e estudando.

Posição ética: existem cinco preceitos a serem seguidos no Budismo:

1. proibição de matar
2. proibição de roubar
3. proibição de ter relações sexuais ilícitas
4. proibição do falso testemunho
5. proibição do uso de drogas e álcool


No Budismo a pessoa pode meditar em sua respiração, nas suas atitudes ou em um objeto qualquer. Em todos os casos, o propósito é se livrar dos desejos e da consciência do seu interior.
Verdades Bíblicas

Deus: Cremos em um só Deus, eternamente subsistente em três pessoas distintas, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, Dt 6.24; Mt 28.19; Mc 12.29.

Jesus: Cremos no nascimento virginal de Jesus, em sua morte vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal de entre os mortos, e em sua ascensão gloriosa aos céus, Is 7.14; Lc 1.26-31; 24.4-7; At 1.9.

Espírito Santo: Cremos no Espírito Santo como terceira pessoa da Trindade, como Consolador e o que convence o homem do pecado, justiça e do juízo vindouro. Cremos no batismo no Espírito Santo, que nos é ministrado por Jesus, com a evidência de falar em outras línguas, e na atualidade dos nove dons espirituais, Jl 2.28; At 2.4; 1.8; Mt 3.11; I Co 12.1-12.

Homem: Cremos na na criação do ser humano, iguais em méritos e opostos em sexo; perfeitos na sua natureza física, psíquica e espiritual; que responde ao mundo em que vive e ao seu criador através dos seus atributos fisiológicos, naturais e morais, inerentes a sua própria pessoa; e que o pecado o destituiu da posição primática diante de Deus, tornando-o depravado moralmente, morto espiritualmente e condenado a perdição eterna, Gn 1.27; 2.20,24; 3.6; Is 59.2; Rm 5.12; Ef 2.1-3.

Bíblia: Cremos na inspiração verbal e divina da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé para a vida e o caráter do cristão, II Tm 3.14-17; II Pe 1.21.

Pecado: Cremos na pecaminosidade do homem, que o destituiu da glória de Deus, e que somente através do arrependimento dos seus pecados e a fé na obra expiatória de Jesus o pode restaurar a Deus, Rm 3.23; At 3.19; Rm 10.9.

Céu e Inferno: Cremos no juízo vindouro, que condenará os infiéis e terminará a dispensação física do ser humano. Cremos no novo céu, na nova terra, na vida eterna de gozo para os fiéis e na condenação eterna para os infiéis, Mt 25.46; II Pe 3.13; Ap 21.22; 19.20; Dn 12.2; Mc 9.43-48.

Salvação: Cremos no perdão dos pecados, na salvação presente e perfeita, e na eterna justificação da alma, recebida gratutitamente, de Deus, através de Jesus, At 10.43; Rm 10.13; Hb 7.25; 5.9; Jo
3.16.Acervo JesusSite

SAIBA TUDO SOBRE O BUDISMO

     Sábado, 20 de Março de 2010

Estudos de Seitas      Apologética       Budismo
Saiba tudo sobre o Budismo,
Publicado em 9/22/2001
João Paulo
João Paulo
a origem, o Bhudda Siddharta Gautama, a definição, os ensinamentos, os templos e as crenças.

O termo "Buda" é um título, não um nome próprio. Significa "aquele que sabe", ou "aquele que despertou", e se aplica a alguém que atingiu um superior nível de entendimento e a plenitude da condição humana. Foi aplicado, e ainda o é, a várias pessoas excepcionais que atingiram um grau de elevação moral e espiritual que se transformaram em mestres de sabedoria no oriente, onde se seguem os preceitos budistas. Porém o mais fulgurante dos budas, e também o real fundador do budismo, foi um ser de personalidade excepcional, chamado Siddharta Gautama. Siddharta Gautama, o Buddha, nasceu no século VI a. C. (em torno de 556 a. C.), em Kapilavastu, norte da Índia, no atual Nepal. Nascido entre os nobres, filho do rei Suddhodana e da rainha Maya. Logo após o nascimento foi levado a um templo para ser apresentado aos sacerdotes, quando um velho sábio, chamado Ansita, que havia se retirado à uma vida de meditação longe da cidade, aparece, toma o menino nas mãos e profetiza: "este menino será grande entre os grandes. Será um poderoso rei ou um mestre espiritual que ajudará a humanidade a se libertar de seus sofrimentos". Suddhodana, impressionado com a profecia, decide que seu filho deve seguir a primeira opção e, para evitar qualquer coisa que lhe pudesse influenciar contrariamente, passa a criar o filho longe de qualquer coisa que lhe pudesse despertar qualquer interesse filosófico e espiritual mais aprofundado, principalmente mantendo-o longe das misérias e sofrimentos da vida que se abatem sobre o comum dos mortais. Para isso, seu pai faz com que ele viva cercado do mais sofisticado luxo. Na sua adolescência, aos dezesseis anos, casa-se com sua prima, a bela Yasodhara, que lhe deu seu único filho, Rahula, vivendo na corte, desenvolvendo-se intelectual e fisicamente, alheio ao convívio e dos problemas da população de seu país. Quando começa a ouvir comentários que se faziam sobre a dura vida fora dos portões do palácio, despertando cada vez mais sua curiosidade e desconfiança do porquê de seu estilo vida, onde ansiava por descobrir por que as referências ao mundo de fora pareciam ser, às vezes, carregadas de tristeza.



Na sua adolescência, aos dezesseis anos, casa-se com sua prima, a bela Yasodhara, que lhe deu seu único filho, Rahula, vivendo na corte, desenvolvendo-se intelectual e fisicamente, alheio ao convívio e dos problemas da população de seu país. Quando começa a ouvir comentários que se faziam sobre a dura vida fora dos portões do palácio, despertando cada vez mais sua curiosidade e desconfiança do porquê de seu estilo vida, onde ansiava por descobrir por que as referências ao mundo de fora pareciam ser, às vezes, carregadas de tristeza.Em seu caminhar, onde descobria os sofrimentos inevitáveis do homem, encontrara-se com um monge mendicante, onde observou que o monge, mesmo vivendo miseravelmente, possuía um olhar sereno, como de quem estava tranqüilo diante dos revezes da vida.

Assim, quando decidiu buscar sua iluminação, Gautama resolveu se juntar a um grupo de brâmanes dedicados a uma severa vida ascética. Logo, porém, estes exercícios mortificadores do corpo demonstraram ser algo inútil. A corda de um instrumento musical não pode ser retesada demais, pois assim ela rompe, e nem pode ser frouxa demais, pois assim ela não toca. Não era mortificando o corpo, retesando ao extremo os limites do organismo, que o homem chega à compreensão da vida. Nem é entregando-se aos prazeres excessivamente que chegará a tal.

Foi ai que Sidarta chegou ao seu conceito de O Caminho do Meio: buscar uma forma de vida disciplinada o suficiente para não chegar à completa indulgência dos sentidos, pois assim a pessoa passa a ser dominada excessivamente por preocupações menores, e nem a autotortura, que turva a consciência e afasta a pessoa do convívio dos seus semelhantes. A vida de provações não valia mais que a vida de prazeres que havia levado anteriormente.

Ele resolve, então, renunciar ao ascetismo e volta a se alimentar de forma equilibrada. Seus companheiros, então, o abandonam escandalizados. Sozinho Sidarta procurava seguir seu próprio caminho, confiando apenas na própria intuição e procurando se conhecer a si mesmo, sentindo as coisas, evitando tecer qualquer conceitualização intelectual excessiva sobre o mundo que o cercava.

Desta forma, passou a atrair pessoas que se lhe acercam devido à pureza de sua alma e tranquilidade de espírito, que rompiam drasticamente com a vaidosa e estúpida divisão da sociedade em castas rígidas que separavam incondicionalmente as pessoas a partir do nascimento, como hoje as classes sociais se dividem estupidamente a partir da desigual divisão de renda e, ainda mais, de berço.Sidarta transformou-se no Buda em virtude de uma profunda transformação interna, psicológica e espiritual, que alterou toda a sua perspectiva de vida.

Tendo atingido sua iluminação, Buda passa a ensinar o Dharma, isto é, o caminho que conduz à maturação cognitiva que conduz à libertação de boa parte do sofrimento terrestre. Eis que o número de discípulos aumenta cada vez mais, entre eles, seu filho e sua esposa. Os quarenta anos que se seguiram são marcados pelas intermináveis peregrinações, sua e de seus discípulos, através das diversas regiões da Índia.

Ao completar oitenta anos, sente seu fim terreno se aproximando e deixa instruções precisas sobre a atitude de seus discípulos a partir desta data.Buda morreu em Kusinara, no bosque de Mallas, Índia. Sete dias depois seu corpo foi cremado e suas cinzas dadas as pessoas cujas terras ele vivera e morrera.

Definição O Budismo é um conjunto de práticas originadas na inspiração e ensinamentos de Buda. É também um estilo de vida, um caminho completo para o desenvolvimento integral do indivíduo, onde ensina como superar nossos problemas e dificuldades através do entendimento e prevenção de suas causas. Normalmente olhamos fora de nós para encontrar as causas de nossos problemas, Buda nos ensina a olhar dentro de nós mesmos. Ele mostrou como nossos sentimentos e insatisfações surgem de estados mentais negativos, em especial a raiva, o apego e a ignorância. Ele ofereceu métodos para eliminar esses estados mentais negativos através do desenvolvimento de generosidade, compaixão, sabedoria e outros estados mentais positivos. Cultivando essas qualidades em nossa mente seremos capazes de descobrir força e paz interior.



Os Ensinamentos de Buda

Os ensinamentos foram transmitidos de boca em boca por cerca de 250 anos.

A partir do primeiro século a.C. estes foram recolhidos pelos monges em três grandes coleções chamadas de "Tipitaka" (que quer dizer "três cestos de livros"), e sua doutrina pode ser resumida em torno de quatro verdades.

Os Três Cestos

1 - CESTO DA DISCIPLINA MONÁSTICA: Contém regras para a vida dos monges.

2 - CESTO DOS ENSINAMENTOS MORAIS: Contém os sermões, as poesias, os diálogos e os fatos da vida do fundador.

3 - CESTO DA DOUTRINA DA SALVAÇÃO: É o mais antigo catecismo com perguntas e respostas.



As Quatro Verdades

1 - DUKA: A dor é universal.
2 - SAMUDAYA: A origem da dor é o desejo insaciável.
3 - NIRODHA: O fim da dor é a completa supressão do desejo.
4 - MARGA: O caminho para suprimir o desejo é o santo trilho das oito normas que convergem na felicidade eterna (Nirvana).

O Trilho das Oito Normas

1 - Reto conhecimento.
2 - Reta intenção.
3 - Reta palavra.
4 - Reta ação.
5 - Reta vida.
6 - Reto esforço.
7 - Reto saber.
8 - Reta meditação.

Os Mandamentos

1 - Não matar
2 - Não roubar
3 - Não tomar a mulher do próximo
4 - Não mentir
5 - Não ingerir bebidas alcoólicas
6 - Resignar-se no sofrimento
7 - Meditar sobre o sofrimento dos vivos
8 - Participar das dores e alegrias dos outros
9 - Ser benevolente
10 - Perdoar as ofensas Fonte: Acervo JesusSite

sexta-feira, 19 de março de 2010

CANDOMBLÉ - FACÇÕES ESPÍRITAS

Estudos de Seitas      Apologética       Espiritismo
CANDOMBLÉ - Origem
Publicado em 11/23/2001
Carlos Henrique - novembro/1998
CENTRO DE PESQUISAS RELIGIOSAS
O candomblé, como conhecemos no Brasil, é um sub-produto dos "Cultos aos Males, Irunmales e Orixás". Estes cultos são originários do Continente africano. Foram espalhados pelo mundo no advento da escravidão dos negros africanos. Vários povos (ou nações) foram trazidos para o Brasil como escravos. Cada nação era formada por várias tribos. Cada tribo tinha sua forma de culto e seu deus particular. Ex. (Povo Nagô)

Cidade: Oyó = Deus adorado: Xango
Cidade: Irê = Deus adorado: Ogum
Cidade: Keto = Deus adorado: Oxossi
Cidade: Ilexá = Deus adorado: Oxum
Cidade: Ibadam= Deus adorado: Yemanjá

Cada indivíduo por sua vez adorava o deus coletivo, seu bara (dono do seu corpo), seu olori (dono de sua cabeça) e seu odu (seu destino).

Há outros cultos menores e particulares:

Geledé: Culto a Yami Oxorongá (minha mãe feiticeira) culto de exclusividade feminina onde algumas mulheres eram consideradas como tendo poderes sobrenaturais. Seu domínio e seu símbolo eram as aves.

Egungun: Culto prestado aos mortos, feito somente por homens. Eles acreditam ter domínio sobre as almas errantes. Porém há grande temor entre eles. Acreditam que, quando a alma desencarnada está manifesta, não se pode tocar nem em suas roupas que são coloridas e tem armações de bambu. Os mortos não incorporam, manifestam-se de forma sobrenatural entrando numa dessas roupas.

Formação do panteão de orixás

Com a vinda de muitas nações africanas para o Brasil, vieram um sem número de cultos e deuses. No nordeste do Brasil a predominância, entre outros povos trazidos, foi dos Nagôs que falavam o Yorubá (língua do rei). Já no sudeste a predominância foi dos povos bantos. Com a necessidade deles viverem juntos nas senzalas (tanto no nordeste como no sudeste do Brasil) ouve uma mesclagem das culturas (roupas, dialetos, indumentárias cultos e etc.) com as predominâncias já citadas. Daí nasce o que chamamos no Brasil Candomblé. Palavra de origem desconhecida.

Obs. Neste ensaio faremos referência a esses dois povos.

Conceito de Deus

Para os nagôs (nordeste do Brasil) existe um criador de todas as coisas, cujo nome não é permitido dizer. Eledumarê ou Eledumayê ou ainda Olodumaré, (Senhor do Destino Eterno ou Deus Eterno). Vale comparar com o título dado a Deus: El adonai.

Para os bantos (sudeste do Brasil) o criador é Zambi .

Conceito de Salvação

Na visão dos nagôs, quando um africano morre crê-se que ele vai para um dos nove oruns (céus) existentes. Quem cuida desses oruns é uma entidade chamada Oyá - Inhaçã (Yámesan - Mãe dos nove - fazendo referência aos nove oruns ou nove cabeças).

Quando uma alma desencarnada fica vagando, é chamado o alagbá (chefe do culto dos egunguns) para despachá-lo.

Há também uma cerimônia quando alguém ligado ao culto morre. É o Axexê - cerimônia fúnebre para apascentar o morto e invocar Oyá Balé (título que significa: senhora dos mortos ou do cemitério) para levá-lo ao seu destino.

Pecado

Não há conceito de pecado. Todas as oferendas são feitas para agradar e reverenciar os deuses. Há dois tipos básicos de oferendas: O ebó - sacrifício ou obrigação e o Irubó - oferenda.

Nestes sacrifícios ou oferendas acredita-se que: A energia vital do animal (seu sangue) sacrificado é transferida para o ofertante ou aquele que faz o sacrifício.

Cerimônias de Iniciação

Nas cerimônias de iniciação (vide cap. Gen. 29:1-35), há um ritual chamado afejewé (nós lavamos com sangue) que é o ápice do ritual. Consiste em sacrificar vários animais e banhar o yaô (noiva - novato) naquele sangue colhido. Todos os iniciados são sacerdotes. A cerimônia visa o renascimento do yaô. O mesmo fica recluso um período de tempo que varia de tribo para tribo. Este período de reclusão eqüivale a sua morte. A cerimônia do afejewé o princípio do seu renascimento. Quando renascido o yaô recebe o seu orukó - novo nome e passa por um ritual de reaprendizagem das atividades comuns do tipo: comer, se vestir, andar sentar etc. Tudo lhe é ensinado novamente e quem faz isto é a yákota - mãe criadora ou mãe pequena. Nunca mais se pode fazer referência ao "velho homem morto" ou seja nem seu velho nome pode ser dito. Se por ventura alguém chama um desses sacerdotes por seu velho nome é como se lhe desejasse a morte.

O candomblé no Brasil

No Brasil muito de tudo isto se perdeu e muito foi acrescentado. O candomblecista comum acredita em Deus e os noviços são marcados no seu corpo com uma cruz, na maioria das casas de candomblés. São levados, após as cerimônias de iniciação a uma missa para receber a bênção do padre. Uma tradição que virou ritual.


UMBANDA - Origem

Os portugueses impuseram aos negros escravos sua crença católica, o que não foi muito bem aceita nas senzalas. Além de obrigar os negros a aceitarem sua crença os portugueses também proibiram os cultos aos deuses pagãos dos escravos. Os escravos que não se submeteram foram perseguidos, açoitados e mortos. Até que surgiu entre eles a idéia de se fazer como em Ilexá (cidade da Nigéria), ou seja abrir um ujubô - buraco sagrado e nele depositar o seu igbá - espécie de vasilha pactual (arca da promessa) onde se encontrava alguns objetos. Sobre este ujubô os escravos colocavam as imagens dos santos católicos.

Nos seus cultos eles diziam estar reverenciando os santos e o deus católico com cânticos em dialetos africanos e com danças características, mas na verdade adoravam seus deuses e cantavam a ele. Surge daí o sincretismo afro-brasileiro. Surge também a tradição de levar os iniciados a uma missa, o que foi incorporado ao ritual comum de iniciação.

Com o passar dos tempos a proibição caiu por terra, mas ficou a tradição. Com a morte dos patriarcas o culto foi perdendo suas origens e povo foi acreditando nas imagens. Foram sendo acrescentados cultos não originários da África: Culto aos cablocos, aos povos de rua (culto a oluponã). Culto a pomba-gira (Bombogira dos bantos), culto às almas - pretos velhos (culto aos egunguns dos nagôs).

Foram aculturadas diversas crenças que podem ser encontradas nos altares: Vudu (originária da Europa - basicamente feitiçaria ). Encontra-se também sobre seus altares a imagem de Jesus, de Maria, de Buda entre outros.

Doutrinas

Os umbandistas não têm doutrina clara sobre nada. São na minha visão desnorteados. Acreditam no deus dos católicos, em Jesus, na virgem Maria, crêem nas doutrinas Kardecistas sobre caridade para salvação. Não têm claro o destino de sua alma depois da morte. Pendem os umbandistas mais para o espiritismo, mas continuam fazendo sacrifícios e pactos com os deuses que se apresentam nos terreiros.

Há uma corrente da umbanda que se auto denomina umbanda branca, uma versão rústica do kardecismo, onde não há mais sacrifícios e os médiuns "trabalham" por caridade.Fonte: JesusSite
 
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