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segunda-feira, 19 de abril de 2010

MARIA NOSSA IRMÃ EM CRISTO

    Segunda, 19 de Abril de 2010

Estudos Bíblicos      Apologética       Catolicismo
MARIA - Nossa irmã em Cristo

Publicado em 5/2/2005
Walter Santos Baptista - Pastor da Igreja Batista Sião em Salvador, BA
JesusSite
(Lucas 1.26-28)

Desejamos saudar as mães cristãs ao meditar sobre a mãe de Jesus, nosso Salvador, modelo de mulher cristã, modelo de mãe, modelo de mãe cristã. Falamos tanto em Pedro, Paulo, João, Barnabé, ou nas santas mulheres da Bíblia como Sara, Miriã, Débora, Ester, Maria Madalena, Marta e Maria, Priscila, mesmo a anônima samaritana, mas esquecemos de voltar os olhos, a mente e o coração para a mulher de coragem, submissa, dedicada, agraciada, serva de Deus que foi Maria de Nazaré!

Por outro lado, tentaremos desfazer a idéia errônea de não-evangélicos a respeito do relacionamento entre os cristãos evangélicos e Maria, nossa irmã na fé, e mãe do Redentor.


SUA PESSOA

O Novo Testamento tem pouco a dizer sobre Maria. É, na verdade, extremamente lacônico ao falar de sua vida. Não tem ela lugar de proeminência nos Evangelhos. Como diz uma autora católica "Parece até ausente do ministério de Jesus, seu filho" Dois dos evangelistas até deixam de colocá-la no início do relato (Marcos e João), pois a história da infância de Jesus, os chamados "Evangelhos da Infância", somente é relatada em Mateus e Lucas.

Suas últimas palavras registradas foram as do casamento em Caná da Galiléia (João 2.3). Fora esse episódio, quantas anotações temos do que falou? Em Mateus e em Marcos nada foi registrado. Em Lucas, (1) na cena da anunciação (1.34,38), (2) no Magnificat (1.46-55), e (3) em 2.48 quando Jesus já está com doze anos e fora levado para se tornar um bar mitzvá . E apesar de todo esse silêncio, a Outra Igreja procura construir um elaborado sistema de obras de Maria e de devoção à sua pessoa?!

Seu nome é a forma greco-latina do hebraico Miriam, nome da irmã de Moisés. No Novo Testamento, é registrada a presença de várias Marias: Maria Madalena, Maria, irmã de Lázaro e de Marta, Maria, a mãe de João Marcos, Maria, membro da igreja em Roma, e Maria de Nazaré.

De fato, morava em Nazaré. O Novo Testamento não o afirma, mas o chamado Proto-evangelho de Tiago declara terem sido seus pais Joaquim e Ana. Tinha cerca de quatorze anos quando ficou noiva de José, carpinteiro de profissão e descendente da casa real de Davi, da qual haveria de nascer o Messias.

Lucas descreve a cena do anúncio de haver sido escolhida para mãe do Messias (1.26ss). O mensageiro de Deus a chama de "agraciada", ou seja, que ela era alvo de um favor especial de Deus, e não que fosse fonte de graça. Esse favor, essa graça especial era ser mãe do "Filho do Altíssimo", mãe do filho do El Elyon (cf. 1.32)! Ora, senhoras e moças judias ansiavam pelo privilégio de ser a mãe do Ungido de Deus, porém Ele não buscou essa moça no palácio de Herodes nem nas camadas altas da sociedade entre os saduceus; fê-lo entre o povo, e agraciou uma jovem simples, pobre, surpreendendo, deste modo, a expectativa e mente de todos (cf. 1Co 1.27). Maria era tão humilde, simples e pobre que ao levar Jesus bebê a Jerusalém para o consagrar, e fazer o sacrifício ordenado pela Lei de Moisés (Ex 13 .2; Lv 12.1-3, 6-8), ofereceu dois pombinhos em vez de um cordeiro (Lc 2. 24).

Aliás, poderia ter dito "não" quando do anúncio, mas não o fez; poderia ter evitado todo o futuro sofrimento, aceitou-o, porém, com resignação e entrega absolutas. Suas Palavras o atestam: "Disse então Maria: Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra". (Lc 1.38a).

Concebeu do Espírito Santo como o diz Mateus 1.18 (cf. Lc 1.35) tornando-se entre as mulheres a única que pode ser chamada, como o foi por Isabel, "bendita" por trazer no ventre o "bendito fruto" do Eterno (cf. Lc 1.42).


IDÉIAS SOBRE MARIA

Dói-nos ter que abordar o que segue; preferiróamos não precisar mencionar certas questões de teologia popular e, lamentavelmente, também de teologia oficial a respeito da mãe de Jesus. Nosso objetivo não é atacar ou hostilizar a crença de ninguém. Mas, sim, examinar o que diz a Bíblia sobre certas atitudes, doutrinas, dogmas que desvirtuaram o lugar dessa extraordinária mulher cristã, bendita entre as demais.

As idéias não encontradas na Bíblia são: a imaculada conceição, a sua virgindade perpétua, a co-redenção, a sua assunção corporal aos céus, o título "Mãe de Deus", o culto a Maria. Tudo nasce da pergunta se Maria é salva ou salvadora. Diz a Bíblia que precisou ser salva, pois a própria Maria o afirma: "o meu espírito exulta em Deus meu salvador" (Lc 1.47). Pensar diferentemente leva aos dogmas que a Igreja majoritária tem formulado.

A imaculada conceição. É a idéia que para ser mãe do Salvador que não tinha pecado, ela mesma teria que ser isenta de pecado. Deus a teria, portanto, preservado já na sua fecundação da mancha do pecado original. Essa é uma idéia que não combina com a doutrina da Bíblia que ensina "Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; sendo justificados gratuitamente pela sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus" (Rm 3.23, 24).

Ter sido escolhida para gerar o Messias não significa ter sido concebida e nascida sem pecado, nem ter sido a mais perfeita mulher que já viveu. Esse dogma foi promulgado em 1854 pelo Papa Pio IX.

A virgindade perpétua ensina que a mãe de Jesus foi virgem antes, durante, depois do parto, e continuou a sê-lo durante sua vida de casada, de esposa e mãe. Tal doutrina foi definida pelo Concílio Constantinopla II em 553, e nasceu, sobretudo, do apreço à vida monástica (em franco progresso o ascetismo), e do menosprezo ao casamento considerado como estado inferior ao celibato. A insistência católico-romana na virgindade perpétua de Maria objetiva justificar o celibato dos seus sacerdotes e freiras. A Bíblia, no entanto, fala diferentemente: chama a Jesus de seu filho "primogênito" e não de "unigênito" .

Grávida virgem, deu à luz virgem, porém Mateus 1.25 ensina que após o nascimento (e a purificação subseqüente), passou a ter vida matrimonial perfeita e absolutamente normal:

"... e não a conheceu enquanto ela não deu à luz um filho; e pôs-lhe o nome de Jesus". (Mt 1.25).

E porque não é desdouro ser a mãe do Messias e mãe de outros filhos com seu marido, o Novo Testamento apresenta os nomes de seus filhos: Tiago, José, Simão e Judas, além das irmãs não nomeadas (cf. Mc 6. 3). Que divina sabedoria, o Espírito Santo ter permitido registrar o nome de seus irmãos! Há quem queira dizer que (1) seriam filhos de José de um casamento anterior, não há, porém, registro disso; ou primos de Jesus, no entanto, a palavra usada foi adelphos, pois existe outra, anepsiós que quer dizer "primo, sobrinho", não usada aqui pelos evangelistas.

Co-redenção de Maria junto à cruz do Calvário, ou seja, "sócia na obra da salvação". Uma coisa é dizer que Maria teve um papel único, exclusivamente seu na realização do plano de Deus para a salvação da pessoa humana; é dizer que os fatos da encarnação e do nascimento virginal são de tremendo significado para a Cristologia. Mas outra coisa é atribuir-lhe função salvífica, papel de salvadora e obra co-redentora.

Muita lenda tem surgido por falta de informação e estudo da Bíblia. Jesus ensinou que "errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus" (Mt 22.29), e por falta de conhecimento da Palavra Santa, há quem participe da Ceia (Eucaristia) nos cinco primeiros sábados (pois sábado é o dia do calendário que lhe é dedicado), esperando escapar do inferno sem que se preocupe com uma conduta digna do nome de cristão. E há quem dedique o dia de Sábado ao louvor de Maria que, segundo ensinam, visita o purgatório de onde leva muitas almas para o céu com ela. Quantos erros?! O purgatório?! a salvação após a morte?! Maria salvadora?!

Diz, no entanto o Novo Testamento: "Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem"( 1Tm 2.5).

"Seja conhecido de vós, e de todo o povo de Israel, que em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, aquele a quem vós crucificastes e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, nesse nome está este aqui, são diante de vós. Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta como pedra angular. E em nenhum outro há salvação; porque deibaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, em quem devamos ser salvos" (At 4. 10-12).

Assunção. A doutrina é que Maria após a morte teria sido levada corporalmente para o céu, dogma que foi promulgado em 1950 pelo Papa Pio XII. Nenhum ensino bíblico há sobre isso.

Maria, "Mãe de Deus". Dogma definido no Concílio de Éfeso em 431, e baseado na idéia de que a sua maternidade diz respeito à pessoa inteira de Jesus. Portanto, se Jesus é homem e é Deus, Maria é mãe do homem Jesus e Mãe de Deus (?!) Fiquemos alerta que em lugar algum, o Novo Testamento a chama "Mãe de Deus". É mãe, sim, do filho de Deus. Nem "Mãe da Igreja". São ensinos estranhos ao evangelho. Mas foi "agraciada", bendita entre as mulheres, e exemplo corretíssimo de aceitação, obediência, dependência, submissão, subordinação e serviço a Deus.

O culto a Maria. Diz a doutrina da Outra Igreja que há três tipos de culto: latria (adoração exclusiva a Deus); hiperdulia (alta veneração só prestada a Maria); dulia (veneração aos santos, a lugares e objetos considerados santos). A Bíblia não se pronuncia sobre nada disso nisso! Ao contrário:

"Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que há em cima no céu, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás diante delas, nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam" (Ex 20.3-5).

A Bíblia não admite adoração a astros, estrelas, seres animais, pessoas humanas (At 10.25, 26), anjos (Ap 22. 8,9). E cada vez que isso acontecia, Deus exercia Seu julgamento: é só ler o Livro de Juízes, os sermões dos profetas, ou casos, como a morte de Herodes (At 12.21-23).

O culto a Maria é uma desonra a Deus por causa da proibição do uso de imagens. É o problema de se acrescentar algo mais à verdade da Bíblia.

Pois não há sinais de veneração, culto, ou hiperdulia a Maria no Novo Testamento. Os magos do Oriente não prestaram adoração à estrela, nem a José ou a Maria, mas a Cristo (Mt 2.11); seus presentes foram dados não a Maria ou a José, mas a Jesus; os apóstolos nunca oraram à mãe de Jesus nem lhe prestaram honras especiais; Pedro chamado o primeiro papa, Paulo e Tiago não a mencionam em suas cartas; mesmo João, que dela cuidou até sua morte, não a menciona (Jo 19.27). Instalada a Igreja no Pentecoste, o nome "dado entre os homens, em que devamos ser salvos" é o de Jesus (At 4.12). Um caso que poderia ter sido o primeiro de veneração a Maria foi rechaçado e corrigido na hora por Jesus:

"Ora, enquanto ele dizia estas coisas , certa mulher dentre a multidão levantou a voz e lhe disse: Bem-aventurado o ventre que te trouxe e os peitos em que te amamentaste. Mas ele respondeu: Antes bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus, e a observam" (Lc 11.27, 28).

É chamada "Rainha dos Céus" (Regina Coeli) título monstruoso porque era dado à deusa da fertilidade de Canaã, Astarte: "Os filhos apanham a lenha, e os pais acendem o fogo, e as mulheres amassam a farinha para fazerem bolos à rainha do céu, e oferecem libações a outros deuses, a fim de me provocarem à ira" (Jr 7.18; cf. 44.17-19, 25).

O culto de Maria iniciou-se após o quarto século.


COMO NÓS - OS EVANGÉLICOS - A VEMOS

Honramos a Maria, mãe de Jesus, com a mesma homenagem que a Bíblia lhe presta: "bendita entre as mulheres" (Lc 1.42), e reconhecemos que ela foi o vaso que trouxe a água da vida, Ela não é a água da vida, o pão da vida, o caminho, a verdade, ou a ressurreição e a vida.

Com todas as gerações nós a chamamos "bem-aventurada" porque cria na palavra de Deus (Lc 1.48), mas não a deificamos, cultuamos ou oramos a ela. Ao contrário, com ela cultuamos o Filho de Deus; não cultuamos através dela como se medianeira fosse. Essa é a ilusão do movimento "Peça à mãe que o filho atende", que não tem base na Bíblia, que, contrariamente, ensina "... tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda" (Jo 15.16; cf. 14.13, 14). Ou seja, "Peça ao Pai em nome do Filho, que Ele atende".

Nós a reconhecemos como "bem-aventurada", ainda, porque na sua dedicação à vontade de Deus, na sua fé, na sua obediência, é exemplo para nós. É exemplo e modelo a ser imitado não mais, porém, que outros do Antigo ou do Novo Testamento.

Nós a vemos como mulher de louvor, oração e piedade. Seu cântico em Lucas 1.46-55, e que se assemelha em forma e conteúdo ao de Ana (1Sm 2. 1-10), é uma linda página de sensibilidade e profunda espiritualidade.

Atos 1.14 apresenta Maria em oração com outros crentes, sem ter, porém, autoridade e prioridade sobre o grupo. Piedosa, realizou todos os ritos fixados pela Lei: a circuncisão, a purificação, a apresentação no Templo, e ano a ano realizava uma peregrinação a Jerusalém na Páscoa. Após o nascimento de Jesus, trouxe duas ofertas. Uma era queimada (simbolizava completa rendição à vontade de Deus); a outra era oferta pelo pecado (cf. Lv 2.22-24; 12.6-8).

Queremos insistir no fato que Maria foi mulher de profunda sensibilidade espiritual. Sua fé e sua disposição de servir a Deus nos chamam a atenção, por isso deu uma atenção cuidadosa, à educação de seu filho nas tradições religiosas do seu povo, o povo judeu.

Mas ela sabia que precisava de um Salvador (Lc 1. 47). Tinha absoluta consciência de que Jesus era, não só humano, mas também divino e enviado por Deus (Gl 4.4) . Lucas 2.18 e 51 nos mostram que ela meditava cuidadosa, profunda e assiduamente sobre seus deveres. É o protótipo da mulher de reflexão; é o modelo, exemplo da esposa cristã ideal.

Maria deixou um mandamento: "Fazei tudo quanto Ele [Cristo] vos disser" (Jo 2.5). Confessa ter confiança plena no poder divino do seu filho.


"FAZEI TUDO QUANTO ELE VOS DISSER"

Que é o que Ele diz? Entre outros ensinos:

"Quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, porém, desobedece ao Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus" (Jo 3. 36).

"Quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não entra em juízo mas já passou da morte para a vida" (Jo 5.24).

"Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas quem perder a sua vida por amor de mim e do evangelho, salvá-la-á" (Mc 8. 34,35).

Isso significa que é preciso um Salvador pessoal, fé nesse Salvador e obedecer-lhe.Fonte:www.jesussite.com

domingo, 18 de abril de 2010

O VATICANO E AS SOCIEDADES SECRETAS EM BUSCA DA NOVA ORDEM MUNDIAL

Estudos de Seitas      Apologética       Catolicismo
O Vaticano e as Sociedades Secretas em Busca da Nova Ordem Mundial
Publicado em 2/23/2002
Tradução: Jeremias R D P dos Santos
A Espada do Espírito
O plano dos Mestres dos Illuminati, os criadores e principais promotores do Plano da Nova Ordem Mundial é infiltrar o Vaticano e fazer com que um de seus homens chegue a papa, torne-se líder de uma Religião Global Unificada e depois destrua a Igreja Católica e todo o cristianismo. Evidências alarmantes que esse objetivo já pode ter sido atingido e que diversos ocupantes de cargos da alta hierarquia católica sejam membros de sociedades secretas ocultistas!

E este é The Cutting Edge, um programa de rádio dedicado a exortar e informar o povo de Deus. Estamos comprometidos com o estudo e exposição da imutável, inerrante e inspirada Palavra de Deus. As visões expressas aqui são nossas, e não são necessariamente compartilhadas por esta emissora.

A falência moral de nossa sociedade está bem comprovada.

Poucas pessoas compreendem por que falimos moralmente. No entanto, quando olhamos para a sociedade com os olhos de Deus, por meio da Bíblia, podemos facilmente compreender a razão de estarmos enfrentando problemas sem precedentes atualmente. O estudo da nossa sociedade por meio dos olhos de Deus é o que sempre tentaremos fazer aqui; fique conosco para aprender algumas verdades esclarecedoras.

Vimos anteriormente os vínculos entre as sociedades secretas e a implementação da Nova Ordem Mundial. Estudaremos hoje como o Vaticano está sendo controlado por essas sociedades secretas, à medida em que agem para completar a Religião da Nova Ordem Mundial, que acreditam ser uma parte indispensável da Nova Ordem Mundial. Os escritos da Nova Era deixam bem claro que essa Religião da Nova Ordem Mundial, como a chamam, será uma religião ocultista, que restaurará as Antigas Religiões de Mistério da Babilônia e do Egito e que destruirá totalmente o cristianismo. E, o Vaticano está agora liderando a investida.

Estaremos discutindo esse assunto a partir de várias fontes:

The Broken Cross, de Peirs Compton, 1981. Esse autor é um sacerdote católico que tornou-se totalmente desanimado com o estado atual da Igreja Católica.

A Conspiração Ocultista: A História Secreta dos Místicos, Templários, Maçons e das Sociedades Ocultistas, de Michael Howard, editora Campus, Série Somma, tradução para o português de Ivo Korytowski. Howard é um autor de Nova Era .

Behold a Pale Horse, livro do autor cristão de Nova Era Bill Cooper, publicado em 1991 .

Vejamos primeiro The Broken Cross:

Compton é um ex-editor de um jornal católico, The Universe. Ele rastreia a alegada infiltração de igreja romana pelos Iluministas. O autor é um católico tradicional e ainda praticante, que escreveu esse livro como um protesto pelo fato de a Igreja Católica abandonar seus ensinos sobre a doutrina cristã. "Há uma sensação que nossa civilização está correndo perigo mortal... A civilização declina quando a razão é virada de cabeça para baixo, quando o egoísmo e a depravação, o feio e o corrupto são promovidos como as normas das expressões sociais e culturais... quando o mal, sob diversas máscaras toma o lugar do bem."

... Nunca antes o homem foi deixado sem um guia, uma bússula... divorciado da realidade ... sem religião." [pg 1-3]

Em seguida, Compton relaciona alguns erros das Igrejas Católicas nos anos recentes:

Declínio na crença nos absolutos [pg 2-3]
Sua prontidão para contemporizar com a perversidade neste mundo (pg 3)
Pregação do humanismo em nome da caridade cristã [pg 3]

Deixar de ser o inimigo inflexível do comunismo e começar a participar em diálogos de contemporização, contribuindo assim para a ruína da sociedade.

Abrir mão do credo em um Único Deus Verdadeiro nos céus pelo falso credo que existem muitos deuses nos céus e na Terra [pg 3]

Compton então faz a pergunta crítica - "O que causou as mudanças na igreja?" Após reconhecer que a maioria das pessoas naturalmente rejeita a idéia de uma "conspiração", o autor afirma, "Vemos... a operação de um longo e deliberado esquema para destruir a Igreja a partir de dentro. Todavia, existem mais provas de todo tipo para a existência dessa conspiração do que há para alguns dos fatos comumente aceitos da história... Esquemas secretos, ocultos... dos acadêmicos... e da mente pública, foram a ... força de direção de grande parte da história." [pg 4]

"O desejo pelo domínio mundial, seja pela força das armas, da cultura ou da religião, é tão antiga quanto a história..." [pg 5]

Após rastrear algumas tentativas da tomada do controle do papado por elementos não-cristãos, Compton começa a falar sobre Adam Weishaupt, o sacerdote jesuíta que criou os Mestres dos Illuminati. Compton diz, "... Adam Weishaupt podia ver as possibilidades diante de si com uma mente militar. Ele tinha ímpeto e visão. Conhecia o valor da surpresa, que está firmada nos segredos... Ele podia misturar a humanidade em um todo... suprimir o dogma... O estado ideal que Weishaupt tinha em mente estava... fundado no sonho impossível da perfeição humana... Em primeiro de maio de 1776, a sociedade secreta que iria afetar profundamente grande parte da história subseqüente veio a existência com o nome de Illuminati". [Iluministas].

"Os Illuminati tinham uma plano... decidiram em uma linha de conduta muito ambiciosa. Ela iria formar e controlar a opinião pública. Combinaria as religiões, dissolvendo todas as diferenças de crença e ritual que as mantinham separadas; tomaria o controle do papado e colocaria um agente seu no Trono de Pedro." [pg 7-8]

Em 1818, um membro dos Illuminati, Nubius, disse que o objetivo dos Illuminati era "a aniquilação total do catolicismo, e posteriormente, de todo o cristianismo". Se o cristianismo sobrevivesse, mesmo que fosse sobre as ruínas de Roma, tempos depois, poderia renascer e viver." [pg 13] Posteriormente, examinaremos os mesmos objetivos, conforme expressos no livro de nova era de Michael Howard, A Conspiração Ocultista, publicado no Brasil pela Editora Campus. Compton continua a citar as explicações de Nubius sobre a necessidade de os Illuminati infiltrarem-se no papado:

"O papa... nunca ingressará em uma sociedade secreta. Portanto, as sociedades secretas têm a obrigação de fazer o primeiro avanço em direção à Igreja Católica e ao papa, com o objetivo de conquistar ambos." [pg 13]

Isso nada mais é do que a decisão dos Iluminati de inflitrarem-se no papado. O objetivo desde o princípio (1776) era plantar um Iluminista jurado no papado, sem que o povo católico saiba que isso aconteceu. Nubius então reconheceu que esse processo pode levar muitos, muitos anos. Ele previu a necessidade de infiltração e tomada do controle dos conventos e dos seminários, para ganhar as mentes das freiras e, especialmente, dos sacerdotes, que ascendem depois ao cardinalato. São os cardeais que elegem o papa. [pg 12-15]

Como Weishaupt foi financeiramente apoiado em seus planos de estabelecer os Mestres dos Illuminati? Compton explica:

"Weishaupt recebeu o apoio financeiro ... de um grupo de banqueiros ligados à Casa de Rothschild. Foi sob a direção deles que os planos de longo prazo dos Illuminati foram traçados..."

Em seguida, Compton confirma a natureza espiritual desse plano dos Illuminati de implantar a Nova Ordem Mundial:

"A afirmação de ser possesso por uma influência do outro mundo pode não ser inteiramente falsa... ter os testes que tornavam um Illuminati de puro sangue (a cerimônia ocorria à noite, em uma cripta, nas imediações de Frankfurt)..." [pg 8-9]. Lembre-se da nossa discussão anterior em outro artigo, sobre as iniciações realizadas na sociedade secreta norte-americana Skull and Bone [Caveira e Ossos], da qual o ex-presidente George Bush é membro? Ela também realiza suas iniciações em uma cripta, no meio da noite.

Compton então revela a longevidade e a influência das sociedades secretas:

"A força peculiar das sociedades secretas sempre foi o segredo... Algumas vezes elas tinham um significado ocultista afetado, que ... geralmente levava-os a introduzir... ritos absurdos e desagradáveis de iniciação. Havia um círculo de Iluministas que persuadia os candidatos a entrar em uma banheira com água.... puxando-os por meio de um cordão que era amarrado em seus genitais... Era essa obsessão sexual pervertida que fez alguns dos discípulos de Weishaupt submeterem-se à autocastração." [pg 11] Trevor Ravencroft, em seu livro The Spear of Destiny informa que o último ato oficial de Eckart, da Sociedade de Thule, foi castrar magicamente Adolf Hitler. Esse ritual teve o efeito de tornar Hitler em um dos maiores assassinos sadistas da história. Bill Cooper, em seu livro Behold a Pale Horse, diz que a sociedade Skull and Bones inicia seus membros por meio de uma fita colocada em volta de seus genitais. Isso novamente vincula os Mestres dos Illuminati , a Sociedade de Thule e a Skull and Bones [Caveira e Ossos].

Compton registra mais da influência ocultista dos Mestres dos Illuminati. "... Alguns ritos e símbolos derivavam de um significado inegável daquilo que geralmente é chamado Magia Negra, ou da invocação de um poder satânico cuja potência é como um raio sinistro..."

"Por meio dos símbolos... um homem é guiado e comandado... Os Iluministas faziam uso de .... uma pirâmide, ou triângulo, que há muito tempo é conhecido entre os iniciados como um sinal da fé mística, ou solar. No topo da pirâmide, ou algumas vezes, na base, havia, ou na verdade, ainda há, a imagem de um olho humano separado, que é chamado de olho aberto de Lúcifer, a estrela da manhã..."

"A pirâmide era um dos símbolos que representava a deidade desconhecida e sem nome nas seitas pré-cristãs. Séculos mais tarde, ela foi ressuscitada como um símbolo da destruição da Igreja Católica; e quando a primeira fase dessa destruição foi implementada... por aqueles que tinham se infiltrado e ocupado algumas das mais altas posições na hierarquia da Igreja, eles a reproduziram como um sinal de seu sucesso." E quando isso aconteceu? Em 1976, exatamente 200 anos após Weishaupt iniciar seu plano de infiltrar o papado, colocando um Iluminista como papa. Compton continua:

"O Olho Que Tudo Vê dentro de uma pirâmide contemplava do alto as multidões que se reuniam para o Congresso Eucarístico da Filadélfia em 1976. Ele foi usado pelos jesuítas que editaram o anuário da Sociedade; e apareceu em uma série de selos que o Vaticano lançou em 1978." [pg 10-11]. O autor cristão de nova era, Bill Cooper, confirmou esse fato chocante para mim em uma conversação telefônica.

Compton continua:

"O Olho, que pode ser rastreado até os adoradores da lua na Babilônia, ou astrólogos, veio a representar a Trindade Pagã Egípcia de Osíris, o sol; Ísis, a deusa da lua; e o filho deles, Hórus..." [pg 11-12]

A pirâmide e o Olho Que Tudo Vê são realmente antigos símbolos ocultistas. O livro satânico Magic Symbols [Símbolos Mágicos], demonstra claramente esse fato na página 140-141. Para comprovar o fato que a Igreja Católica Romana tinha utilizado o Olho Que Tudo Vê e a Pirâmide em seus escritos, viajei até Filadélfia, na Pennsylvania, e visitei o Seminário Católico de São Carlos. Na Biblioteca Memorial Ryan, encontrei um livro intitulado Symbols in the Church [Símbolos na Igreja]. Os autores descrevem o propósito do livro, "Este livro tem o objetivo de orientar os artistas e artífices eclesiásticos de todos os gêneros... que estejam interessados... na decoração das igrejas e dos objetos litúrgicos..." Em outras palavras, era um livro oficial dos símbolos autorizados que poderiam ser usados para criar literatura ou obras pictóricas que seriam aceitáveis para a liderança católica romana. Assim, fiquei chocado ao descobrir o Olho que Tudo Vê dentro de uma pirâmide, na página 27. Esse Olho Que Tudo Vê estava na seção de símbolos que representam Deus, o Pai, no entanto, esse símbolo não era o símbolo pagão de Deus olhando dos ceús para os assuntos humanos; em vez disso, era o símbolo pagão do homem aperfeiçoando-se para chegar aos céus. Era o símbolo dos Mestres do Illuminati, em um livro oficial de arte da Igreja Católica Romana!!

Isso confirmou que Pierre Compton estava absolutamente correto, os Iluministas estavam infiltrados na Igreja Católica. Mas, ao estudar esse livro dos símbolos católicos, fiquei chocado ao ver que haviam muitos símbolos que os católicos estavam usando que eram ou diretamente copiados daqueles encontrados no livro dos símbolos satânicos, Magic Symbols, ou que tinham sido modificados apenas ligeiramente. O tempo não nos permite examinar completamente todas essas ocorrências agora, mas voltaremos a um estudo futuramente.

Assim, desde o início do século XIX, os Iluministas e a Maçonaria começaram a se infiltrar na Igreja Católica Romana, começando inicialmente a inflitração pelos seminários e colégios, colocando sacerdotes e freiras que eram secretamente iluministas. O objetivo final era conquistar o Colégio de Cardeais e, em seguida, o papado. Por volta de 1846, já havia sido feito um progresso suficiente na infiltração da Igreja Católica, desse modo enfraquecendo-a a partir de dentro, e os Iluministas sentiram que era hora de criar a Força de Antítese que batalharia contra a Força Ocidental da Tese, liderada pelos EUA. A batalha entre essas duas forças produziria no final o desejado Sistema de Síntese, a Nova Ordem Mundial. Compton registra como esse novo Sistema de Antítese foi criado.

Em 1846, "havia uma sensação de mudança no ar, uma mudança que seria estendida além das fronteiras da Igreja e transformaria muitas facetas da existência... Dois anos mais tarde, um corpo altamente secreto de iniciados, que chama a si mesmo de Liga dos Doze Justos dos Illuminati, financiou Karl Marx para escrever o Manifesto Comunista..." [pg 16]. Esse fato histórico também é citado por Ralph Epperson em seu livro The Unseen Hand [A Mão Invisível], e por Anthony Sutton, em seu livro Wall Street and the Bolshevik Revolution [Wall Street e a Revolução Bolchevique]. A maioria das pessoas fica chocada com esse conceito por três simples razões: Primeiro, nossos livros de História tiveram o cuidado de nos ensinar que a história é apenas uma série de acidentes não-relacionados, e não o resultado de uma conspiração. Segundo, muitos de nós não conseguem compreender que seres humanos possam executar um plano global para dominação por um período tão extenso de tempo. Terceiro, a maioria das pessoas ainda acredita, ingenuamente, que nossos representantes eleitos exercem seus mandatos com nossos melhores interesses em vista.

Compton continua sua exposição sobre a infiltração do Vaticano pelos Iluministas:

"Por volta da metade do século XIX, o Estado da Itália tinha sido tomado pelos Iluministas." [pg 17] No entanto, o ofício religioso do papado estava fora do controle deles. Neste ponto, devemos lembrar que o papado e toda a Igreja Católica Romana estavam sendo fatalmente enfraquecidos pela inclusão de falsas doutrinas pagãs. Era somente uma questão de tempo antes que os Iluministas pudessem derrubar o papado, implantando um de seus homens. O papado estava condenado a cair como uma árvore que tinha sido apodrecida por séculos antes de cair subitamente sob o ímpeto de um vento persistente. Esse objetivo de infiltrar Iluministas no Vaticano é melhor detalhado em um livro ocultista intitulado A Conspiração Ocultista, de Michael Howard. Os livros ocultistas sempre são muito instrutivos, pois os autores não têm nada a esconder e porque muitos escrevem sob a influência de seus "espíritos-guia" E, os ocultistas são muito abertos sobre essa conspiração.

O objetivo supremo dos Iluministas de colocar um de seus homens como papa não foi bem-sucedido até o início dos anos 60, quando o Concílio Vaticano II foi convocado. Compton diz, "Os liberais ou progressistas, seguros por terem trazidos os desígnios das sociedades secretas a uma conclusão bem sucedida, estavam exultantes... Todo o mundo da religião estava agora permeado por sua influência..." [pg 62]

"Em menos de uma década, a igreja tinha sido transformada de uma inimiga implacável do comunismo em um advogado ativo e poderoso da co-existência com Moscou e com a China. Ao mesmo tempo, mudanças revolucionárias nos ensinos mantidos por séculos moveram Roma mais para perto daquele neo-paganismo humanista, do Conselho Nacional de Igrejas [EUA] e do Conselho Mundial de Igrejas". [pg 62-63]

"Quando os efeitos do Concílio Vaticano II tornaram-se aparentes, o bispo de Regensbury foi levado a observar que as principais idéias da Revolução Francesa, "que representam um importante elemento no Plano de Lúcifer, estava sendo adotado em muitas esferas do catolicismo". Embora conduzido grandemente atrás dos bastidores... a luta entre a Igreja e as sociedades secretas tinha sido mais amarga e prolongada que qualquer conflito internacional..." [pg 75]

Agora que o Concílio Vaticano II tinha implementado o Plano de Lúcifer, como o bispo de Regensbury observou, "restava conjugar uma visita verdadeiramente histórica com um rito iniciatório que colocasse um selo nessa recém-admitida realização..." Assim, "o papa Paulo VI, em 4 de outubro de 1965, visitou a Assembléia das Nações Unidas. " [pg 67] e proferiu um discurso em que "propagou o evangelho social tão querido pelos revolucionários, sem uma única referência às doutrinas religiosas que eles achavam tão perniciosas." [pg 68]

Após o discurso, o papa Paulo VI foi levado à Sala de Meditação das Nações Unidas. "Um boletim, cuidadosamente editado , que supostamente discutia o significado e propósito da sala, foi produzido pela Lucis Press, que publica material impresso para as Nações Unidas." O fato de Lucis Press ser a editora que publica e dissemina materiais para as Nações Unidas é uma indicação devastadora da natureza de Nova Era e satânicas da ONU. A Lucis Trust foi fundada em 1922, originalmente com o nome de Lucifer Trust, por Alice Bailey, como uma firma editorial para disseminar os livros de Alice Bailey e de Helena Blavatsky. Em 1923, Bailey alterou o nome da editora para Lucis Trust, pois Lucifer Trust revelava de forma clara demais a verdadeira natureza do movimento de Nova Era. [Constance Cumbey, The Hidden Dangers of the Rainbow , pg 49] Uma rápida visita a uma livraria especializada em livros de Nova Era, revela que a Lucis Trust publica muitos livros ocultistas.

Agora vamos retornar à visita do papa Paulo VI às Nações Unidas, em 4 de outubro de 1965.

"Essa Sala de Meditação era um centro dos Illuminati, entregue ao culto do Olho Que Tudo Vê, que ... estava dedicado aos serviços dos cultos pagãos, e à destruição do cristianismo em favor das crenças humanistas." [pg 68-69] Esse ritual de iniciação ocultista do papa Paulo VI na Sala de Meditação das Nações Unidas "representou o estágio inicial de um esquema, o cumprimento do qual seria ... a construção do Templo da Compreensão, em uma área de cincoenta acres perto do rio Potomac, em Washington DC... O propósito subjacente do Templo era revelado claramente por seu... Olho Que Tudo Vê... que representava as seis fés mundiais - budismo, hinduísmo, islamismo, judaísmo, confucionismo e cristianismo. "O palco está assim armado para a formação e anúncio da Religião da Nova Ordem Mundial. Essa nova religião será uma combinação de todas as religiões do mundo, o que representa os sinos do enterro para o Isolamento do Verdadeiro Cristianismo. As palavras de Jesus, "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim." [João 14:6] significam que nenhuma outra religião, inclusive a Religião da Nova Ordem Mundial pode oferecer o caminho ao céu. Satanás terá obtido uma grande vitória, e o palco estará armado para o desdobramento dos eventos previstos no livro do Apocalipse.

Agora, considere o próximo passo do papa Paulo VI. "Ele também fazia uso de um símbolo sinistro, criado pelos satanistas no século VI, que tinha sido revivido ao tempo do Concílio Vaticano II. Esse símbolo era a cruz vergada, em que era exibida uma figura repulsiva e distrocida de Cristo, que os feiticeiros e praticantes de magia negra na Idade Média fizeram para representar o termo "Marca da Besta". No entanto, não apenas Paulo VI, mas seus sucessores, os dois papas João Paulo carregavam esse objeto e o seguravam para ser reverenciado pelas multidões, que não tinham a menor idéia que representava o Anticristo. [pg 72]. Na página 56, Compton imprime uma foto do papa atual, João Paulo II, segurando essa cruz vergada.

Quão chocante que um papa católico romano possa utilizar um objeto satânico conhecido, que representa o Anticristo, e fazer os fiéis na multidão se ajoelharem diante dele e reverenciá-lo! Isso nos faz lembrar da profecia em Apocalipse 13:12, que ele [o Falso Profeta] fará aqueles que habitam na Terra adorarem ao Anticristo.

No entanto, a pior revelação ainda está por vir.

O papa Paulo VI compareceu ao Estádio Yankee "vestindo uma alva", um traje antigo... vestido por Caifás... que pediu a cruficicação de Cristo." (Ibidem)

"Depois de alguns dias do retorno de Paulo VI a Roma, o bispo de Cuernavaca, Mendes Arceo, declarou que 'o marxismo era necessário para realizar o reino de Deus no tempo presente', enquando Paulo VI fazia saber que Roma... estava pronta a olhar de outra forma as sociedades secretas." [pg 72]

Em certa manhã de verão, os jovens seminaristas católicos ficaram grandemente alarmados por uma revelação em um jornal chamado "Borghese... pois trazia uma lista detalhada de clérigos, alguns dos quais ocupavam posições de destaque, que, dizia-se, eram membros de sociedades secretas. Era uma notícia inacreditável, pois ... os alunos conheciam a Lei Canônica 2335, que proibe expressamente que um católico ingresse em qualquer sociedade secreta, sob pena de excomunhão... e a Lei Canônica 2336 que prescreve medidas disciplinares a serem impostas contra qualquer clérigo que venha a aderir a uma sociedade secreta. Michael Howard, autor de A Conspiração Ocultista: A História Secreta dos Místicos, Templários, Maçons e das Sociedades Ocultistas, fala a respeito dessa mesma lista, mas vai além, revelando que a maioria desses altos funcionários eram membros da Maçonaria. [pg 191]. Howard afirma que alguns desses funcionários graduados do Vaticano eram:

> O secretário particular do papa Paulo VI
> O diretor-geral da Rádio Vaticano
> O arcebispo de Florença
> O prelado de Milão
> O editor-assistente do jornal do Vaticano
> Sete bispos italianos
> O abade da Ordem de São Benedito


Os alunos ficaram chocados com essa revelação, pois diversas bulas papais tinham sido promulgadas contras as sociedades secretas.

Esse artigo foi negado com veemência por um escritor em L´Aurora, M. Jacques Plonchard, que assegurou que nenhum prelado tinha sido afiliado a uma sociedade secreta desde 1830. Entretanto, investigadores determinados, alguns apresentando-se como membros do Governos, obtiveram acesso ao Registro Italiano das Sociedades Secretas e compilaram uma lista de cardeais, arcebispos e bispos que eram membros de sociedades secretas. Essa lista incluia 125 prelados. Em seguida, Compton relaciona esses nomes nas páginas 78-84. Ele diz, "O Registro Francês das Sociedades Secretas é melhor guardado do que o italiano, de modo que os detalhes das iniciações recentes não podem ser citados. A lista mais sustentada de cléricos que pertencem às sociedades secretas francesas cobre algumas décadas anteriores à Revolução Francesa (1785) e chegava [então], mesmo em um tempo em que a infiltração da igreja por seus inimigos estava em uma escala menor que logo seria atingida, a algo em torno de 256 membros."

O palco ficou armado para a plena aprovação papal da participação em sociedades secretas. Em 27/11/1983, o papa João Paulo II promulgou uma bula papal que legalizou a participação dos católicos romanos nas sociedades secretas.

Agora podemos compreender como o papa João Paulo II, com uma cara tão limpa, pode exibir a cruz vergada ocultista. Agora podemos compreender como ele pode buscar com afinco o domínio da Nova Ordem Mundial, conforme garante Malachi Martin em seu livro The Keys of this Blood . Martin é um sacerdote jesuita aposentado, que lecionou no Pontifício Instituto Bíblico do Vaticano.

Finalmente, após mais de 200 anos, a sociedade secreta Mestres dos Illuminati - os originadores da Nova Ordem Mundial, alcançaram um de seus principais objetivos, a inflitração de um de seus homens como Sumo Pontífice da Igreja Católica Romana. Esse marco ocorreu, como já dissemos, no início dos anos 60, com a ascensão de Paulo VI ao papado. Esse período de tempo também encaixa-se com o período geral de degradação espiritual e apostasia que observamos em programas anteriores e nos nossos Seminário em fita cassete. Interessantemente, o autor cristão de nova era, Bill Cooper, em seu livro Behold a Pale Horse , afirma, "Em 1952, uma aliança foi formada trazendo... juntos pela primeira vez na história: As Famílias Negras (nobreza européia, que historicamente sempre praticaram o espiritismo e o ocultismo), Os Illuminati, o Vaticano e a Maçonaria, agora trabalhando em conjunto para implementar a Nova Ordem Mundial." [pg 80]

Hoje, é muito evidente que o papa João Paulo II é um Iluminista. Podemos ver isso concretamente pelo uso da cruz vergada. Podemos ver isso por seus discursos em favor do programa da Nova Era e por suas muitas viagens internacionais. No entanto, a confirmação final para nós ocorreu em 1990, quando participei de um seminário de quatro horas de duração em Boston, ministrado pelo diretor da Casa da Teosofia na Nova Inglaterra. Ele afirmou que no momento certo na história mundial, o papa viajará a Jerusalém para presidir uma Conferência Espiritual Ecumênica. Nessa conferência, o papa anunciará que todas as religiões do mundo estão agora unificadas. Assim, disse o diretor, a Religião da Nova Ordem Mundial está estabelecida. Essa informação, dada por um homem que conhece perfeitamente os planos dos Illuminati, porque trabalha com eles, revela que o Plano prevê que o papa católico romano será o líder da Religião da Nova Ordem Mundial.

Essa revelação significa duas coisas importantes:

1. O plano para substituir o papa católico por um Iluminista foi atingido, após 200 anos.
2. O papa católico romano provavelmente será o Falso Profeta descrito no livro do Apocalipse.

Finalmente, acrescente a isso o fato que os líderes-chave no Plano da Nova Ordem Mundial já identificaram publicamente o papa católico romano como o planejado líder da Religião da Nova Ordem Mundial. Esse será o papel do Falso Profeta, que trabalhará com o Anticristo para enganar o mundo e que terá os mesmos poderes ocultistas que o Anticristo.

O tempo para a implementação final está muito próximo.Fonte:jesussite

A MORTE DE JOÃO PAULO ll


Estudos de Seitas      Apologética       Catolicismo
A Morte de João Paulo II
Publicado em 7/11/2005
por Mike Gendron e Traduzido por: Felipe Sabino de Araújo Neto
http://www.gracegems.org/05/04/pope_john.htm
10 de Abril de 2005

Eu lamentei por João Paulo II, que ganhou o mundo inteiro, mas perdeu a sua alma. Ano após ano ele foi o mais amado e admirado homem no mundo, mas porque ele foi cego pelo príncipe deste mundo, nunca viu a luz do evangelho ou a glória de Cristo. Tivesse ele sido um seguidor devoto de Jesus Cristo, teria sido odiado e perseguido pelo mundo. Eu também me lamento pelos muitos que têm sido enganados por este papa e sua religião. Parte o meu coração ver tantos cristãos professos que não podem discernir a verdade do erro e o Cristianismo verdadeiro da sua falsificação.

Se alguma vez houve um tempo mais importante para que os servos fiéis do nosso Senhor Jesus Cristo tomem uma posição pela verdade, o tempo é agora. A corrupção religiosa de Roma tem sido constantemente exibida para o mundo inteiro ver. O esplendor e a ostentação foram extraordinários. Milhares de pessoas enganadas ficaram em longas filas para venerar um homem morto com um rosário em suas mãos e um crucifixo deformado ao seu lado. Bispos e Cardeais estão agora encorajando os católicos a orarem para e por este papa morto, cujo corpo foi constantemente "abençoado" com incenso e água santa. Fazer orações com repetições sem sentido a qualquer outro além de Deus é uma abominação à Deus (Mateus 6:5-7; Deuteronômio 18:11). A veneração e adoração bizarra deste homem têm sido sem precedentes. Parece que ninguém está preocupado com as palavras de Jesus, que disse: "Ai de vós, quando todos vos louvarem! Porque assim procederam seus pais com os falsos profetas" (Lucas 6:26) .

Tragicamente o papa teve grande sucesso em enganar o mundo, visto que ele morreu após 26 anos de pontificado. A mídia global se tornou sua porta-voz e uma participante disposta a espalhar sua teologia pervertida. Através de uma cobertura de televisão ininterrupta, a igreja do papa se tornou o palco do mundo. Seus príncipes têm sido disfarçados em seus mantos de púrpura e escarlate como "ministros de justiça". Eles têm enfeitiçado a audiência da TV com o esplendor de seus rituais e com a pompa e ostentações de suas tradições pagãs. A magnificência e a grandeza desta religião corrupta têm enfeitiçado muitos do mundo crédulo para crerem que isto é tudo o que o Cristianismo é.

Poucos líderes evangélicos falarão sobre o falso evangelho do papa, que fechou o reino dos céus para aqueles que queriam entrar. Eles recusam reconhecer que ele foi condenado pela palavra de Deus por pregar outro evangelho (Gálatas 1:6-9). Em vez disso, eles estão dizendo que, visto que ele "cria em Jesus", ele foi diretamente para o céu. Sua salvação tem sido garantida por alguns evangélicos por causa do seu sofrimento, bondade e santidade. Há tempos nas vidas dos evangélicos quando nossa fé é testada. Este é realmente um daqueles testes e tristemente vemos muitos falhando nos testes por se condescenderem com os inimigos do Evangelho. Seria o caso deles estarem buscando o favor e a aprovação dos homens, antes do que a aprovação de Deus?

Muitos estão louvando João Paulo II por ser um grande líder espiritual. Mas porque dar tal honra ao cabeça de uma igreja apóstata, que mantém um bilhão de pessoas em trevas espirituais? Embora ele nunca tenha reivindicado ser Deus, ele tomou prazer em ser chamado com títulos reservados ao Deus triuno somente. Ele usurpou o título "Santo Pai" de Deus o Pai, "O Cabeça da Igreja" do Senhor Jesus Cristo e "O Vigário de Cristo" do Espírito Santo, que Jesus prometeu enviar em Seu lugar.

O papa disse que ele representava Jesus Cristo, todavia, ele viveu em contraste absoluto ao Salvador, que não tinha onde reclinar Sua cabeça. Ele negou que Jesus era o Criador do homem ao ensinar que a evolução é verdadeira. Em diversas ocasiões ele negou que Jesus era o único caminho para o Pai. Quando ele se dirigiu aos líderes muçulmanos, ele disse que havia "um laço espiritual comum que nos une". Em 1999 ele negou que o sangue de Jesus era a única purificação pelo pecado ao conceder uma indulgência plenária para qualquer um que parasse de fumar ou beber bebida alcoólica. João Paulo é aclamado com um grande líder mundial, todavia, ele falhou em disciplinar os Bispos americanos por tolerar o abuso sexual ímpio de padres depravados.

Uma coisa é certa - o papa conhece a verdade agora. Eu creio que ele está experimentando o que o rico de Lucas 16 sofreu [e continua sofrendo]. Ambos se vestiram de púrpura e linho fino e viveram em esplendor todos os dias. Quando o rico morreu e achou a si mesmo em tormentos nas chamas do Hades, ele suplicou ao Pai que enviasse alguém para dizer aos seus familiares a verdade, para que eles se arrependessem e não terminassem no mesmo lugar. O papa pode estar agora fazendo o mesmo pedido.

A morte de João Paulo II abre uma tremenda oportunidade para os cristãos falarem sobre assuntos espirituais. Devemos falar a verdade em amor e proclamar o Evangelho com clareza e integridade! Devemos também contender fervorosamente pela fé contra tudo o que se opõe à Palavra de Deus. Possa Deus nos ajudar a sermos fiéis nestes tempos de grande engano e acomodação!

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fonte: http://www.gracegems.org/05/04/pope_john.htm Fonte:jesussite.com

DOCES CONSAGRADOS

Estudos Bíblicos      Apologética       Catolicismo
Doces Consagrados
Publicado em 7/11/2005
Uma colaboração de Rosemary Carneiro da Silva
JesusSite
Entendendo a verdadeira história de Cosme e Damião

A VIDA DE COSME E DAMIÃO

Foi numa tarde bem bonita do dia 27 de setembro que Leandro recebeu a visita do seu amigo Juninho. Ele veio convidá-lo para juntos apanharem saquinhos de doces de "Cosme e Damião".

- Juninho, você sabe que eu gosto de sair com você, mas para pegar doces de Cosme e Damião, eu não vou.

- Ué, você tem alguma coisa contra Cosme e Damião?

- É claro que não, Juninho! Eles eram seguidores de Jesus Cristo, assim como eu sou. Você sabia disso?

- Pra falar a verdade, eu nunca ouvi falar isso antes.

- Então posso contar só um pouco da vida deles?

- Claro que sim, você me deixou curioso. Pode contar!

- Bem, eles nasceram na Arábia no terceiro século depois de Cristo, eram gêmeos e seus pais eram crentes em Jesus. Quando cresceram, foram estudar num lugar chamado Síria, e lá se tornaram médicos. Mas eles tinham um apelido muito interessante: "ANARGIROS".

- O que isto significa?

- Quer dizer "INIMIGOS DO DINHEIRO", pois eles não cobravam nada, nenhum centavo pelo trabalho deles. E já que eles trabalhavam de graça, começaram a ser muito conhecidos, atraindo assim muita gente para ouvir a mensagem que eles pregavam sobre o Salvador, Jesus Cristo, nosso Senhor.

- E tem mais! Havia um homem muito mau, que odiava os cristãos. O nome dele era Diocleciano, o Imperador Romano. Esse homem perverso, mandou para a cidade de Egéia, aonde estavam Cosme e Damião, um representante de nome Lísias. Então, sob o comando de Lísias, começaram a torturar Cosme e Damião. Finalmente, depois de torturá-los bastante... cortaram suas cabeças. E foi assim que eles morreram no ano de 283 depois de Cristo.

- Que coisa triste! Mas, eles foram mortos só porque trabalhavam de graça como médicos?

- Não, Juninho, não foi isso. O motivo foi outro! Vou lhe contar: Diocleciano, o Imperador Romano, odiava os cristãos porque eles eram fiéis a Jesus Cristo e não adoravam os ídolos fabricados por mãos humanas. Lísias mandou que eles adorassem ou se ajoelhassem diante de algumas imagens. Porém, como seguidores de Jesus, nunca poderiam fazer isso. A Bíblia diz: "Não farás para ti imagens de esculturas, nem figura alguma do que há em cima no céu, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás diante delas, nem as servirás, porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus Zeloso". (Êxodo, 20: 4,5). Então, por obedecerem as ordens de Deus e não se encurvarem ou rezarem às imagens, é que eles foram mortos.

- Você me deixou confuso, Leandro.

- Por que, Juninho?

- É que lá em casa tem imagens de São Cosme e São Damião. E, minha mãe sempre ensina a gente a rezar pedindo proteção a eles.

- E você acha que isso é certo? Você acha que Cosme e Damião se ajoelhariam ou rezariam para uma imagem pedindo proteção ou ajuda?

- Eu acho que não! Pois eles morreram justamente por não fazer o que eu e minha família estamos fazendo.

- Como você acha que eles se sentiriam vendo vocês fazendo isso?

- Acho que ficariam muito tristes.

- E quem mais ficaria triste?

- Será que JESUS CRISTO também ficaria triste?!?

- Isso mesmo, Juninho! Pois foi Jesus quem falou: "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim." (João, 14:6). Portanto, não adianta pedir nada a Cosme e Damião, a São João, São Paulo, Santa Maria ou outro "santo" qualquer. Devemos buscar somente a JESUS, o FILHO DE DEUS. Foi Ele quem morreu por nós numa cruz, ressuscitou ao terceiro dia e hoje roga a DEUS por nós (I Tim. 2:5; I João, 2:1).

- Isso quer dizer que comer doce de Cosme e Damião está errado?!

- Bem, Juninho, gosto muito de doce. Se eu quiser comer, compro um. Eu não como os doces de Cosme e Damião porque quem distribui doces nesse dia faz isso porque fez promessas a eles. E você sabia que esses doces são oferecidos aos "SANTOS" em algum terreiro de macumba ou centro espírita como pagamento de promessas? Se eu comer, estarei apoiando e concordando com o erro deles. A Bíblia diz que não pode haver amizade entre luz e escuridão, nem entre Jesus e o diabo (II Corintios, 6:14-16). E a Bíblia diz mais: "DEUS É LUZ E NELE NÃO HÁ TREVAS NENHUMA." Além disso, esses que parecem ser "santos" nos terreiros ou centros, são na realidade demônios (ajudantes do diabo) que estão enganando as pessoas. (I Cor. 10:19 a 21). Viu, porque não como os doces, balas e salgados de Cosme e Damião? Pois a Bíblia diz em Romanos, 10:11 que aquele que crê em JESUS nunca fica confundido ou em dúvidas nesses assuntos.

- Agora entendi, Leandro. E resolvi que não vou mais pegar esses doces. Gostei da verdadeira história de Cosme e Damião, e quero saber mais de Jesus.

- Que bom, você agora tomar esta decisão!

- Mas, conte-me Leandro, onde você conseguiu estas informações?

- Minha mãe fez a pesquisa na Enciclopédia Universal Ilustrada Europeo-Americana (Volume 15, páginas 1140-1142).

- Que bom! Mas o melhor foi saber que Jesus é o Filho de DEUS, amigo das crianças e Salvador dos que crêem Nele.Fonte:jesussite.com

O CANTO GREGORIANO - HISTÓRIA

O Canto Gregoriano (História)
Publicado em 3/5/2008
Enviado por: João Rios
JesusSite
O Canto Gregoriano

Autor: Luiz Carlos Peres


Mas, o que é o canto gregoriano?

Entre os judeus a música era um elemento importante nas cerimônias religiosas. Ora, os primeiros cristãos eram judeus e abraçaram o cristianismo sem considerar tal opção um rompimento com o judaísmo,mas tão somente, a continuação da religião de Israel, após o cumprimento da promessa da vinda do Messias.

Cristo freqüentava o templo e as sinagogas, assim como os apóstolos. Nada mais natural que, no seu culto, enriquecido pela Eucaristia, os primeiros cristãos usassem os cânticos judaicos e fossem novos cânticos, dentro do mesmo estilo de melodia. Com a difusão do Cristianismo entre todos os povos conhecidos, passou a liturgia cristã a receber, também destes, a influência de sua música.

Até o século IIIº, a língua usada nas cerimônias era o grego. A partir de então, o latim tem sido a língua oficial do Rito Romano. Os mais antigos cantos cristãos são os salmos, provenientes diretamente do culto judaico, seguidos depois pela antifonia e pela hinódia. O nome Gregoriano vem do papa S. Gregório Magno, que regulamentou o canto litúrgico, dando uniformidade à sua prática em toda a Igreja. O Canto Gregoriano, escrito com notação quadrada, sem compassos nem valor de tempos definidos, carecia também de estabelecer a altura do som de cada nota, servindo apenas como processo mnemônico para a execução de cantos, previamente aprendidos por tradição.

Somente no século Xº é que o monge beneditino Guido d'Arezzo, conseguiu estabelecer uma definição clara dos intervalos entre os sons de cada nota, possibilitando, a partir de então, o grande salto que permitiu o surgimento da polifonia e da música que hoje conhecemos.

Os mais antigos cantos ressentem o influxo das antigas melodias hebráicas e greco-romanas. O Canto Gregoriano é assim chamado "Canto de Coro" (Cantus Choralis), cantus firmus, cantus planus, canto chão.


O Canto Gregoriano é o Canto Oficial da Igreja, monódico, diatônico, sem acompanhamento, composto em determinadas escalas (modos) e em ritmo livre.

a) Canto Oficial da Igreja: pela Tradição, Perfeição, Espírito Musical.
b) Monódico: a uma só voz, em uníssono.
c) Diatônico: sem alterações cromáticas; com exceção do Si Bemol, não há outros bemóis ou sustenidos.
d) Sem acompanhamento: assim ele foi composto; apenas se tolera um leve acompanhamento de órgão ou harmônico, para sustentar as vozes, impedindo desafinação.
e) Em determinadas escalas ou modos: estes são diferentes das escalas comuns da música profana.
f) Em ritmo livre: o que significa ausência de compasso fixo. Os impulsos binários e ternários misturam-se livremente, como no ritmo da oratória.

Difere pois, o Canto Gregoriano da Música Profana. Não somente pela monodia e diatonia, senão principalmente pelos modos e ritmo livre. Na música, o ritmo métrico ou medido é o mais habitual: há então repetição constante e isócrona dos impulsos e acentos como no compasso da dança, marcha, etc.


Canto Gregoriano continua sendo o canto oficial da liturgia romana


http://blog.bibliacatolica.com.br/2006/06/13/canto-gregoriano-continua-sendo-o-canto-oficial-da-liturgia-romana/

Entrevista com a pesquisadora e musicista Julieta Veja García

MÉXICO, D.F. terça-feira, 13 de junho de 2006 (ZENIT.org-El Observador).- O canto gregoriano continua sendo o canto oficial da Igreja Católica de rito latino, recorda Julieta Veja García, licenciada em Filosofia e Letras -especialidade em História da Arte- e doutora em Geografia e História dentro da área de Musicologia.

É titulada profissional como professora de piano pelo Conservatório Superior de Música de Granada (Espanha) e diretora da "Schola Gregoriana llíberis" desde 1986.

Suas linhas de investigação se centram no Canto Gregoriano: patrimônio, teoria e prática, e a música nos conventos de clausura e outros meios eclesiásticos.


— O que é o "Canto Gregoriano"?

Julieta Vega García: É um canto milenar, patrimônio cultural da humanidade e continua sendo o canto oficial da liturgia romana, como recordou o próprio João Paulo II em 2003 em um Quirógrafo sobre a música sacra - por ocasião do centenário do Motu Proprio "Tra lê sollecitudini", em que recordava as normas do Vaticano II acerca da música litúrgica.

— Por que se chama assim?

Julieta Vega García: Porque se atribui sua autoria ao Papa São Gregório Magno. Um dos pontos que mais chamam a atenção em seu fecundo pontificado é seu zelo pelo aperfeiçoamento da liturgia, alcançando grande importância seu impulso na organização definitiva do canto litúrgico, que se conhece sob o nome de canto gregoriano. Aos 35 anos, ele começou a dedicar-se ao serviço de Deus. A ele se deve a primeira grande reforma da Liturgia, de maneira especial do canto (daí o nome de canto gregoriano, que está na base da liturgia ocidental).

— Quando surgiu o Canto Gregoriano?

Julieta Vega García: Sua origem está na salmodia judaica, mas as primeiras partituras que se conservam foram escritas no Renascimento Carolíngio, no final do século IX.

— Qual é a relação entre o Canto Ambrosiano e o Canto Gregoriano?

Julieta Vega García: Antes da unificação que se produziu nos séculos IX-XI, cada região tinha suas próprias tradições: o Ambrosiano em Milão, o visigótico-mozárabe na Espanha, o velho romano, o galiciano… O gregoriano parece ser uma síntese entre galicano e velho romano. Em determinadas peças, há muita relação entre o Ambrosiano e o Gregoriano, mas o ambrosiano é um pouco mais ornamentado melodicamente.

— Existe atualmente produção de Canto Gregoriano? Qual é a aceitação social que se lhe outorga?

Julieta Vega García: Realmente a produção (entendida como composição) é inexistente. Há boa aceitação social deste antigo repertório, tanto em concertos como em missas, conferências, assistência e cursos, compra de música gravada, entre outros tipos de consumo


O CANTO GREGORIANO

Por Afonso Carlos Neves

http://www.willisharmanhouse.com.br/open.php?id_ses=3&pk=81⊂=true&canal=3

Palavras e notas se unem, tendo um resultado final captado através da percepção de uma música que parece transportar o ouvinte a uma dimensão diferente da habitual.

Autor: Associação Paulista de Medicina

O Canto Gregoriano tem sua denominação provinda do papa São Gregório Magno que, tendo nascido no ano de 540, governou a Igreja de 590 a 604. Personalidade impar na história, Gregório foi o único papa além de Leão Magno a receber esse título, o qual significa "Grande". Mesmo sendo discutível qual o real grau de envolvimento dele com essa música, que tem em seu nome uma marca única, a existência dessa associação dá-nos uma idéia da presença de Gregório em sua época, cuja compreensão pode ajudar-nos a conhecer melhor o Canto Gregoriano.

Gregório foi o primeiro monge beneditino a tornar-se papa, tendo escrito diversas obras, entre elas uma que narra a vida de São Bento, o fundador de sua Ordem. Para nos situarmos melhor, é interessante observar que o ano em que nasceu Gregório (540) é provavelmente o mesmo em que São Bento escreveu a sua Regra, a qual, até hoje, serve como referência básica para a vida de diversos grupos monásticos. Tendo nascido apenas quatro anos após o fim do Império Romano do Ocidente, ou seja, em 480, Bento parecia já estar sendo destinado a iniciar um cativante movimento religioso que cobriria toda a Europa pelos séculos vindouros e seria a salvaguarda da Cultura Ocidental durante a Idade Média.

Quando Gregório escreveu sobre Bento, ele usou dados que obteve de pessoas que conviveram com o santo, já que este morreu no ano de 547. De qualquer forma, Gregório, enquanto monge, foi disciplinado pela Regra Beneditina, a qual determina que os salmos sejam cantados em sete momentos no transcorrer do dia, seguindo-se determinadas normas. É difícil sabermos com exatidão, mas provavelmente esses cantos talvez já tivessem a conformação com a qual depois passaram a ser classificados como "Gregorianos". São Bento, por sua vez, foi precedido por outros mestres que já vinham aos poucos tendendo a organizar os monges em comunidades; estes tiveram como antecessores os chamados Padres do Deserto, que remontam aos primeiros séculos do Cristianismo. Portanto, observa-se que as origens do Canto Gregoriano se perdem nos tempos, já que não havia notações musicais no início da Era Cristã. No entanto, é provável a importância dos cantos das sinagogas para essa formação, acrescido de influências gregas e romanas. Ao ouvido atendo, pode-se perceber, por exemplo, nos melismas - as repetições de uma mesma letra em notas variadas - certo clima oriental.

Esse canto "monofônico", assim chamado por ser cantado a uma só voz, deve ser entendido como uma "prece cantada", estando, portanto, estritamente ligado a uma atividade religiosa, a qual tem suas características próprias. Sendo cantado em uníssono, cada voz se dilui no todo, que busca sua elevação espiritual no louvor divino; já, no fim da Idade Média, o aparecimento da polifonia, com o destaque de várias vozes, embora ganhando nova estética, de algum modo perde essa unicidade transcendental primeva.

Outro elemento que é bastante próprio do Gregoriano é o Latim. Considerada por muitos como língua morta, se observada pelo ponto de vista utilitarista, a língua latina tem toda uma riqueza que permite sua adequação às notas do Canto. Palavras e notas se unem, tendo um resultado final captado através da percepção de uma música que parece transportar o ouvinte a uma dimensão diferente da habitual. Há que se notar que essas construções musicais seguem os diferentes aspectos da Liturgia, no transcorrer do dia e do ano. Outra característica é a peculiar forma de notação musical que usa quatro pautas e diversos sinais exclusivos do Gregoriano.

Todos esses dados são elementos que ajudam a compreender esse Canto, porém o melhor a ser feito é ouvi-lo como diz São Bento, quando fala ao discípulo, como escutar as palavras de seu mestre: "com os ouvidos do coração". Para uns tem efeito terapêutico, para outros é oração e para alguns é só música. De qualquer forma, há que se valorizar essa riqueza única milenar da nossa Cultura Ocidental.


História da Música Ocidental

http://www.movimento.com/especial/basica/2.asp


1 - Introdução


O termo "medieval" vem da expressão latina "medium aevum" (época intermediária) dada pelos historiadores renascentistas ao período compreendido entre o desaparecimento do Império Romano e os novos interesses pela cultura greco-romana no século 15. O regime sócio-econômico predominante foi o feudalismo, caracterizado pela exploração da terra e por uma complexa hierarquia político-militar entre as pessoas. Este regime dividiu a Europa em minúsculos territórios. O fator de coesão era a Igreja Católica que, de fato, decidia o destino de todos.

É um engano qualificar este período como a "Idade das Trevas": ao contrário, a sua rica produção cultural sintetizou os conhecimentos greco-romanos, germânicos, árabes, judaico-cristãos, bizantinos, etc., manifestou-se em todas as áreas artísticas (arquitetura, marcenaria, artes visuais como pintura, escultura, vitrais, iluminuras etc., literatura como canções de gesta, romances de cavalaria, baladas, fábulas etc.) e continuou a investigar os princípios da ciência e da filosofia. Os seminários e conventos mantiveram gigantescas bibliotecas. Enfim, este período, mesmo com suas guerras, epidemias, fanatismos, misticismos, etc. preservou a civilização humana na sua integridade. O campo musical nos dá uma pequena mostra da riqueza cultural do período.


2 - Música religiosa medieval


As músicas mais antigas, que podemos executar com muita fidelidade, são os cantos gregorianos criados para o culto católico.

Da música cristã primitiva só nos restam os poemas, mas, mesmo assim, os pesquisadores percebem que a origem dos cânticos era muito diversificada:

• salmos e hinos religiosos dos judeus;

• canções profanas de outras culturas (Grécia, Roma, entre outras) adaptadas ao pensamento cristão

• criações próprias cristãs

Até o século 4, todos os fiéis participavam das várias cerimônias, cantando, batendo as mãos e os pés, dançando discretamente e até tocando instrumentos, tais como: harpa, saltério, órgão, trompete, sinos etc.

No século 5, a Igreja Católica, querendo uniformizar o seu culto em todos os lugares, tratou de desenvolver um estilo único e criar uma escritura musical exata. Para suplementar isto fundou a "Schola Cantorum", em Roma, onde os padres-compositores deveriam estudar. A partir de então um coro profissional passou a exercer todas as funções musicais nas cerimônias. Instrumentos não eram mais permitidos, pois foram considerados pelo clero, como terrenos ou demoníacos, enquanto a voz humana foi valorizada por ser uma criação divina. Mesmo assim, algum instrumento era utilizado, com ou sem autorização dos religiosos, para sustentar a correta afinação do coro. Depois de muitos debates, o canto gregoriano foi oficializado no início do século 7.


2.1 - Ars Antiqua - séculos 7 a 13


A música medieval denominada "Ars Antiqua" (arte antiga) é aquela que abrange desde o canto gregoriano até a invenção do moteto, dos séculos 7 ao 13.


2.1.a - Características


A música religiosa deste período é estreitamente ligada ao canto gregorian que serve de base para todas as composições. Sua sonoridade é muito diferente da nossa realidade, mas, também por causa disto, os cantos gregorianos nos envolvem, criando um clima de tranqüilidade e as primeiras experimentações do organum nos aparecem como curiosidades experimentais e ruidosas. Nesta época criaram a terminologia musical (incluindo o nome das notas), criaram a grafia e desenvolveram as primeiras teorias musicais ocidentais.


2.1.b - Canto Gregoriano - século 7


Gregório I, papa entre 590 a 604, e outros compilaram, compuseram e organizaram vários poemas e canções, que foram reunidos nos livros:

− Graduale (cantos solos e corais para todas as festas católicas)
− Kyriale (cantos para as partes fixas das missas)
− Antiphonale (cantos, hinos e orações dos monges)

Esta música tem as seguintes características:

− é o canto oficial da Igreja Católica;
− o texto é em latim;
− a importância é dada ao texto e não à música (objetivo é propagar a fé e não fazer um recital);

deve ser cantado, obrigatoriamente, só por homens (mas recentes pesquisas em conventos, descobriram milhares de cânticos compostos e interpretados por mulheres);
− não pode ter acompanhamento instrumental de qualquer espécie;
− é prosódico (um tipo de canto falado);
− melodias simples com pouca mudança de notas e uma tessitura menor que uma oitava;
− monofônico (uma única linha melódica);
− diatônico (escalas sem alteração cromática ou microtonal);
− modal (escalas de sete sons, ligeiramente diferentes das nossas escalas);
− o ritmo depende das palavras, portanto é livre de fórmulas de compasso;
− não tem preocupação com a dinâmica;
− o andamento, geralmente, é lento;
− os compositores são anônimos, pertencentes ao clero.

A melodia do canto gregoriano depende da forma do poema e se desenvolve numa linha quase que infinita, descendo e subindo por graus conjuntos e com raros saltos intervalares. Ela tem caráter sereno e é uniforme em suas nuances.

Não havia um regente, apenas os ensaiadores ou professores de canto que regiam o grupo com o rolo da partitura, apelidado de "solfa" (uma espécie de brincadeira com os nomes das notas - e daí vem a palavra "solfejo", treino melódico-rítmico). Escrevia-se a música com bico de pena de ponta quadrada e tinta em um rolo de pergaminho, de cor bege.

No século 19 esta música foi batizada, pelos monges de Solesmes (França), de "canto gregoriano", em homenagem àquele papa. Também recebeu o nome de "cantochão" ("cantus planus" em latim) no século 13, para diferenciá-lo do "canto mensurado", quando inventaram as figuras rítmicas,


Canto Gregoriano: como e porque foi sufocado no seu próprio berço

Por Sandro Magister

http://www.montfort.org.br/index.php?secao=veritas&subsecao=igreja&artigo=canto_gregoriano〈=bra

(Versão nossa do original italiano, publicado no site www.chiesa.espressonline.it com a permissão do jornalista Sandro Magister, a quem agradecemos)

O prior do mosteiro "Papa Gregorio Magno", de Roma, enriquece com novos detalhes a narrativa do desastre musical depois do Concílio (Vaticano II). Vaticano que até hoje não faz nada para remediar.


ROMA - No dia 22 novembro, festa de Sta. Cecília, padroeira da música, João-Paulo II ouviu um concerto em sua homenagem. No dia seguinte, domingo, no Angelus, ao meio dia, enviou uma saudação especial à Orquestra Filarmônica de Viena, ainda em Roma para apresentar a ele "A Criação", de Franz Joseph Haydn na basílica de São Paulo fora-dos-Muros.

O Papa agradeceu a "todos que colocam seu talento e sua capacidade musical ao serviço da liturgia". Lembrou ainda que no dia 22 de Novembro de 2003 completou-se o centenário do motu próprio "Inter Sollicitudines", de S. Pio X: documento pelo qual o pontífice ditou uma reforma na música sacra ocidental, purificando-a das degenerações teatrais em moda na época, restabelecendo centralidade e esplendor ao canto gregoriano, ao polifônico e ao papel do órgão.

Exatamente cem anos. Tempo em que houve um concílio ? o Vaticano II - que re-confirmou plenamente a primazia do gregoriano, da polifonia e do órgão. Mas houve também uma nova e devastadora degeneração na música da Igreja, de dimensão e gravidade tais que exigem uma nova reforma, não menos enérgica daquela intencionada por Pio X.

O centenário da "Inter Sollicitudines" era esperado por alguns, dentro e fora do Vaticano, como o dia certo para um novo documento papal visando a renovação da música litúrgica.

Esperava-se, particularmente, a constituição de uma instituição pontifícia dotada de autoridade na matéria.

No entanto, a festa de Sta. Cecília de 2003 passou, e nada daquilo até agora aconteceu.

No Vaticano, sabe-se, domina uma corrente hostil à primazia do canto gregoriano e do polifônico. Dentre as altas personalidades do governo central da Igreja, a única a movimentar-se contra a corrente é o cardeal Joseph Ratzinger.

Em muitas ocasiões, Ratzinger associou a degeneração da música sacra às formas destrutivas ocorridas, em larga escala, durante a implantação da reforma litúrgica, decidida pelo Concílio Vaticano II.

Música e liturgia, unidas no bem e no mal. O florescimento de uma não pode existir sem a outra. Do mesmo modo, a decadência arrasta as duas.

O terremoto que nos anos Sessenta do século XX causou quase o desaparecimento do canto gregoriano foi, de fato, o golpe de uma distorcida aplicação da reforma litúrgica conciliar, especialmente por parte da elite da Igreja.


O texto deste terremoto, abaixo transcrito, é um testemunho de extraordinário valor.

O autor, monge beneditino, conta como o seu mosteiro abandonou repentinamente o canto gregoriano, na metade dos anos Sessenta, para abraçar novos e improvisados modos musicais.

A mudança veio com rapidez fulminante, praticamente de um dia para o outro.

E não foi num mosteiro qualquer. Foi no mosteiro beneditino camaldolense de S. Gregório al Celio, em Roma, onde se conserva a cátedra de mármore do Papa Gregório Magno, pai do canto litúrgico típico da Igreja do Ocidente, por isso chamado gregoriano. Não podia haver outro lugar simbolicamente mais significativo.

A mudança foi forçada praticamente pela unanimidade e aprovada pelo prior da época, Dom Benedetto Clati, pessoa de alto relevo no catolicismo italiano na segunda metade do século XX.

O narrador, Pe. Guido Innocenzo Gargano, seu sucessor, é o atual prior do mosteiro de S. Gregório, sendo também mestre espiritual de grande relevância.

Ele incluiu a narrativa daquele terremoto musical e litúrgico em seu livro ""Camaldolesi nella spiritualità italiana del Novecento", publicado em 2000. Poucas páginas adiante, o autor reconhece que ele e os outros monges "não estavam de forma alguma preparados tecnicamente àquela música", mas que se viram obrigados a "tornar-se poetas e músicos" para substituir o gregoriano com novos cânticos da moda.

Desde então já se passaram quase quarenta anos e um certo ajuste foi feito. Porém, o que resultou de concreto foi que nas liturgias daquele mosteiro romano, fundado pelo Papa Gregório, o canto gregoriano nunca mais voltou.

Eis, pois, a narrativa de como aquele canto foi arrastado para o exílio, nos agitados anos do Concílio Vaticano II:

Aquela noite em S. Gregório

Guido Innocenzo Gargano

[...] A adoção da língua vulgar na celebração do ofício divino chegou na comunidade como uma explosão de uma bomba.

O ofício divino, cantado na língua vulgar, significava uma ruptura irreparável com uma das tradições mais sagradas, mantidas por séculos em todo o monaquismo latino ocidental: o canto gregoriano. [...]

Tudo foi provocado na comunidade camaldolense pelo incandescente debate ocorrido na sala conciliar, entre os defensores do latim e os propugnadores do vulgar. [...] Os monges mais moços não só haviam apoiado, obviamente, a introdução da língua italiana na liturgia, mas estavam impacientes, a ponto de não querer esperar que as novidades, já aprovadas no Concílio, fossem confirmadas oficialmente. Uma vez reconhecido o absurdo do latim, era necessário mudar! [...]

Os jovens começaram a sentir-se autorizados a fazer as próprias experiências clandestinamente, como os carbonários. De fato, não se tratava somente de traduzir a oração litúrgica da língua latina para a italiana, mas também procurar diferentes vias no plano musical. E, vista a íntima conexão entre o latim e o canto gregoriano, os jovens decidiram, sem consultar ninguém, que deveria ser deixado de lado, ao menos no momento, também o sublime canto gregoriano.

Assim, nos porões da Igreja de S. Gregório al Celio, instalaram imediatamente, sem conhecimento dos superiores, uma verdadeira banda, suficientemente adaptada à finalidade desejada.

Depois de "idas e vindas", de discussões sem fim com os improvisados mestres de capela, decidiu-se que, no domingo da qüinquagésima, o grupo estaria suficientemente maduro para se apresentar numa celebração litúrgica semi-oficial, com guitarras, tambores e cantos inéditos compostos em italiano.

O local pré-escolhido foi a capela Salviati, situada à esquerda da igreja. O celebrante seria um padre, aluno do Instituto Litúrgico Anselmianum, hospedado no vizinho Hospitium Gregorianum.

Tudo se desenvolveu com a maior seriedade e satisfação de todos. Porém, ninguém se importou que exatamente naquele domingo, durante a celebração, houve a visita turística à capela de um senhor que depois foi embora estupefato. Aquele estranho senhor, apressou-se a denunciar o escândalo ao vicariato.

Interferiu, então, o Cardeal [Angelo] Dell'Acqua, naquele tempo vigário de Sua Santidade, para a diocese de Roma. Repentinamente o céu desabou sobre o inocente prior geral, Pe. Benedetto [Calati], que veio a saber naquele mesmo momento o que tinham combinado os seus jovens monges, e a gravidade das assustadoras conseqüências.

Todo preocupado, Pe. Benedetto convocou o conselho conventual. [...].

Os monges ouviram a reprimenda em silêncio, com olhos baixos, mas nada convencidos de terem cometido qualquer delito. E, quando o Pe. Benedetto obrigou individualmente a todos os envolvidos a tomar uma posição pública sobre o erro cometido, balançou em sua cadeira ao constatar a determinação de todos, e de cada um, em defender a posição do grupo dos "descabelados" - assim se denominavam secretamente aqueles ardilosos monges - que acusaram os superiores de terem medo de aplicar o que já havia sido claramente assinalado nos debates da assembléia conciliar.

Neste momento, o Pe. Benedetto, totalmente abandonado, fechou-se em sua cela. Estávamos todos abandonados, embaraçados. Em silêncio.

À noite, como ele não fora jantar e nem aparecera para a oração das completas, pediram-me que fosse procurá-lo, como mediador.

O resultado foi tão inesperado que não pareceu real.

"Bem", respondeu Pe. Benedetto, "faremos tudo como vocês disseram. A partir de amanhã celebraremos a Missa e todo o ofício em italiano".

Das palavras aos fatos: de repente, alguém se descobriu poeta; outro, tradutor, e todos se tornaram profundos conhecedores de cantos e de partituras.

Pe. Benedetto, por sua vez, quis dar a todos uma grande demonstração de coragem, permitindo remover o altar e construir um novo, voltado para o povo. Agora a sorte já estava lançada [...]

[De Guido Innocenzo Gargano, "Camaldolesi nella spiritualità italiana del Novecento - II", Edizioni Dehoniane, Bologna, 2001, páginas 112-115]Fonte:jesussite.com

QUEM ERAM OS CASTRATI NO ROMANTISMO

Quem eram os Castrati no Romanismo
Publicado em 3/6/2008
Enviado por: João Rios
JesusSite
VER PARTE DO FILME FARINELLI IL CASTRATO

Farinelli Il Castrato

http://www.youtube.com/watch?v=ZNp8hYycx4c&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=NWMOmBohlTE


Os cantores "castrati"


Por: Aristides A. J. Makowich

http://www.projetomusical.com.br/curiosidades/index.php?pg=curiosid_21

Acredita-se que, em geral, os estilos de canto ocidental moderno remontam apenas ao final do século XVI. Inicialmente é provável que a voz masculina aguda fosse preferida pela sua grande potência, em vista de um tórax mais avantajado que o das mulher. O surgimento da ópera e as restrições impostas às vozes femininas, influenciaram a arte do canto e a procura de vozes não só adequadas de soprano, mas sobretudo potentes. Isso era encontrado nos cantores pre-púberes masculinos que, infelizmente, logo perdiam seu dom e "engrossavam" a voz ao atingirem a puberdade.

Como resultado da expulsão das mulheres dos palcos e coros, decretada pela Igreja, surgiram no século XVIII, os "castrati", que eram cantores castrados antes da puberdade para preservarem o registro de soprano ou contralto da voz. Apoiada em pulmões masculinos, essa voz era ágil e penetrante.

Os "castrati" foram usados pela Igreja Católica durante mais de 300 anos e ocuparam uma posição dominante na ópera dos séculos XVII e XVIII, tendo sido fundamentais no desenvolvimento e popularização da ópera italiana (Monteverdi dava preferência ao uso de "castrati" em suas obras).

A voz "castrato" atendia à necessidade dos compositores da Contra-Reforma de vozes agudas e expressivas na música de igreja, e os "castrati" foram então utilizados nos três séculos seguintes. Na ópera, sopranos e "castrati" tornaram-se os cantores mais valorizados no período barroco, com sua eloqüência insuperável no estilo novo e fluente do "bel canto" e, em alguns casos, o resultado dessa operação tornou possível uma voz de assombrosa irrealidade de tom e perfeição técnica. Para muitas dessas vítimas desse sofisticado barbarismo, o resultado foi uma carreira em obscuridade provincial perdida, enquanto outros tiveram um sucesso de superstar hollywoodiano.

Farinelli e Alessandro Moreschi, O último "Castrato"

O mais famoso "castrato" foi o napolitano Carlo Broschi (1705-1782),conhecido como Farinelli e que foi tema recente de película cinematográfica homônima.

Castrado aos sete anos de idade, Farinelli cantou a partir dos anos 1720 em óperas, incluindo várias de seu professor, o famoso Nicolau Porpora, e da maioria dos compositores de sua época. No auge de sua forma vocal, cantou em Londres e foi altamente louvado pela sua agilidade, pureza tímbrica e bela sonoridade e teria sido capaz de sustentar uma nota por mais de um minuto sem respirar.

Desfrutou de aposentadoria, dono de enorme riqueza recebendo, em sua propriedade em Bolonha, o Padre Martini, Chistoph W.Gluck e Mozart e foi muito influente na difusão do estilo musical floreado.

Outro "castrato" mezzo-soprano famoso, foi Gaetano Cafarelli (1710-1783), também aluno de Porpora e compositor para o qual Händel escreveu a famosa ária "Ombra mai fù" de Xerxes (o "Largo"). Sua voz era encantadora, inferior apenas à de Farinelli, mas sua arrogância o tornou impopular.

Foram também famosos Loreto Vitori, que permaneceu na Itália, e Baldassare Ferri, que serviu às cortes de Varsóvia e Viena. É conhecido o episódio do grande Franz Joseph Haydn que, como cantor da Igreja de Santo Estevão, quando viu sua voz mudar, ficou num sério dilema: se se submetesse à castração, conservaria sua função, mas o jovem preferiu enfrentar os rigores de uma nova condição passando fome e frio, cedendo seu lugar ao irmão Michael, mais jovem que ele, preservando assim sua integridade física.

Em 1878, o Papa Leão XIII extinguiu a castração e o último "castrato" de que se tem notícia, foi Alessandro Moreschi, falecido em 1922. Sua voz foi gravada e se constitui hoje, no único registro do verdadeiro som produzido por um "castrato".


Castrato


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Castrato (plural castrati) é um cantor masculino cuja extensão vocal corresponde em pleno à das vozes femininas, seja de (soprano, mezzo-soprano, ou contralto). Esta faculdade numa voz masculina só é verificável na sequência de uma operação de corte dos canais provenientes dos testículos, ou então por um problema endocrinológico que impeça a maturidade sexual. Consequentemente, a chamada "mudança de voz" não ocorre.

A castração antes da puberdade (ou na sua fase inicial) impede então a libertação para a corrente sanguínea das hormonas sexuais produzidas pelos testículos, as quais provocariam o crescimento normal da laringe masculina (para o dobro do comprimento) entre outras características sexuais secundárias, como o crescimento da barba.

Quando o jovem castrato chega à idade adulta, o seu corpo desenvolve-se, nomeadamente em termos de capacidade pulmonar e força muscular, mas a sua laringe não. A sua voz adquire assim uma tessitura única, com um poder e uma flexibilidade muito diferentes, tanto da voz da mulher adulta, como da voz mais aguda do homem não castrado (contratenor). Por outro lado, a maturidade e a crescente experiência musical do castrato tornavam a sua voz marcadamente diferente da de um jovem.

O termo castrato designa não só o cantor mas também o próprio registo da sua voz.

Os castrati na história

A prática de castração de jovens cantores (ou castratismo) teve início no século XVI, tendo surgido devido à necessidade de vozes agudas nos coros das igrejas da Europa Ocidental, já que a Igreja Católica Romana não aceitava mulheres no coro das igrejas. No fim da década de 1550, o duque de Ferrara tinha castrati no coro da sua capela. Está documentada a sua existência no coro da igreja de Munique a partir de 1574 e no coro da Capela Sistina a partir de 1599. Na bula papal de 1589, o papa Sisto V aprovou formalmente o recrutamento de castrati para o coro da Igreja de S. Pedro.

Na ópera, esta prática atingiu o seu auge nos séculos XVII e XVIII. O papel do herói era muitas vezes escrito para castrati, como por exemplo nas óperas de Handel. Nos dias de hoje, esses papéis são frequentemente desempenhados por cantoras ou por contratenores. Todavia, a parte composta para castrati de algumas óperas barrocas é de execução tão complexa e difícil que é quase impossível cantá-la.

Muitos rapazes que eram alvo da castração eram crianças órfãs ou abandonadas. Algumas famílias pobres, incapazes de criar a sua prole numerosa, entregavam um filho para ser castrado. Em Nápoles, recebiam a sua instrução em conservatórios pertencentes à Igreja, onde leccionavam músicos de renome. Algumas fontes referem que muitas barbearias napolitanas tinham à entrada um dístico com a indicação "Qui si castrano ragazzi" (Aqui castram-se rapazes).

Em 1870, a prática de castração destinada a este fim foi proibida em Itália, o último país onde ainda era efectuada. Em 1902, o papa Leão XIII proibiu definitivamente a utilização de castrati nos coros das igrejas. O último castrato a abandonar o coro da Capela Sistina foi Alessandro Moreschi, em 1913.

Na segunda metade do século XVIII, a chegada do verismo na ópera fez com que a popularidade dos castrati entrasse em declínio. Por alguns anos, ainda existiram desses cantores na Itália. Com o tempo, porém, esses papéis foram transferidos aos contratenores e, algumas vezes, às sopranos.


História da Música Ocidental


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A MÚSICA BARROCA - (do final do século 16 a meados do século 18)

A cantora principal era apelidada de prima donna ("principal mulher" em italiano) ou diva ("deusa" em italiano), o cantor principal era o primo uomo ("principal homem" em italiano) e o castrato ("castrado" em italiano) era o primo musico ("primeiro músico" em italiano).

A história deste último tipo de cantor é a seguinte: quando algum professor de música percebia que um menino tinha uma voz muito boa para o canto, convencia a sua família a fazer uma operação no seu sexo a troco de dinheiro. Esta prática, segundo os registros, já era feita pelos povos antigos, para suas músicas religiosas e de entretenimento. Importada pela Igreja Católica, durante a Idade Média, o castrato foi amplamente aproveitado na ópera desde o seu início até o final do século 18. Ele se valorizava e se valorizou, recebendo vultosa quantia financeira e muito prestígio social. Era também visto como uma monstruosidade ou aberração. Esta prática começou a ser proibida no século 18 e desapareceu por completo há cerca de cento e cinqüenta anos. Hoje ninguém sabe como soaria um castrato. Atualmente as personagens escritas para castrato, são substituídas por homens ou mulheres, conforme a filosofia da montagem.


Farinelli, o maior dos castrati, é exumado na Itália


http://www.movimento.com/mostraconteudo.asp?mostra=2&escolha=3&codigo=3296

Por: Antônio Campos Monteiro Neto

Exumação tem o objetivo de aprofundar o conhecimento de como sua voz virtuosa se desenvolveu

(Transcrito do site BBC Brasil. Para acesso ao original, use o link abaixo)

Historiadores e cientistas do Centro de Estudos Farinelli, em Bolonha, desenterraram o corpo de Carlo [Broschi, conhecido como] Farinelli, possivelmente o mais famoso dos cantores castrati, - que viveu na primeira metade do século XVIII - para tentar aprofundar o conhecimento de como sua voz virtuosa de desenvolveu.

Os castrati eram muito populares e, sobretudo, reputados artistas da ópera italiana dos séculos 16 a 19.

Castrados antes da puberdade, mantinham cordas vocais pequenas que lhes possibilitavam alcançar os timbres mais altos.

Os cientistas querem descobrir os efeitos anatômicos desta operação, medindo seus ossos e crânio.

Testes de DNA poderão indicar de que Farinelli se alimentava e que doenças teve.

Notoriedade

Um intenso treinamento conferia à voz de um castrato uma combinação virtuosa de voz masculina emitida por poderosos pulmões adultos, capaz de chegar aos extremos agudos da escala musical.

A prática nasceu na Itália do século 17, onde anualmente cerca de 4 mil garotos, em geral de famílias pobres, eram castrados a partir dos oito anos de idade.

O procedimento foi banido em 1870, mas o último castrato, Alessandro Moreschi, ainda chegou a gravar em 1902.

Poucos castrati chegavam ao sucesso, mas os que o faziam se tornavam as estrelas artísticas de seu tempo, e se comportavam como tal.

Os que conseguiam ir além de uma vida relativamente desconhecida como cantores de ópera ou solistas de igreja cobravam cachês astronômicos e tinham legiões de admiradores.

O temperamental Farinelli, provavelmente o mais famoso dos castrati, foi enterrado em Bolonha em roupas de cavaleiro.

Links relacionados:

Reportagem BBC Brasil Fonte:jesussite.com
 
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