A estratégia será a busca do voto dos evangélicos da periferia das grandes cidades. A escolha para iniciar pelo Rio de Janeiro, feita pela coordenação de campanha dos partidos que a apóiam, é por causa do resultado de 43,76% dos votos alcançados aqui, a mesma região onde Marina Silva, do Partido Verde (PV), ficou em segundo lugar, com 32,52%, e José Serra, da Social-Democracia (PSDB), obteve apenas 22,53%, pouco mais da metade dos votos de Dilma.
Para o ex-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Lindberg Farias, é preciso “ter olho no olho do eleitor”. O Rio de Janeiro é o terceiro maior colégio eleitoral do país, com 11,5 milhões de eleitores, dos quais 2,5 milhões vivem nos 13 municípios da Baixada Fluminense.
A principal explicação para a falta dos 4% de votos necessários para a eleição de Dilma no primeiro turno foi apresentada pelo governador Eduardo Campos (PSB), reeleito para o Estado de Pernambuco. Segundo ele, os votos de Marina foram “certa lição do eleitorado”. É preciso conversar com eles, entre os quais há muitos grupos evangélicos, porque agiram como quem não quis lhe dar a vitória no primeiro turno. Ele sugeriu o contato com a candidata, por ser uma militante das lutas populares.
Campos denunciou que houve campanhas fascistas, usando a questão do aborto, cujas ênfases lembravam movimentos cruzadistas típicos do século XIX, referindo-se ao crime eleitoral praticado por membros da ala conservadora da Igreja Católica, usando, sem autorização, o nome da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), como denunciou dom Demétrio Valentini, bispo de Jales, São Paulo.
Sobre o apoio da candidata do PV, “o risco agora”, observou o ex-ministro Ciro Garcia, coordenador da campanha de Dilma no Nordeste, “é Marina se declarar neutra no segundo turno, sobretudo porque a burocracia do Partido Verde já é controlada pelo Serra há algum tempo”.
Notícias Cristãs com informação
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